Você sabe como funciona o resgate da previdência privada? Antes de realizar um investimento, é preciso analisar diversos aspectos para ter maior previsibilidade e segurança. Nesse sentido, saber sobre as formas de resgate é indispensável.
Por ser um investimento com objetivos a longo prazo, antes de contratar um plano de previdência privada é interessante saber como será a forma de resgate. É uma informação crucial para o planejamento do investidor, por isso, não deve ser ignorada.
Se você deseja conhecer mais sobre o assunto para embasar as suas decisões, vamos ajudar! Continue a leitura deste post e saiba como funciona o resgate da previdência privada e o melhor momento para fazer!
O que é o resgate da previdência privada?
O resgate da previdência privada é o retorno que o investidor obtém após o término do período de contribuições no plano. Trata-se de todo o montante investido ao longo do tempo com a rentabilidade alcançada no período.
Cada tipo de plano de previdência privada tem suas particularidades, como tempo de duração, taxas, periodicidade e valor de cada contribuição. Sendo assim, durante o tempo, que pode ser maior de 10 anos, ocorre a acumulação do patrimônio.
Ao final do tempo estabelecido de investimento acontece o resgate, que pode acontecer de formas distintas, por exemplo:
- resgate total: quanto todo o valor do investimento é retirado de forma única;
- resgate mensal: o retorno do investimento é realizado em parcelas mensais;
A previdência privada é produto financeiro indicado para o longo prazo, por essa razão, funciona como se fosse um complemento à aposentadoria. O que torna o ativo interessante para diversificar a carteira, mitigar riscos e maximizar o patrimônio.
Como o resgate da previdência privada funciona?
A análise criteriosa de dados é indispensável antes de realizar qualquer investimento, independentemente do perfil do investidor. Nesse sentido, avaliar o resgate da previdência privada é primordial, pois pode acontecer de formas distintas.
Diante disso, o resgate é definido conforme as preferências do investidor e características do plano contratado. É possível escolher o resgate de todo o valor, receber uma renda mensal por um determinado período ou a renda vitalícia.
Caso o investidor escolha o resgate como renda mensal, em caso de morte do titular o saldo pode ser direcionado para os beneficiários. No entanto, essas condições dependem diretamente do que foi estabelecido no contrato.
Quais os tipos de resgate previdência privada?
Os resgates do plano de previdência privada existem em tipos diferentes, classificados pela maneira que o retorno é obtido pelo investidor. Como já salientamos, os valores podem ser resgatados de maneira única, em renda mensal ou vitalícia.
Veja a seguir, como cada uma dessas possibilidades funcionam!
Resgate total
Consiste em um tipo de resgate em que o investidor realiza o saque de todo o valor acumulado e da rentabilidade. Uma alternativa interessante para quem tem objetivos específicos, como comprar um imóvel, fazer uma viagem ou ter o controle do dinheiro.
Renda mensal
Outra possibilidade de resgate é a renda mensal, que funciona por meio de parcelas pagas ao investidor após o período de contribuição. Desse modo, é como se fosse um complemento à aposentadoria, que oferece maior conforto ao orçamento.
Renda vitalícia
Alguns tipos de plano de previdência privada oferecem a possibilidade de resgate em renda vitalícia, que paga valores mensais até a morte do titular. A definição dos valores tem como base a expectativa de vida e o montante acumulado no plano.
Dessa forma, a renda vitalícia é encontrada nos seguintes tipos:
- renda vitalícia reversível ao cônjuge;
- renda vitalícia reversível a um beneficiário indicado;
- renda vitalícia com prazo mínimo estabelecido.
Como é o resgate antes do prazo?
Além de todas as opções para ter o retorno do plano de previdência privada, também é possível fazer o resgate antecipado. É uma opção em que o investidor interrompe as contribuições e solicita o retorno antes do tempo estabelecido para o investimento.
Nesse contexto, os termos para o resgate antes do prazo são citados no contrato, assinado no início do investimento. Portanto, é outro aspecto que deve ser avaliado e conhecido, para saber como proceder se em algum momento precisar dessa opção.
Apesar de ser uma possibilidade, o resgate antecipado não é considerado uma boa opção para o investidor. Afinal, é possível a incidência de taxas extras e ainda a necessidade de pagar impostos no momento da retirada, comprometendo o patrimônio.
Como funciona a tributação sobre o resgate?
A tributação da previdência privada acontece com base no regime progressivo ou regressivo, definido pelo investidor no momento da contratação do plano. Isso significa que a tabela escolhida determina como será o pagamento de impostos ao longo do tempo.
Diante disso, a tabela progressiva prevê o aumento da alíquota do imposto de renda sobre o montante, considerando a renda anual. Por exemplo:
- renda de até 22.847,76 — isento;
- renda de 22.847,77 até 33.919,80 — alíquota de 7,5%;
- renda de 33.919,81 até 45.012,60 — alíquota de 15%;
- renda de 45.012,61 até 55.976,16 — alíquota de 22,5%
- renda acima de 55.976,16 — alíquota de 27,5%.
Sendo assim, no ato do resgate é considerado toda a renda do investidor no ano para a incidência da alíquota do imposto, inclusive as que não são oriundas do plano de previdência. Isso significa que será preciso pagar entre 7,5% a 27,5% do valor resgatado, conforme a renda alcançada no ano.
Por outro lado, a tabela regressiva prevê a redução da alíquota ao longo do tempo, ou seja, quanto maior o tempo em que o dinheiro ficar aplicado, menor será o imposto. Por isso, é uma opção muito procurada por quem deseja manter a previdência por mais de 10 anos.
A tabela regressiva funciona da seguinte forma:
- até 2 anos: alíquota de 35%
- 2 anos até 4 anos: alíquota de 30%
- 4 anos até 6 anos: alíquota de 25%
- 6 anos até 8 anos: alíquota de 20%
- 8 anos até 10 anos: alíquota de 15%
- acima de 10 anos: alíquota de 10%
Vale lembrar ainda que há a diferenciação do resgate em relação ao modelo de previdência escolhido. No PGBL, a tributação é sobre todo o montante resgatado. Já no VGBL, incide somente sobre os rendimentos.
A decisão sobre o tipo de resgate e a tabela de tributação são importantes e precisam ser analisados de forma individual, antes de assinar o contrato. São dados que influenciam no desempenho da carteira e na maneira de declarar o imposto.
Por essa razão, como se trata de um investimento a longo prazo, o melhor momento para resgatar é após todo o tempo de contribuição. Assim, será possível alcançar uma maior rentabilidade, reduzir os impostos e recursos suficientes para uma vida confortável.
Como se pode notar, entender sobre o resgate da previdência privada é indispensável para ter uma perspectiva sobre as possibilidades no futuro. Uma informação crucial para otimizar e organizar o planejamento financeiro e, assim, ir em busca dos objetivos.
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