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O que é a taxa de carregamento da Previdência Privada?

o que é taxa de carregamento
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Se você está buscando o plano de Previdência Privada ideal para aplicar, precisa entender como a cobrança da taxa de carregamento pode afetar o seu investimento.

Resumidamente, esse é um valor extra que incide sobre cada movimentação que acontece. Ou seja, na hora de realizar um aporte ou um saque. Embora isso não impacte os juros obtidos no período, ainda é um critério importante na hora de escolher o seu plano, pois pode impactar a sua rentabilidade final com o investimento.

Mas não precisa se preocupar: esse artigo foi escrito justamente para tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto. Siga conosco para descobrir:

  • O que é taxa de carregamento?
  • Como funciona a cobrança?
  • Para que serve a taxa de carregamento e como os planos definem os percentuais?
  • De que forma a taxa de carregamento impacta a rentabilidade?
  • Vale a pena investir em previdência privada?
  • Existe previdência privada sem taxa de carregamento?

No fim, ainda reservamos uma dica de plano de Previdência sem taxa de carregamento para você conhecer.

Vem com a gente!

O que é taxa de carregamento?

A taxa de carregamento é uma cobrança realizada sobre o capital aplicado ou sacado em um plano de Previdência Privada, com o objetivo de cobrir despesas administrativas. Assim, recai sobre as contribuições e os benefícios do investidor, sem afetar os juros acumulados. No entanto, nem sempre é cobrada.

Nessa dinâmica, a pessoa destina recursos para que profissionais especializados realizem os investimentos na carteira do fundo de previdência, conforme as regras previstas em contrato. Isso porque os diversos serviços que sustentam a viabilização de um plano de previdência privada precisam ser compensados de alguma forma — e uma das fontes de custeio são as taxas.

Para que serve a taxa de carregamento?

A taxa de carregamento existe para custear um plano de Previdência Privada. Ou seja, o valor serve para cobrir a manutenção dos ativos, a administração, a corretagem e demais aspectos relacionados ao gerenciamento do investimento. 

Atualmente, porém, são poucos os planos de previdência que ainda a cobram. Afinal, existem outras maneiras de remunerar a gestão de forma justa, sem prejudicar o acúmulo de patrimônio do investidor. Sendo assim, a cobrança dessa taxa é algo mais comum em instituições tradicionais, não havendo a prática dela em gestoras mais modernas, como a Grão.

Como funciona a cobrança?

A cobrança da taxa de carregamento recai sobre as contribuições do investidor e está relacionada à entrada e saída de recursos do plano de Previdência. Além disso, há três momentos onde a dedução da cobrança é feita: antecipadamente, postecipadamente ou híbrido.

Entenda:

Taxa de carregamento antecipada

A primeira possibilidade de cobrança acontece nos depósitos realizados. Por exemplo, se o investidor deposita R$1.000,00 e a taxa de carregamento é de 5%, R$50 são destinados para o custeio do plano e R$950,00 são efetivamente investidos.

Taxa de carregamento postecipada

Alternativamente, a cobrança pode ser realizada no resgate dos valores. Assim, considerando um depósito fictício de R$1.000,00, todo o valor seria destinado ao investimento. No entanto, ao final, será preciso descontar a taxa de carregamento da contribuição.

Essa modalidade é um tipo de postergação da cobrança. Isso porque o pagamento não vai abranger os juros — apenas a quantia que foi depositada. Por exemplo, se você depositou R$2.000,00 e a taxa de carregamento é de 5%, o valor permaneceria em R$100, ainda que o dinheiro tenha gerado juros ao longo do período.

As cobranças na saída ainda abrangem a portabilidade do investimento. Isto é, você consegue trocar o operador da Previdência Privada se assim o preferir, mas o desconto ainda pode acontecer.

Taxa de carregamento híbrida

Como o nome indica, neste caso, a taxa de carregamento é aplicada em dois momentos: uma parte no depósito e outra no resgate. A alternativa é uma forma de suavizar a cobrança para o investidor. 

No entanto, fica o lembrete de que conferir a modalidade de aplicação é vital, para que você entenda em qual momento exatamente a taxa será cobrada.

Qual a diferença de taxa de carregamento e taxa de administração?

Enquanto a taxa de carregamento é aplicada unicamente sobre o recurso aportado pelo investidor, a taxa de administração incide sobre o valor total do investimento em Previdência Privada, inclusive os juros acumulados.

Para entender melhor a diferença entre ambas, dá uma olhada nessa tabela comparativa:

Taxa de carregamentoTaxa de administração
Afeta os valores investidos no plano, seja no momento do resgate ou do depósito.Afeta o valor total dos ativos no plano de Previdência e é cobrada periodicamente.
Deduzida diretamente sobre o valor aportado ou resgatado pelo investidor.A dedução ocorre mensal ou anualmente, afetando também a rentabilidade obtida. 
Cobre os custos de gestão, corretagem e manutenção dos ativos.Custeia a gestão, a corretagem, a administração e os relatórios oferecidos pela instituição financeira.

Quem define a taxa de carregamento na Previdência?

A taxa de carregamento é definida pela instituição financeira que oferece o plano de Previdência Privada. 

Cada emissora tem a liberdade de estabelecer as taxas que julgar pertinentes, bem como os valores. Em geral, o percentual da cobrança depende do tipo de plano, da complexidade dos ativos gerenciados e demais condições do contrato. Porém, já existem muitas instituições que sequer cobram a taxa de carregamento.  

Quando é cobrada a taxa de carregamento?

A taxa de carregamento pode ser cobrada no momento da aplicação em Previdência Privada, do resgate ou em ambos. 

Entenda:

  • Aplicação: o valor da cobrança incide sobre o valor do aporte feito pelo investidor;
  • Resgate: a taxa é aplicada sobre o saque realizado e não incide sobre os juros acumulados no período;
  • Aplicação e resgate: a cobrança é aplicada em ambos os momentos.

Como os planos definem os percentuais da taxa de carregamento?

Os percentuais da taxa de carregamento nos planos de Previdência Privada são definidos pelas instituições financeiras com base em diversos fatores, como estrutura de custo, tipo de plano e estratégia comercial. 

Vamos juntos analisar melhor os principais:

  • Estrutura de custos: a instituição avalia os custos envolvidos na administração e manutenção do plano, despesas administrativas, corretagem, gestão dos ativos e outros serviços associados;
  • Estratégia comercial: a política de precificação pode ser influenciada para atrair clientes a partir de taxas competitivas ou de benefícios adicionais para justificar taxas mais elevadas;
  • Tipo de plano: como diferentes tipos de planos de Previdência têm estruturas de custos distintas, as taxas de carregamento variam se os serviços oferecidos forem mais personalizados, ou com uma gestão mais ativa;
  • Volume de aportes: alguns planos oferecem taxas de carregamento decrescentes conforme o volume de aportes aumenta com o passar do tempo.

Taxa de administração x taxa de carregamento

A taxa de carregamento recai sobre as contribuições e os benefícios do plano de Previdência Privada. Assim, por exemplo, se existe cobertura de vida e sobrevida, o depósito feito para ambas pode sofrer descontos.

Por sua vez, a administração é cobrada sobre o montante investido (recursos alocados pelo investidor e juros). Então, embora a finalidade seja a mesma, a forma de aplicação é um pouco diferente.

Limites de taxa de carregamento

Em relação aos limites, a taxa de carregamento está regulada na resolução 563/2017 da SUSEP. Existem três tetos de cobrança:

  • 5% para cobrança antecipada (depósito);
  • 10% para cobrança postecipada (resgate ou portabilidade);
  • 10% na soma de ambas as cobranças, para a modalidade híbrida.

As taxas podem ser as mesmas ou diminuir conforme o período de investimento. Além disso, como mencionado, existem produtos financeiros que não realizam a cobrança.

De que forma a taxa de carregamento impacta a rentabilidade?

Quando a taxa de carregamento é muito alta, acaba exercendo um impacto sobre a rentabilidade do investidor, “comendo” parte do capital aplicado e até fazendo o investimento ficar abaixo da inflação. 

Por isso, o ideal é que o plano de Previdência em questão seja analisado antes de uma decisão ser tomada, já que há até mesmo opções no mercado que não cobram esse valor.

Dá uma olhada em como a cobrança pode afetar o seu capital futuro:

Comer parte do capital investido

Entre os efeitos do carregamento, o mais grave é reduzir a quantidade de recursos acumulados. Na cobrança antecipada, os juros são aplicados em um valor menor que o depositado.

Por exemplo, se uma pessoa pagou R$100 de carregamento para R$2.000,00 investidos, a remuneração do investimento será calculada sobre R$1.900.

Ter o efeito acumulativo

Perceba que a taxa de carregamento pode penalizar o investidor. Em cada depósito, uma parte dos recursos que ficariam investidos é destinada à operadora do plano de Previdência. Portanto, deixa de ser contado para os juros recebidos.

Reduzir os ganhos do investidor

A taxa cobrada na saída é menos prejudicial, já que recai sobre as contribuições, mas os juros permanecem intactos. Contudo, um ponto importante e que afeta a taxa de carregamento é a margem para definir os percentuais, na qual valores de até 10% são válidos.

Fazer o investimento perder para a Selic

Por fim, a taxa de carregamento alta pode tornar a Previdência Privada um investimento ruim. É o caso em que o produto acaba perdendo para a taxa Selic, paga na renda fixa via Tesouro Direto.

Uma saída possível para evitar esses pontos negativos é buscar por produtos que não façam a cobrança da taxa. Dessa maneira, por mais que outros fatores possam afetar a rentabilidade, como a tributação e a taxa de administração, há alternativas para preservar ao máximo o patrimônio.

Como analisar a taxa de carregamento?

Quando a taxa de carregamento é praticada, vale analisar como a cobrança é feita, qual a porcentagem, os benefícios fiscais do investimento e também se os valores se ajustam às suas expectativas financeiras.

Preparamos algumas dicas do que deve ser avaliado:

Objetivos financeiros

Antes de escolher um plano de Previdência Privada, é crucial definir claramente seus objetivos financeiros

Pense sobre o que você deseja alcançar com esse investimento: uma aposentadoria confortável, a educação dos filhos, ou outra meta de longo prazo? Ao ter suas expectativas claras, você poderá escolher um plano que alinhe as taxas de carregamento com suas expectativas de retorno e prazo de aplicação. Assim, tenta amenizar o impacto dos custos no seu planejamento.

Tipo de taxa

Existem diferentes tipos de taxas de carregamento, como taxas de entrada, de saída e híbridas. Recapitulando: a taxa de entrada é cobrada sobre cada aporte realizado, enquanto a taxa de saída incide no momento do resgate, sem incidir sobre os juros acumulados. 

Na dúvida, cheque o contrato com muito cuidado antes de fazer um investimento, ou até verifique se há opções onde a cobrança nem sequer é feita.

Porcentagem

Embora tenha tetos determinados por lei, a porcentagem da taxa de carregamento pode variar significativamente entre diferentes planos e instituições financeiras. Analise atentamente a porcentagem cobrada e como ela impacta o valor investido.

Uma taxa aparentemente baixa pode acumular custos elevados ao longo dos anos, especialmente em investimentos de longo prazo. Compare diferentes planos e busque aqueles com taxas que ofereçam um bom equilíbrio entre custo e benefício.

Porém, de preferência, prefira planos que não cobrem a taxa de carregamento. 

Permanência

Alguns planos de Previdência Privada podem oferecer reduções ou isenções na taxa de carregamento com base no tempo de permanência no plano. Verifique se o plano em questão possui essa característica e considere seu horizonte de investimento. 

Nesse caso, permanecer com a aplicação por um período mais longo pode resultar em economias significativas nessa cobrança.

Benefícios fiscais

A Previdência oferece vantagens fiscais que podem compensar as taxas de carregamento. No caso do PGBL, por exemplo, é possível deduzir até 12% da renda bruta tributável anual no Imposto de Renda. Avalie se essas vantagens fiscais equilibram ou superam o custo das taxas de carregamento.

Importante: a tributação do IR no resgate do investimento pela tabela progressiva incide sobre todas as suas fontes de renda no momento da compensação na declaração anual!

Transparência

Certifique-se de que a instituição forneça informações claras e detalhadas sobre as taxas cobradas e o momento exato onde são aplicadas — bem como a porcentagem. Documentos como o regulamento do plano e o contrato devem especificar todas as taxas de forma compreensível.

Comparação

Não se limite a analisar apenas um plano de previdência — compare várias opções de diferentes instituições financeiras!

Nesse momento, simuladores online e ferramentas de comparação para entender como as taxas de carregamento e outras condições variam entre os planos são bastante úteis. Essa prática ajuda a encontrar a melhor opção em termos de custo-benefício e adequação aos seus objetivos financeiros.

Negociação

Caso a instituição financeira esteja aberta à negociação, vale a pena tentar amenizar o impacto da taxa de carregamento, especialmente quando o volume de aportes é significativo. Não fique com receio de tentar condições mais vantajosas e conquistar economias maiores a longo prazo.

Conversa com um assessor

Por fim, vale a sugestão de conversar com um assessor financeiro especializado. Um profissional assim pode fornecer uma análise detalhada e personalizada das taxas de carregamento e ajudar a escolher o plano mais adequado aos seus objetivos e perfil de investimento. 

Afinal, um assessor bem informado pode oferecer insights valiosos que você talvez não encontre por conta própria.

Vale a pena investir em Previdência Privada?

Para investidores com objetivos de longo prazo que desejam construir um futuro financeiro mais estável, a Previdência Privada definitivamente é uma aplicação que vale a pena incluir no portfólio. Além de oferecer uma maneira disciplinada de poupar, ela proporciona vários benefícios adicionais, como vantagens tributárias, gestão profissional e portabilidade.

Primeiramente, a Previdência traz vantagens tributárias significativas. Ao escolher um plano e um regime tributário adequado à sua realidade financeira, você pode usufruir de deduções de até 12% da renda bruta tributável no modelo PGBL. 

Já no regime regressivo, é possível pagar uma alíquota de apenas 10% ao resgatar seu patrimônio, sem a incidência do come-cotas, o que pode resultar em uma economia considerável ao longo do tempo. E tem mais: a aplicação ainda facilita o planejamento sucessório, descomplicando o processo de repasse de recursos.

A gestão profissional é outro aspecto que torna a Previdência atraente. Afinal, mesmo que você não tenha conhecimento aprofundado do mercado de capitais, pode contar com profissionais experientes que irão alocar seu patrimônio de maneira a maximizar a rentabilidade futura. 

Por fim, e definitivamente não menos importante, a vantagem da portabilidade. Se estiver insatisfeito com qualquer aspecto do plano escolhido, é possível migrar para outro, sem custos surpresa ou impostos adicionais. Atenção: a migração só é possível de VGBL para VGBL e PGBL para PGBL. 

No caso de suas necessidades e objetivos mudarem, você está totalmente livre para movimentar os seus recursos da forma que melhor fizer sentido para a sua realidade.

Existe Previdência Privada sem taxa de carregamento?

Existe, sim! Algumas instituições financeiras não cobram taxa de carregamento dos investidores. Por isso, mais do que buscar por opções acessíveis de cobrança, vale a pena pesquisar por bons planos que nem sequer pratiquem essa taxa extra.

Invista com taxa zero de carregamento com a ARCA

O Fundo ARCA adota a metodologia de mesmo nome desenvolvida por Thiago Nigro, o Primo Rico. Nela, a diversificação é uma ferramenta para assumir os riscos necessários a uma boa rentabilidade de longo prazo, sem renunciar à proteção contra os momentos de baixa e incerteza de setores do mercado.

Entre as taxas praticadas, a única cobrança é a taxa de administração. Atualmente, o percentual é de 0,59%, estando entre as 10% menores do mercado. Também é bem mais barato se considerarmos o limite dos abatimentos por carregamento, que pode chegar até 10%.

Busca por um plano de Previdência com bom histórico de rendimento e que não pratique a taxa de carregamento? Te convidamos a saber mais sobre o Plano de Previdência ARCA

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