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Portabilidade de previdência privada: quando e como fazer?

Tudo sobre portabilidade de previdencia privada para não cometer erros.
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A portabilidade de previdência privada é a alternativa ideal para quem não está satisfeito com o plano atual. 

Afinal, ela é uma ferramenta que possibilita que você migre o seu plano de previdência privada ruim para um de boa qualidade sem ter custos adicionais para isso. 

Neste artigo, vamos explicar com detalhes como funciona a portabilidade de previdência privada e como você pode fazer a sua. Assim, estará pronto para trocar o seu plano para um melhor e enfim acumular patrimônio no longo prazo em um fundo de qualidade.

Siga para saber tudo sobre a portabilidade! 

O que é Previdência Privada?

Se você possui um plano de previdência privada, já deve saber tudo sobre como funciona o investimento. Porém, é importante contextualizar antes de mais nada.

A previdência privada é um produto de investimento para pessoas que têm a intenção de acumular dinheiro para o longo prazo. 

Sendo assim, a previdência privada é estruturada e oferece diversas vantagens para investidores que planejam aplicar e acumular recursos por décadas, chegando à aposentadoria ou outros objetivos de longo prazo com uma boa reserva financeira formada.

Como funciona a tributação na Previdência Privada?

Assim como muitos outros produtos de investimento, a previdência privada sofre tributação no momento de o investidor resgatar os seus recursos.

A tributação na previdência privada, porém, se dá por meio de dois modelos de tabela que o investidor pode escolher no momento de contratar o plano: a progressiva e a regressiva. 

Tributação progressiva

A tributação progressiva é aquela em que a tributação é feita de acordo com a renda do investidor. 

Sendo assim, quanto mais o investidor tem de rendimentos ao longo do ano, maior vai ser a tributação no momento do resgate. 

A tabela de tributação funciona de forma parecida com a utilizada para recolher o imposto de renda de trabalhadores CLT, como você abaixo: 

  • até R$ 1.903,98: 0%;
  • de R$ 1.903,99 a R$ 2.826,65: 7,5%;
  • de R$ 2.826,66 a R$ 3.751,05: 15%;
  • de R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68: 22,5%;
  • a partir de R$ 4.664,68: 27,5%.

É importante, porém, ressaltar um detalhe. A tabela progressiva é conhecida também como compensável. Isso acontece porque nela a alíquota aplicada na fonte, no momento do resgate, é de 15% para todos os investidores.

Somente no momento da declaração do imposto de renda que o ajuste será feito. Daí que vem o nome “compensável”. Afinal, se o investidor pagou imposto a mais, a Receita Federal vai corrigir e aplicar uma alíquota menor na declaração. Já se pagou a menos, o valor também será ajustado para aplicação da tributação correta. 

Vale ainda ressaltar um detalhe importante: no momento da declaração, serão consideradas todas as fontes de renda do investidor para fins de cálculo da alíquota do imposto de renda.

Sendo assim, vamos supor que o investidor sacou apenas R$1.900 por mês de sua previdência, mas ele ainda recebe R$3.100 de salário como outra fonte de renda. 

Para fins de tributação, ambos os valores serão somados. Então, em vez de pagar imposto sobre os R$1.900, que tornaria o saque isento, esse indivíduo pagaria IR sobre a soma de ambos (R$5.000), o que eleva a alíquota para 27,5%.

É por isso que sempre reforçamos que é importante ter cuidado no uso da tabela progressiva, pois é muito fácil cometer erros com ela. 

Tributação regressiva

A tributação regressiva é mais fácil de ser compreendida. Afinal, como o nome já indica, você pagará menos impostos de acordo com o tempo que mantém aplicado.

A alíquota vai diminuindo a cada dois anos de aplicação e funciona da seguinte maneira:

  • até 2 anos: 35%;
  • de 2 a 4 anos: 30%;
  • de 4 a 6 anos: 25%;
  • de 6 a 8 anos: 20%;
  • de 8 a 10 anos: 15%;
  • acima de 10 anos: 10%.

Vale lembrar que cada aporte possui a sua própria “data de aniversário” e precisará individualmente chegar até 10 anos de aplicação para chegar à alíquota mínima de 10%.

Quais são os planos de Previdência Privada?

Assim como as tabelas de tributação, existem também dois modelos diferentes de plano de previdência privada: o PGBL e o VGBL.

PGBL

O PGBL é o modelo de previdência que tem como principal diferencial a possibilidade de fazer o investidor deduzir um valor significativo de sua declaração do imposto de renda.

Funciona da seguinte forma: o investidor precisa investir um valor com limite de até 12% de sua renda bruta tributável em um PGBL. Essa quantia investida será deduzida de sua base tributável do imposto de renda. 

Então, vamos supor que uma pessoa ganhe R$100 mil de renda bruta tributável anual. Ao investir R$12 mil (12% desse valor) em um PGBL, a base tributável dessa pessoa passaria a ser de R$88 mil.

Sendo assim, o valor usado como base para tributação será menor. Isso significa que esse investidor pagou mais impostos que deveria ao longo do ano.

Resultado: na declaração do imposto de renda, a Receita Federal vai entender que cobrou mais imposto que deveria dessa pessoa. Com isso, vai devolver o dinheiro ao investidor.

Neste exemplo de R$100 mil, a economia em impostos seria de R$3.300.

Para estar apto ao benefício do PGBL, porém, o investidor deve cumprir alguns pré-requisitos, como: 

  • Contribuir com alguma previdência social (INSS ou regimes de servidores públicos);
  • Realizar a declaração do IR no modelo completo ou considerar trocar; 
  • Ter uma renda tributável que faça sentido financeiramente essa troca e o investimento no PGBL. 

VGBL

Já o VGBL é um modelo mais simples de se entender. 

Ele não possui o benefício fiscal do abatimento do imposto de renda, porém, é uma excelente opção para acúmulo de recursos no longo prazo.

Afinal, além de possuir todas as vantagens da previdência privada (portabilidade sem custos, ausência do imposto come-cotas, planejamento sucessório facilitado, etc.), o VGBL tem tributação no resgate apenas sobre os rendimentos.

Sendo assim, o investidor que acumula recursos no longo prazo com o VGBL pagará menos impostos ao resgatar o investimento no futuro comparado com um investidor do PGBL. 

Quais são os custos da Previdência?

O investimento em previdência privada possui algumas taxas que você precisa se atentar antes de investir. Conheça as principais. 

Taxa de administração

A taxa de administração é utilizada para remunerar a equipe de gestão e todas as instituições e pessoas responsáveis pela organização do investimento. 

Sendo assim, ela é uma taxa que é praticada em todos os fundos de previdência. Afinal, é como se fosse uma espécie de “pagamento pelo serviço prestado”. 

O grande problema é quando a taxa de administração é cobrada de forma abusiva, com valores acima do que é considerado razoável. Portanto, ao investir, atente-se para não pagar taxas muito altas. 

Taxa de carregamento

A taxa de carregamento é um valor cobrado sobre cada contribuição do investidor no plano de previdência privada, ou seja, a cada novo aporte é cobrado uma porcentagem sobre o valor aplicado.

Existem também as taxas de carregamento de entrada e de saída, que são cobradas sobre o valor de aplicação inicial e nos resgates, respectivamente. 

No mercado de previdência atual, é cada vez mais raro ver instituições praticando esse tipo de taxa. Somente planos mais antigos ou de instituições grandes utilizam essa prática.

Afinal, elas prejudicam muito o retorno do investidor no longo prazo e servem apenas como forma de gerar uma remuneração extra às instituições responsáveis pelo plano.

Na Grão, não praticamos as taxas de carregamento, entrada e saída em nenhum dos nossos planos.  

O que é portabilidade de previdência privada?

A portabilidade da previdência privada é o ato de migrar o seu plano dentro da mesma instituição financeira ou externamente. Em qualquer um dos casos, não há resgate nem reinvestimento de valores. Com isso, há isenção de impostos.

Normalmente, essa opção é válida para quem está insatisfeito com os resultados obtidos no plano atual e quer adequá-lo aos seus objetivos para o futuro. Além disso, ela está disponível tanto para o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) quanto para o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).

Vale a pena destacar que um estudo da casa de análise Spiti identificou que 96% do patrimônio aplicado em fundos de previdência de renda fixa, no Brasil, rendem menos do que o Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Esse indicador fica pouco abaixo da Selic, a taxa básica de juros da economia.

O levantamento ainda ressaltou que isso significa que R$ 306,9 bilhões não conseguem nem acompanhar a Selic. Ou seja, os investidores que obtiveram esse resultado poderiam ter tido uma performance melhor com a portabilidade para outro plano de maior qualidade.

Como funciona a portabilidade de previdência privada?

Existem duas principais formas de efetivar a portabilidade na previdência privada. As possibilidades são:

  • migração interna: é feita apenas a mudança de fundo de previdência. Assim, a instituição continua sendo a mesma;
  • migração externa: há uma alteração de gestora, seguradora, corretora ou banco. Dessa forma, você leva o seu plano para outra instituição financeira.

Em qualquer um dos casos, não há a contratação de um plano do zero. Ainda existem outros tipos de portabilidade. Eles são:

  • migração parcial: parte do saldo passa pela portabilidade e o restante permanece no plano antigo;
  • migração total: todo o saldo é direcionado para o novo plano;
  • entre planos abertos: portabilidade entre planos de previdência abertos, que são aqueles que podem ser contratados por qualquer pessoa;
  • entre planos fechados: portabilidade entre planos de previdência, que são aqueles específicos para uma categoria profissional ou empresa;
  • de plano aberto para um fechado (o inverso também é válido).

Em todos os casos, a portabilidade sempre deve ser feita após o período de carência. Ele costuma ser de 60 dias. Esse prazo, normalmente, é aplicado depois da contratação, do resgate de valores e da portabilidade parcial (caso você migre apenas parte do valor de um plano, você terá que esperar o prazo de carência para fazer uma nova portabilidade).

Vale lembrar que cada novo aporte no plano terá o seu próprio prazo de carência.

Pontos de atenção

Apesar de não haver a cobrança de impostos, esse processo tem algumas regras a seguir. Você deve conhecê-las para evitar problemas com a migração de fundo ou instituição. Veja o que considerar:

  • taxa de carregamento de saída: é paga ao migrar o plano de previdência para outra instituição. Na maioria dos planos mais novos e de maior qualidade não há mais essa cobrança, mas ela pode aparecer em previdências mais antigas ou de instituições grandes;
  • tipo de plano: a portabilidade só é válida para modalidades iguais. Ou seja, de previdência privada VGBL para VGBL e PGBL para PGBL;
  • tributação: a tabela escolhida deve ser mantida na portabilidade. Após a conclusão do processo, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) permite mudar da progressiva para a regressiva. No entanto, o inverso é proibido;
  • usufruto do benefício: quem já aproveita dos benefícios do plano de previdência privada fica impossibilitado de fazer a portabilidade. Portanto, esse procedimento é somente permitido para quem está na fase de contribuição.

Solicitação de portabilidade

Para fazer o pedido da portabilidade externa, é preciso entrar em contato com a nova instituição financeira. Ela conduzirá todo o processo de migração.

Devido a essa característica, os procedimentos mudam de uma instituição para outra. Por isso, vale a pena se informar sobre todos os detalhes antes de realizar a solicitação.

Ainda será necessário preencher alguns documentos e fornecer as seguintes informações:

  • tipo do regime tributário, isto é, se é seguida a tabela progressiva ou a regressiva;
  • processo na Susep;
  • valor a passar pela portabilidade na previdência privada. Lembre-se de que ele pode ser total ou parcial;
  • tipo do plano, ou seja, VGBL ou PGBL;
  • número da proposta, matrícula ou certificado. Esse item está disponível no extrato do plano e precisa ser consultado para evitar erros.

Quem pode fazer esse processo?

Qualquer pessoa com um plano de previdência privada tem direito à portabilidade. Essa é uma forma de você fazer uma troca mais benéfica e vantajosa para a sua estratégia, inclusive, no caso de o investidor ter investido em um produto ruim. Apenas é preciso fazer uma boa avaliação para ter certeza dessa decisão.

Essa questão tem uma relação muito direta com o seu planejamento financeiro e tributário. Ainda assim, o desempenho obtido pode ficar aquém do esperado. Nesse caso, é o momento de considerar a possibilidade.

Ainda existem vários outros motivos que levam a essa tomada de decisão. Dessa forma, a portabilidade de previdência privada tende a ser uma boa alternativa quando se identifica problemas de gestão e taxas abusivas.

Qual é a tributação na portabilidade?

Ao fazer a portabilidade da previdência privada, você é isento de taxas. Você poderá manter as condições do plano atual. O único risco de pagamento se refere à taxa de carregamento de saída, quando ela incidir.

Isso dependerá da instituição financeira na qual você tem o plano atualmente. Por isso, verifique qual é a alíquota aplicada e se isso é válido para o seu contrato atual.

Em relação a outros aspectos, o processo de portabilidade prevê a manutenção do mesmo regime de tributação. Porém, poderá haver a alteração da tabela progressiva para a regressiva logo após a conclusão do processo.

Tributação pós-portabilidade

Após a conclusão desse procedimento, também há dúvidas quanto ao cálculo do Imposto de Renda. Nesse caso, é preciso saber que a portabilidade não é considerada um resgate com posterior reinvestimento.

Dessa forma, na tabela regressiva, o prazo de aporte é preservado na migração. Por exemplo, se você tinha o seu plano há 3 anos, após a migração, esse mesmo período continuará sendo considerado.

Ou seja, não existe mudança na tributação. No processo de portabilidade da previdência privada, as mesmas condições continuam valendo.

Entretanto, caso você queira mudar o regime de tributação no momento da portabilidade, ou seja, de progressiva para regressiva, o tempo de acumulação será zerado. Sendo assim, no primeiro dia de vigência do novo plano, a alíquota começará a ser considerada a partir de 35%.  

Qual a carência para portabilidade de previdência?

Nos planos de previdência privada o prazo padrão de carência é de 60 dias corridos. Esse prazo vale para resgates e portabilidades. 

Caso o investidor faça uma portabilidade parcial, ele deverá esperar novamente o prazo de carência para realizar uma nova solicitação. O mesmo acontece para o caso de resgates parciais. 

Vale lembrar também que cada aporte tem o seu próprio prazo de carência. Sendo assim, caso você queira retirar um valor que aportou em menos de 60 dias, mesmo que o restante da previdência esteja investido a mais tempo, esse valor especificamente terá que esperar o prazo para ser resgatado.  

Quando optar pela portabilidade da previdência privada?

A portabilidade pode ser vantajosa e necessária por diversos motivos. Reunimos aqui alguns dos principais. 

Taxas 

Algumas previdências cobram taxas abusivas e acima do que seria justo para o produto que ela oferece. Se você estudar o seu plano e ver que ele se encaixa nessa situação, pode ser o momento de trocar. Afinal, taxas altas acabam com a rentabilidade do seu investimento no longo prazo.

Rentabilidade 

Atualmente temos bilhões de reais investidos em previdências privadas ruins, que sequer batem o CDI e a inflação. Algumas delas estão assim por cobrarem taxas abusivas e outras simplesmente por possuírem uma estratégia de gestão ruim. Se você investe em um fundo cujo desempenho perde dos principais indicadores por anos seguidos, pode ser a hora de trocar. 

Estratégia de alocação dos recursos

Por vezes, o motivo da migração do plano nem é o desempenho por si só, mas uma mudança de perfil de investidor e momento de vida. 

Por exemplo: vamos supor que um investidor começou a investir em sua previdência com perfil arrojado aos 30 anos de idade e, agora que chegou aos 60, quer migrar para um fundo de previdência focado em renda fixa para ter maior previsibilidade e poder sacar o dinheiro sem ter grandes oscilações no valor acumulado. Nesse caso, a portabilidade também é uma opção interessante para os objetivos dessa pessoa.

Instituição financeira e experiência do cliente

Apesar de não ser um motivo tão claro como os 3 primeiros, o fato de querer migrar para ter um atendimento melhor e um acompanhamento mais completo dos investimentos também pode ser um motivo para a portabilidade. 

Por que a portabilidade é uma vantagem da previdência privada?

Alguns dos motivos estão reunidos abaixo:

Evita a necessidade de resgate do investimento

Na portabilidade você consegue migrar o seu plano sem precisar resgatar o investimento. Com isso, você evita o pagamento de taxas e impostos que podem aparecer em um resgate.

Pode reduzir as taxas do investimento

Se você cometeu o erro de contratar uma previdência que cobra taxas abusivas, a portabilidade permite que você corrija esse equívoco e mude para um plano que cobra taxas justas. Assim, você aumenta o seu retorno no longo prazo. 

Evita custos no processo de mudança

Ao resgatar, o investidor precisa arcar com os custos do imposto de renda obrigatório no resgate da previdência privada e, em alguns casos, ainda pagar as taxas que a seguradora do plano cobra. Com a portabilidade você pode evitar esses custos. 

Preserva os benefícios da tabela de tributação

Para planos que têm a tabela regressiva do IR como tributação no resgate, a portabilidade permite que ele mantenha o prazo de acumulação. Sendo assim, se você já investe há alguns anos, a contagem não vai zerar e você seguirá com a alíquota menor no resgate.

Permite escolher um plano adequado ao seu perfil de investidor

Caso você tenha errado na escolha de sua previdência ou até mesmo mudado os seus conceitos de investimentos, a portabilidade permite que você corrija o erro migrando para um plano com estratégia que se encaixe melhor ao seu perfil de investidor atual e tolerância ao risco. 

O que avaliar antes de fazer a portabilidade?

Não sabe se está na hora de fazer a portabilidade do seu plano de previdência atual? Abaixo reunimos alguns pontos que você deve avaliar para decidir se deve ou não migrar e também o que buscar no novo investimento. Confira!

Compare os planos

O primeiro passo a se fazer é comparar o seu plano atual com as previdências que você está buscando para investir. 

Quais as taxas praticadas na sua previdência atual e nas que você está buscando? São justas ou abusivas? A comparação poderá ajudá-lo a entender se está fazendo um bom negócio ou não.

Outro ponto ainda mais fundamental é a performance dos fundos. A previdência que você investe está oferecendo uma boa performance de acordo com o grau de risco dela? Compare com os principais índices de referência para tomar a sua decisão. 

Busque uma gestora que entenda seus objetivos

Mais do que apenas selecionar um fundo pela performance, é importante também se atentar para a estratégia e reputação da gestora do fundo de previdência de seu interesse.

Quais são as estratégias utilizadas? A gestora tem um bom histórico de reputação? Ela é transparente com os seus investidores? A rentabilidade dos fundos é algo pontual ou há consistência a longo prazo?

Todos esses pontos são importantíssimos para embasar a sua decisão. 

Opte por baixas taxas de administração

A taxa de administração é um encargo justo cobrado pelos fundos de investimento. Afinal, a gestora, sua equipe e as outras instituições responsáveis pelo plano precisam ser remuneradas por seu serviço.

O problema, porém, é quando as taxas de administração são muito altas comparadas à estratégia do fundo. 

Portanto, exija taxas sempre baixas principalmente para fundos com estratégias mais conservadoras e simples, como aqueles que investem em títulos públicos e renda fixa. 

Porém, mesmo fundos mais arrojados, que investem em ativos de renda variável, também não devem cobrar taxas muito altas, pois isso vai impactar e muito a sua rentabilidade no longo prazo.  

Quais são as regras gerais da portabilidade da Previdência Privada?

A portabilidade de previdência privada possui regras diferentes para os planos abertos (oferecidos por instituições financeiras e que permite o investimento de qualquer pessoa) e fechados (oferecidos por empresas a seus funcionários). 

Abaixo citamos as principais regras de cada uma. Confira!

Portabilidade de Previdência Privada aberta

Para a portabilidade aberta, as regras são bem mais simples. 

O investidor só pode migrar entre previdências do mesmo modelo (VGBL para VGBL e PGBL para PGBL). Além disso, só é possível migrar da tabela de tributação progressiva para a regressiva (com o plano voltando para a alíquota inicial de 35% de IR). O contrário não é permitido. 

A boa notícia é que na migração de tabelas do mesmo tipo, o investidor consegue manter a alíquota de imposto de renda vigente. Ou seja, se o plano de previdência já está na tributação mínima de 10% na tabela regressiva, ao fazer a portabilidade será possível manter esse valor sem voltar do zero. 

No restante, a única regra é sobre o período de carência mínima exigido nos planos abertos. No caso, é preciso aguardar pelo menos 60 dias do aporte para solicitar a portabilidade da previdência.

Portabilidade de Previdência Privada fechada

Também é possível pedir a portabilidade de um plano de previdência fechado para outro plano, fechado ou aberto. Nesse caso, porém, as regras são mais específicas e restritas

Para começar, a carência mínima de permanência no plano original é de três anos.

Além disso, no caso dos fundos de pensão, a portabilidade só pode ser pedida se o beneficiário não tiver mais vínculo empregatício com a empresa que ofereceu o plano de previdência como benefício. 

Alguns planos também não permitem que o investidor faça a portabilidade do aporte feito pela empresa. Somente o valor que saiu do bolso do empregado poderá ser migrado. 

Outra particularidade é que, ao fazer a portabilidade de um plano fechado para um aberto, não é mais possível optar pelo resgate único.

Ou seja, o investidor terá que optar por uma modalidade de renda vitalícia ou pela renda mensal por prazo determinado. 

De qualquer maneira, em todos os casos citados acima, a portabilidade é um processo sem custos. A única cobrança possível é a de taxa de carregamento de saída do plano original, mas somente se a seguradora do plano praticar essa cobrança.

Como fazer a portabilidade da previdência privada?

Para fazer a portabilidade do seu plano é muito simples.

Basta entrar em contato com a instituição que você quer migrar o seu plano e indicar o seu interesse em realizar uma portabilidade.

A partir daí, a nova instituição vai tomar a frente do processo e te orientar sobre tudo o que precisa ser feito, além de fazer as tratativas com a instituição do seu plano antigo para a migração do seu plano. 

Atualmente, caso seja do seu interesse, existem instituições em que é possível inclusive realizar o processo de portabilidade por conta própria.

Na Grão, por exemplo, o investidor consegue fazer a portabilidade diretamente por nosso app, com todas as orientações e etapas necessárias sendo indicadas por lá. 

Como escolher um plano de Previdência Privada?

Agora que você sabe que é possível fazer a portabilidade do seu plano atual, vamos te mostrar o que considerar no momento de escolher uma nova previdência privada.

Veja os principais pontos:

1. Considere suas necessidades

A escolha do novo plano vai depender primordialmente dos motivos pelos quais você quer realizar a troca.

Está insatisfeito com a rentabilidade do seu plano atual? Então você deve procurar um fundo com bom histórico de resultados e uma estratégia de qualidade.

Quer investir em um fundo com menores taxas? Então procure uma previdência que pratique taxas justas de acordo com o portfólio de investimentos que ela oferece.

Mudou o seu perfil de investidor e quer investir agora em um produto mais conservador ou mais arrojado? Procure fundos que atendam essa estratégia.

Tudo vai depender dos seus objetivos e o que está motivando a troca.

2. Compare os planos

Feita essa escolha, agora chegou a hora de comparar os planos. Afinal, você não deve observar apenas uma possibilidade de novo investimento. É interessante fazer uma curadoria com alguns fundos que seguem a mesma estratégia para ter um comparativo interessante para embasar a sua decisão.

Compare rentabilidade, taxas, histórico da gestora, estratégia, entre outros pontos antes de bater o martelo para a sua escolha. 

3. Pense no seu perfil enquanto contribuinte

Como já destacamos, não adianta apenas migrar um plano pensando na rentabilidade que ele oferece.

Por muitas vezes, os fundos que oferecem maiores retornos são aqueles com estratégias mais arrojadas. Ao mesmo tempo, porém, esses produtos oscilam mais nos momentos de crise e podem te levar a tomar decisões equivocadas e emocionais caso não tenha a tolerância ao risco necessária para investir nesse tipo de fundo.

Então, faça o seu teste de perfil do investidor e procure fundos que se encaixem com os seus objetivos de investimento naquele momento. 

4. Escolha uma instituição de confiança e qualidade

O dinheiro investido em previdência privada é aquele que você vai manter investido por um longo período, pensando nos seus objetivos de longo prazo. Então, é fundamental que você escolha uma instituição de confiança e com reputação no mercado.

Afinal, você não vai querer manter o seu patrimônio investido em uma instituição que não te gera segurança.

Em contrapartida, somente isso não basta. Isso porque existem muitas instituições com anos de mercado e com reputação, como é o caso dos grandes bancos. Entretanto, apesar dessa credibilidade como empresa, não oferecem planos de previdência de qualidade.

Em muitas delas, as previdências praticam taxas muito altas e oferecem um retorno ruim para o investidor.

Sendo assim, não basta apenas escolher uma instituição de confiança. É necessário avaliar também a qualidade dos produtos que ela oferece. Senão, você poderá cair em um erro e deixar de rentabilizar o seu patrimônio no longo prazo da maneira adequada. 

Como solicitar portabilidade de previdência?

É só entrar em contato com a nova instituição de interesse. 

Depois de escolher o novo fundo que você deseja investir, entre em contato com a instituição responsável por essa nova previdência demonstrando o interesse em fazer a portabilidade para o plano deles. 

A partir disso, a nova instituição cuidará de tudo e vai entrar em contato com a instituição do plano antigo para realizar todos os trâmites de migração da previdência.

Atualmente, inclusive, existem formas até mesmo de você fazer essa solicitação por conta própria.

No app da Grão, por exemplo, você consegue iniciar o pedido de portabilidade diretamente pelo aplicativo. Assim, o processo será facilitado e você conseguirá acompanhar o andamento diretamente na tela do seu celular. 

Por que fazer a portabilidade de previdência privada com a Grão?

A Grão é uma gestora com foco em fundos de investimento. Entre os produtos, temos a ARCA Previdência, que tem sua estratégia baseada na metodologia ARCA.  

O método foi criado e difundido por Thiago Nigro, o Primo Rico. Ela prevê uma alocação de investimentos feita da seguinte forma:

  • Ações e Negócios: 30% da carteira é voltada para fundos de ações;
  • Real Estate: 10% dos recursos seguem para os fundos imobiliários;
  • Caixa: 40% da alocação é direcionada para fundos de renda fixa;
  • Ativos internacionais: 20% serão voltados para Exchange Traded Funds (ETFs) que replicam o desempenho de ativos atrelados ao mercado internacional.

Vale lembrar que a porcentagem de alocação da metodologia ARCA original é igual entre as 4 classes de ativos. No entanto, na ARCA Previdência ela foi adaptada para cumprir exigências regulatórias do produto e também potencializar o retorno no longo prazo. 

Assim, essa metodologia prevê um equilíbrio maior entre risco e retorno. Além disso, como os profissionais são especializados e a gestora é focada em fundos de investimento, a alocação de recursos segue um processo de seleção robusto.

Para garantir o foco na rentabilidade no longo prazo e oferecer um produto acessível, são oferecidos vários benefícios. Dentre eles, estão:

  • acessibilidade: a aplicação mínima é de R$ 100;
  • taxa justa: a taxa de administração é de apenas 0,59%, sem cobrança de taxas de performance e carregamento de entrada e saída;
  • estratégias qualificadas: é possível acessar fundos restritos do mercado e ativos voltados para investidores qualificados;
  • praticidade: você conta com uma gestão profissional com facilidade.

Todo o regulamento, portfólio e a lâmina do fundo podem ser acessados pelo site da Grão. 

Por todos esses fatores, você pode considerar a portabilidade da sua previdência privada para a Grão. Afinal, o investimento continua sendo seguro, mas você conta com uma estratégia muito mais alinhada e com potencial de sucesso no longo prazo.  

Isso porque, em bancos tradicionais, o retorno costuma ser abaixo da inflação ou CDI. Com a ARCA, as taxas são mais baixas e a diversificação aumenta as chances de um maior retorno no longo prazo. 

Portanto, se você busca o longo prazo e um fundo qualificado, faça a portabilidade de previdência privada para a Grão. Dessa maneira, terá acesso a uma estratégia diferenciada e testada, que costuma trazer melhores resultados.

Acesse o nosso site para conhecer mais sobre a Grão, veja os detalhes da ARCA Previdência e decida se ele é a melhor alternativa para o seu futuro.

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