Imagine só contar com uma renda vitalícia para enfim se aposentar com tranquilidade, recebendo um valor mensal até o fim da sua vida. Ou melhor: imagine a possibilidade de garantir a segurança financeira da sua família com essa renda, caso algo te aconteça.
Essa é uma das formas de resgate da Previdência Privada — investimento de longo prazo bastante popular entre os que desejam um complemento à aposentadoria, ou que têm objetivos financeiros com horizontes temporais mais longos.
Entretanto, atenção: a renda vitalícia pode funcionar de várias maneiras, a depender do contrato estabelecido no plano. Na dúvida, siga conosco para entender:
- O que é a renda vitalícia na Previdência Privada;
- Como funciona a renda vitalícia;
- Quem tem direito à renda vitalícia;
- Quais os tipos de renda vitalícia;
- Qual a diferença entre renda extra e renda vitalícia;
- Quais as formas de resgate da Previdência Privada.
Acha que investir em Previdência Privada é o que estava faltando para tornar o seu portfólio mais sustentável e com maiores chances de retorno? Então, fique conosco até o fim deste artigo: separamos para você uma sugestão especial sobre onde começar a aplicar!
O que é a renda vitalícia na Previdência Privada?
A renda vitalícia na Previdência Privada é uma forma de resgate do investimento, na qual o beneficiário recebe uma determinada renda até o momento da morte. É um plano que prevê pagamentos mensais para o titular enquanto estiver vivo.
O cálculo da expectativa de vida do investidor fica por conta da instituição financeira responsável pelo plano. Este, aliás, segue uma tabela que se baseia na expectativa de vida média dos brasileiros. Por fim, divide-se o patrimônio acumulado pelos anos que, em tese, restariam após a aposentadoria.
Esse cálculo, é claro, ainda considera outros elementos, como o valor das contribuições e a renda desejada para o futuro.
Caso o investidor ultrapasse essa expectativa, segue recebendo a renda mesmo assim.
Como funciona a renda vitalícia?
Ao assinar o contrato, o investidor receberá o valor de resgate do plano em parcelas mensais por toda a vida, como se fosse uma segunda aposentadoria.
Assim, realiza as contribuições ao longo do período estipulado e, quando chegar na fase do usufruto, recebe o valor acumulado em parcelas mensais vitalícias. Nesse tipo de contrato, também é possível inserir beneficiários para receber o dinheiro na falta do titular.
As possibilidades de renda mensal vitalícia são as seguintes:
- Renda mensal com reversão ao beneficiário indicado;
- Renda mensal reversível ao cônjuge com continuidade aos menores;
- Renda mensal com prazo mínimo garantido.
Por fim, a renda vitalícia é calculada a partir de diferentes aspectos, como o valor e prazo das contribuições, idade e expectativa de renda do investidor. As particularidades e exigências podem variar de acordo com a instituição financeira.
Quem tem direito à renda mensal vitalícia?
Qualquer investidor que tenha um plano de Previdência Privada pode resgatar o patrimônio acumulado em forma de renda vitalícia, desde que a alternativa esteja prevista no regulamento da aplicação.
A depender das condições do contrato, existe a possibilidade de incluir outros beneficiários caso o titular faleça, ou de fazer esse registro ainda em vida. De qualquer forma, o ideal é que, ao escolher o seu plano, confira com atenção todos esses detalhes para garantir que a decisão esteja em conformidade com todos os seus objetivos e expectativas para o futuro.
Quais os tipos de renda vitalícia?
Ao investir em Previdência Privada com o objetivo de obter uma renda vitalícia futuramente, você vai encontrá-la em quatro tipos:
- Renda mensal vitalícia;
- Renda mensal com prazo mínimo garantido;
- Renda mensal vitalícia reversível ao beneficiário indicado;
- Renda mensal vitalícia com reversão ao cônjuge e continuidade aos menores.
Entenda as características de cada uma:
Renda mensal vitalícia
Esse é o tipo de renda que se recebe até o final da vida no momento do usufruto do investimento. O cálculo do valor é feito de acordo com o gênero, a idade, os aportes mensais e as expectativas de ganhos futuros do investidor.
Renda mensal com prazo mínimo garantido
Vamos supor que você contrate a renda vitalícia pelo prazo mínimo de 20 anos. Se entre o momento do primeiro pagamento até o seu falecimento se passarem 30 anos, a renda é recebida de qualquer maneira.
Caso o falecimento ocorra em 15 anos, ainda sobrariam 5 anos do prazo. Nesse caso, a renda seria transferida aos beneficiários indicados, apenas por este período.
Em outras palavras, este formato segue a lógica de pagar ao investidor uma renda até o momento do seu falecimento. Porém, caso isso ocorra dentro de um período pré-estabelecido, a renda é transferida aos beneficiários incluídos no contrato.
Quanto às especificidades desses limites, cabe ao titular escolher qual será a duração deste período mínimo garantido. O prazo, inclusive, começa a contar a partir do começo do pagamento da renda vitalícia.
Em caso de falecimento depois do limite estipulado, o patrimônio não será revertido aos beneficiários.
Renda mensal vitalícia reversível ao beneficiário indicado
Se o investidor titular do plano falecer, a renda vitalícia é repassada ao beneficiário indicado no contrato. Se esta pessoa, por sua vez, falecer antes de quem contratou o plano, então a possibilidade de reversão deixa de existir.
A transferência da renda também é cancelada se o indicado falecer enquanto a recebe. Do contrário, os ganhos seguem o modelo vitalício, ou seja, são entregues até o fim da vida do beneficiário.
Renda mensal vitalícia com reversão ao cônjuge e continuidade aos menores
Em caso de falecimento do titular da renda vitalícia, é o cônjuge que recebe os valores até a morte. Se este também falecer, o patrimônio acumulado é revertido aos filhos menores de idade até que estes alcancem a maioridade, de acordo com o que foi acordado no contrato.
Vale lembrar que essa maioridade não necessariamente está relacionada à idade legal de 18 anos. Além disso, quando este limite etário for atingido, a renda é dividida outra vez entre os demais menores que constarem no plano.
Qual a diferença entre renda extra e renda vitalícia?
A renda extra é um valor adicional que você recebe, além da sua renda principal. É geralmente esporádica ou temporária. A renda vitalícia, por outro lado, é um fluxo de entrada de dinheiro garantido até o fim da sua vida, geralmente obtida por meio de um plano de Previdência Privada.
Conhecer ambas as formas de renda é fundamental para que se possa planejar o futuro financeiro de acordo com os seus objetivos e expectativas. A renda extra, por exemplo, pode ser incerta e variável. Afinal, costuma vir de trabalhos pontuais, venda de produtos que não necessariamente vão se repetir e investimentos que geram ganhos ocasionais. Dessa maneira, é natural que o valor recebido oscile eventualmente.
Já a renda vitalícia se mostra como um instrumento importante para investir em estabilidade no futuro.
No entanto, lembre-se de que o valor a ser recebido mensalmente até o fim da sua vida é calculado de acordo com a idade que se tem no momento da contratação do plano, o tamanho dos aportes feitos ao longo do tempo e a frequência com a qual são feitos.
Quais os benefícios da renda vitalícia?
A renda vitalícia é apenas uma das opções de resgate do patrimônio acumulado na Previdência Privada. Logo, se você ainda não tem certeza se este é o formato ideal para os seus objetivos, separamos alguns dos benefícios a serem avaliados.
Segurança financeira
Imagine contar com um fluxo constante de renda, independentemente do tempo que você visa. Nessa modalidade de resgate, você conta com a segurança de dispor de recursos quando se aposentar.
Em outras palavras, é possível eliminar a preocupação de esgotar o dinheiro acumulado ao longo da vida por conta de despesas e emergências. Além disso, a aposentadoria pode ser o momento de realizar sonhos e, para isso, contar com um dinheiro extra é fundamental.
Não se esqueça: o tamanho da renda mensal recebida de forma vitalícia depende do patrimônio acumulado até a fase do usufruto do investimento.
Planejamento financeiro
A Previdência Privada é um investimento que facilita o planejamento a longo prazo. Logo, durante a fase do acúmulo (quando o investidor realiza aportes periódicos para aumentar o patrimônio), as decisões financeiras consequentemente se tornam mais informadas e estratégicas.
No contexto da renda vitalícia, essa previsibilidade se torna ainda mais valiosa. Estimar a quantia que será recebida regularmente permite que você organize suas finanças com precisão, na intenção de cobrir, no futuro, todas as despesas essenciais e desejadas.
E mais: a depender das condições do contrato, ainda é possível contar com a tranquilidade de repassar o patrimônio aos beneficiários indicados, no caso do falecimento do investidor.
Flexibilidade
Ao investir em Previdência Privada com o objetivo de obter uma renda vitalícia futuramente, você pode personalizar as suas aplicações.
É possível, por exemplo, escolher o tipo de plano, bem como o tamanho e a quantidade dos aportes — alternativas para adaptar o planejamento conforme a sua situação financeira muda e de acordo com o que é esperado para o futuro.
Como resultado, a sua experiência de aposentadoria se torna muito mais satisfatória e livre de estresse.
Quais são as desvantagens da renda vitalícia?
Embora a possibilidade de receber uma renda até o final da vida seja uma ideia atraente para muitos, ela também vem acompanhada de algumas desvantagens.
Veja só:
Falta de liquidez
Para começar, há de se lembrar que a Previdência Privada é um investimento tipicamente de longo prazo. Por isso, se houver a necessidade de resgatar o dinheiro antes do previsto, pode ser que o investidor tenha algum prejuízo no processo.
No contexto da renda vitalícia, recentemente foram aprovadas uma série de mudanças nos regulamentos da Previdência, permitindo que o titular do plano escolha como o montante será resgatado apenas quando o momento do usufruto estiver próximo. No entanto, como essas alterações ainda são novidade, pode levar um tempo até que as instituições financeiras se adaptem a elas.
Risco de inflação
Na Previdência Privada, a instituição financeira responsável pelo plano assume o dever de distribuir e aplicar os aportes do investidor em diferentes tipos de títulos e ativos, de acordo com o que está especificado em contrato.
Dessa maneira, o rendimento da aplicação vai depender da composição do portfólio, do desempenho dos ativos escolhidos e dos fatores micro e macroeconômicos que podem afetá-los. Para avaliar se há o risco de perder poder aquisitivo futuramente, recomendamos que cheque a distribuição praticada e se há títulos atrelados à inflação.
Menor autonomia
Ao optar pela modalidade de renda vitalícia, você está basicamente cedendo à seguradora todo o patrimônio que você acumulou ao longo da vida com a sua previdência privada em troca de uma renda garantida.
Apesar da facilidade de não se preocupar com os resgates e de ter uma boa administração para o dinheiro não acabar, por outro lado você tem menos autonomia. Afinal, ao optar pela modalidade de resgates parciais por conta própria, você consegue controlar o fluxo de dinheiro e sacar os valores que quiser e quando quiser.
Menos dinheiro no seu bolso
Todas as garantias que a renda vitalícia oferecem tem um preço. Afinal, você acaba pagando pela facilidade de ter uma instituição cuidando de tudo para você.
Então, além de ceder todo o patrimônio que você acumulou ao longo da vida para a seguradora, você provavelmente resgatará um valor menor.
Afinal, primeiramente a seguradora fará os cálculos de valores de uma forma que ela não saia no prejuízo, o que pode diminuir sua renda mensal.
Segundo que, quanto mais benefícios de renda você tiver (por exemplo: renda extensível a beneficiários, até o fim da vida, etc.), menos dinheiro será pago a você por isso. Então, naturalmente, quanto maior o valor pago, menos “regalias” a seguradora vai ceder a você.
Quais as formas de resgate na Previdência Privada?
Os planos de Previdência Privada podem ser resgatados de maneiras distintas: em um saque único, por meio de saques mensais ou com uma renda vitalícia.
Entenda:
Resgate total
Aqui, o investidor faz um saque único de todo o valor acumulado ao longo do tempo (aportes + rentabilidade). Essa é uma opção interessante para aqueles que têm um objetivo específico para o futuro — como comprar uma casa ou um automóvel — ou simplesmente ter mais controle sobre o dinheiro.
Resgate mensal
Depois do período de contribuição, o investidor pode resgatar o patrimônio por meio de parcelas mensais. Nesse caso, é possível fazer tudo por conta própria, retirando o valor que bem entender. Dessa maneira, a Previdência Privada costuma ser utilizada como um complemento à aposentadoria, já que oferece mais conforto ao orçamento.
Renda vitalícia
Por fim, uma forma de resgate no qual o patrimônio e a rentabilidade acumulados são pagos ao investidor até o fim da sua vida. Essa quantia mensal vai depender da expectativa de vida do titular do plano e do montante acumulado no período. Aqui, há três modalidades disponíveis para escolher:
- Renda vitalícia reversível ao cônjuge;
- Renda vitalícia reversível a um beneficiário indicado;
- Renda vitalícia com prazo mínimo estabelecido.
A renda vitalícia na Previdência Privada vale a pena?
A renda vitalícia é uma excelente opção de resgate da Previdência Privada para quem deseja receber, até o fim da vida, uma quantia mensal para custear despesas e financiar desejos. Mesmo assim, para saber se ela vale a pena, é preciso considerar os seus objetivos, capacidade para administrar o próprio dinheiro e as condições do plano escolhido.
É preciso lembrar, por exemplo, que na renda vitalícia, a quantia que você receberá mensalmente vai ser possivelmente menor do se fossem feitos resgates mensais.
Há casos, ainda, onde nenhuma renda é repassada aos familiares caso o titular do plano faleça — afinal, esse não é um recurso disponível para todos os contratos e a escolha cabe ao investidor.
Resumidamente, a decisão sobre se a renda vitalícia vale ou não a pena precisa considerar o que você espera para o futuro. Então, aconselhamos que analise cuidadosamente a sua situação atual, as suas expectativas para o investimento, os termos do contrato e a sua configuração familiar. Somente ao colocar todos esses elementos na balança você garante que está fazendo a melhor escolha.
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