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O que considerar para escolher um bom fundo previdenciário? Confira!

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O mercado financeiro apresenta uma série de oportunidades para os investidores atenderem a diversos objetivos. Para quem foca em metas de longo prazo, como a aposentadoria, existem vários planos de Previdência Privada disponíveis. Mas você sabe como escolher um bom fundo previdenciário na hora de definir o seu plano?

Na prática, essa decisão exige a análise de muitos critérios — e não apenas recorrer ao seu banco tradicional ou a uma grande instituição mais conhecida. Isso porque existem fatores relevantes em fundos de investimentos que devem ser avaliados para tomar a melhor decisão.

Para ajudar nesse processo tão relevante para a sua estratégia de investimentos, preparamos este conteúdo completo sobre o tema. Continue a leitura e veja o que considerar para escolher o melhor fundo previdenciário!

Compreenda o que é um fundo previdenciário

O primeiro ponto para escolher um fundo previdenciário é entender, de fato, o que é esse veículo financeiro. Isso porque existem dois conceitos relevantes: o fundo e o plano de previdência privada.

O fundo previdenciário é um fundo de investimento, sendo uma alternativa coletiva do mercado financeiro. Nela, os investidores alocam os seus recursos e o patrimônio formado é gerido  por um gestor profissional.

Assim, ele funciona como um tipo de condomínio financeiro: os investidores são os condôminos, que alocam recursos conforme os seus objetivos e paga as taxas necessárias para arcar com a estrutura do fundo.

Já o síndico seria o gestor, que toma as decisões e faz as movimentações seguindo as regras propostas, buscando beneficiar todos os participantes. Porém, o fundo previdenciário tem algumas particularidades.

Primeiro, ele pode alocar recursos em diferentes alternativas do mercado financeiro, conforme a estratégia específica. 

Logo, ele pode ter maiores ou menores riscos, apresentando diferentes potenciais de retorno. Além disso, o investidor não faz o aporte diretamente, no fundo: na verdade, ele adquire um plano de previdência privada.

Assim, os recursos direcionados ao plano são alocados no fundo, conforme os detalhes definidos em contrato. Por esse motivo, é preciso ter atenção a diversos fatores para conseguir tomar a melhor decisão para as suas necessidades e objetivos.

Entenda o funcionamento da Previdência Privada

Sabendo mais sobre o fundo previdenciário, é hora de entender mais detalhes sobre a Previdência Privada. Afinal, é por meio dela que você poderá se expor ao veículo financeiro escolhido. Essa alternativa funciona por meio de duas etapas. São elas:

  • acumulação: nessa etapa o investidor faz alocações frequentes de recursos para formar o patrimônio que trará rendimentos em busca dos resultados desejados;
  • resgate: depois, o investidor pode resgatar o montante alocado, conforme as regras estabelecidas (de forma parcial ou total).

A Previdência Privada também pode ser fechada ou aberta. No primeiro caso, ela também é conhecida como fundo de pensão, sendo limitada a um público específico, como os funcionários de uma empresa ou associados de uma entidade de classe.

Já os fundos abertos são destinados a qualquer investidor interessado, existindo dois tipos de planos que podem ser contratados. Entenda quais são eles e como eles funcionam!

PGBL

O Plano Gerador de Benefício Livre é conhecido por ter um benefício fiscal. Com ele, o investidor pode deduzir as contribuições feitas durante o ano, até o limite de 12% da renda bruta tributável obtida.

Para isso, é preciso que ele já contribua para a Previdência Social, como por meio dos pagamentos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou à previdência para servidores públicos. Ainda, a declaração enviada deve ser do tipo completa para viabilizar as deduções.

Nesse plano, é importante saber que a tributação acontecerá sobre todo o valor resgatado. Ou seja, o principal somado aos rendimentos. 

Na prática, o benefício do PGBL funciona como um adiamento no recolhimento do benefício, permitindo que os valores que seriam destinados à Receita Federal fiquem rendendo.

Como você tem a oportunidade de escolher diferentes tabelas de tributação, ainda é possível ter outros benefícios tributários, organizando o planejamento financeiro de modo a ter menores impactos com a cobrança do Imposto de Renda.

VGBL

O Vida Gerador de Benefício Livre não possui benefício fiscal do PGBL. Então, não é possível deduzir os valores alocados ao longo do ano. Por outro lado, o imposto no resgate incidirá apenas sobre os rendimentos obtidos.

Desse modo, o VGBL costuma ser indicado para quem faz a declaração simplificada do Imposto de Renda ou para quem já contribui com até 12% da renda em um plano PGBL, garantindo uma segunda Previdência Privada.

Embora seja possível fazer a portabilidade de planos de previdência, não é permitido mudar o seu tipo. Portanto, você só pode migrar de VGBL para VBGL ou de PGBL para PGBL.

Descubra o seu perfil de investidor

Para escolher o melhor fundo previdenciário, é fundamental considerar o seu perfil de investidor. Ele indica qual é o seu nível de tolerância aos riscos, ajudando a montar a melhor estratégia de alocação para a sua carteira.

Ele é identificado por meio da Análise do Perfil de Investidor (API), que traz uma série de questões sobre a vida financeira, objetivos e conhecimento sobre investimentos. O resultado pode classificá-lo como:

  • conservador: tem menor tolerância ao risco e prioriza a segurança ao investir, mesmo que isso signifique ter rendimentos mais baixos;
  • moderado: aceita correr mais riscos para ampliar o potencial de retorno da carteira, especialmente no longo prazo;
  • arrojado: tem maior apetite aos riscos em busca de maior rentabilidade, geralmente alocando uma parcela maior de capital em alternativas da renda variável.

Ao identificar o seu perfil de investidor, você poderá analisar as alternativas do mercado para entender se o nível de riscos que elas apresentam é adequado. 

Ainda, ficará mais fácil entender quanto do seu patrimônio será alocado, considerando todos os investimentos da sua carteira.

Defina os seus objetivos e prazos

A aposentadoria costuma ser um objetivo de longo prazo, mas o tempo esperado até iniciar os resgates varia entre cada investidor. Portanto, escolher o fundo previdenciário certo exige que você entenda o que você quer conquistar e dentro de qual período.

Se a ideia é realmente complementar a aposentadoria, considere a renda desejada com os aportes e as demais fontes de ganhos ao se aposentar. Essas questões devem ser consideradas na escolha da melhor tabela de tributação.

Também é importante se planejar para não correr o risco de precisar fazer resgates antes do prazo programado. Ainda que seja possível levantar os recursos, o ideal é mantê-los pelo tempo planejado para garantir resultados mais alinhados com as suas expectativas.

Entenda os prazos de cotização e liquidação

Ao contratar o plano, você definirá como será feito o resgate. Porém, é permitido fazer o resgate antes desse prazo. Aqui, é preciso observar as taxas — que você entenderá adiante — e os prazos envolvidos.

Primeiro, há a carência do plano. Esse é um período no qual não é possível solicitar o resgate. Ele terá pelo menos 60 dias, mas alguns planos podem exigir prazos maiores. Também existem duas questões relevantes:

  • prazo de cotização: o prazo de cotização é o período necessário para que o gestor transforme as cotas do investidor em dinheiro disponível;
  • prazo de liquidação: após a cotização, há o prazo de liquidação. Ele é o tempo exigido para creditar os valores na conta do investidor e registrar todo o processo. A soma do prazo de cotização e de liquidação forma o chamado prazo de resgate.

É importante conhecê-los para manter um bom planejamento financeiro e tomar melhores decisões. Isso porque, ao solicitar o resgate em um fundo previdenciário, a disponibilidade financeira não será imediata.

Ainda que seja possível fazer esse resgate antecipado, no entanto, vale destacar que ele não costuma ser benéfico. Pode ser necessário arcar com taxas extras e, a depender do regime de tributação escolhido, aumentar o Imposto de Renda (IR) devido.

Por isso, o ideal é contar com um plano de previdência privada com foco no longo prazo. Já para lidar com situações de curto e médio prazo, você pode alocar recursos em outras alternativas do mercado.

Inclusive, é interessante manter uma reserva de emergência. Ela mantém um montante que trará segurança financeira diante de imprevistos, ficando aplicada em um investimento seguro de alta liquidez. Afinal, nesse caso, o foco não é ter alta rentabilidade, mas proteção financeira.

Considere a estratégia adotada pelo fundo

Também é preciso conhecer a estratégia específica que será adotada pelo fundo de previdência. Isso porque ela pode prever a alocação de recursos em diferentes alternativas do mercado financeiro, influenciando nos riscos, na diversificação e no potencial de retorno do investimento.

É possível encontrar alternativas com maior foco em títulos de renda fixa ou em outros ativos da renda variável — como ações, fundos imobiliários, etc. Também existem opções que alocam recursos apenas no mercado nacional, enquanto outras buscam exposição a outras economias.

Essa análise é fundamental para garantir uma escolha adequada ao seu perfil de investidor e objetivos financeiros. Para auxiliar, também vale buscar alternativas que adotem estratégias conhecidas no mercado pelo alto potencial de resultados. 

Isso dará mais segurança na decisão, especialmente por trazer mais dados para entender as movimentações dos gestores.

Uma dica importante, aqui, é priorizar oportunidades cuja estratégia foca em diversificação. Por exemplo, no Fundo ARCA Grão, a gestão aloca recursos seguindo a metodologia ARCA, diversificando o fundo com a seguinte composição:

  • 30 em ações do Brasil;
  • 10% em real estate — ligados ao mercado imobiliário, mais especificamente os fundos imobiliários;
  • 40% em caixa — opções de renda fixa, para trazer liquidez e segurança;
  • 20% em ativos internacionais — diversifica mercados, dolariza o portfólio e amplia o potencial de retorno e a proteção.

Todas as informações sobre a estratégia de um fundo de investimento devem ser divulgadas — como a lâmina e o regulamento —, então você pode pesquisar os documentos do veículo para entender todos os detalhes e guiar as suas escolhas.

Avalie o histórico de resultados

Ao investir, é comum buscar oportunidades que proporcionem rendimentos atrativos para ajudar na conquista dos seus objetivos. 

Nesse sentido, é interessante conferir o histórico de retorno do fundo previdenciário do seu interesse. Ele é divulgado pela própria gestora, permitindo avaliar o desempenho do veículo financeiro em diferentes momentos e cenários.

Desse modo, você tem a chance de fazer uma análise mais profunda e, até mesmo, comparativos com outras alternativas semelhantes. Ademais, a avaliação ajudará a ter uma ideia do resultado médio que pode ser esperado e trazer dados para ajudar a fazer projeções no mercado financeiro.

Entretanto, é preciso considerar um ponto fundamental: os fundos precisam aguardar 6 meses para divulgar os primeiros resultados. 

Logo, essa medida não significa falta de transparência, mas o cumprimento das regras estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para os fundos de investimentos.

Ainda, isso não significa que você não terá meios de entender as possibilidades relacionadas ao fundo. Lembra que ele precisa divulgar a estratégia e portfólio? Por meio desses documentos, você pode aprofundar as suas análises para fazer projeções mesmo sem a divulgação do histórico.

Em todos os casos, lembre-se de que o desempenho passado não é sinônimo de ganhos futuros. Isso porque os resultados dependem dos movimentos do mercado, tendo exposição à volatilidade e envolvendo riscos.

Pesquise a gestora do fundo previdenciário

A gestora do fundo previdenciário é a responsável pela alocação dos recursos em busca de resultados positivos para os investidores. Então vale pesquisar mais sobre a instituição e a equipe de gestão.

Ela é composta por um time de profissionais do mercado, então você pode pesquisar a experiência, a qualificação e as certificações que eles possuem. Também vale pesquisar o histórico de atuação no mercado — mesmo em outros fundos e atividades.

Além disso, considere as parcerias firmadas para o funcionamento completo do fundo. Por exemplo, a seguradora do plano é responsável por cuidar e fazer a manutenção do plano. Então confira se a empresa escolhida tem credibilidade no mercado para trazer mais segurança ao seu patrimônio.

Outra instituição com um papel relevante é a administradora. Ela tem o papel de administrar o trabalho de toda a equipe, constituir e garantir que o fundo observe as regras da CVM, divulgar os documentos e realizar demais atividades para trazer proteção aos investidores.

Verifique as taxas cobradas

Também é fundamental considerar as taxas cobradas pelo plano de previdência escolhido. Como você viu, o fundo de previdência conta com um gestor profissional e precisa manter uma estrutura para o seu funcionamento. Então existem custos que precisam ser cobertos.

Nesse sentido, o investidor precisa pagar taxas, como a de administração. Entretanto, existem modalidades que cobram valores excessivos, prejudicando os seus resultados. Afinal, as cobranças afetam a rentabilidade líquida.

Para ajudar você a avaliar os custos envolvidos no plano escolhido, veja a seguir quais são as principais taxas que podem ser cobradas e o que analisar na sua decisão!

Taxa de administração

A taxa de administração é cobrada em fundos de investimentos como forma de remunerar a gestão e arcar com todos os custos da estrutura para funcionamento do veículo financeiro. O valor varia em cada alternativa, conforme as definições da administradora.

Ela é cobrada em um percentual anual sobre o patrimônio do fundo. Ou seja, a taxa não é vinculada aos resultados obtidos. Já a cobrança acontece automaticamente, com provisão diária dos valores.

Como ela é cobrada sobre o patrimônio, ela influencia o montante alocado e os resultados obtidos, então é importante procurar fundos que tenham taxas mais atrativas e condizentes com os resultados que propõe. Isso não significa buscar o valor mais baixo: na verdade, é preciso pensar no custo-benefício.

Taxa de carregamento

Outra taxa que pode incidir em um plano de previdência privada é a de carregamento. Ela é um percentual cobrado sobre movimentações financeiras realizadas pelo investidor. Ela pode ser de entrada (quando há uma alocação) e/ou de saída (nos resgates realizados). Também pode haver cobrança na portabilidade.

Entretanto, buscando trazer melhores condições aos investidores e maior competitividade, muitas instituições dispensam essa cobrança nos fundos. Portanto, pode ser interessante priorizar essas alternativas, ampliando o potencial das suas alocações na previdência privada.

Taxa de performance

Já a taxa de performance é cobrada como uma forma de bonificar o gestor do fundo de investimento quando a rentabilidade supera o benchmark — o índice utilizado como meta. 

Assim, quando a gestão consegue resultados acima do indicador definido na estratégia, o investidor faz um pagamento complementar, também descontado automaticamente.

Aqui, é preciso saber que a cobrança incide apenas sobre o total que superar o benchmark. Além disso, é preciso observar a chamada linha d’água, Se o fundo tiver rentabilidade inferior ao benchmark, a cobrança da performance só poderá acontecer quando, além de superar o índice de referência, o desempenho recuperar a diferença (as perdas em relação ao benchmark).

Também é essencial saber que nem todos os fundos cobram esse montante. Na hora de pensar na previdência privada, pode ser interessante priorizar alternativas que não fazem essa cobrança, já que isso amplia a rentabilidade líquida obtida.

Escolha a tabela de tributação

Por fim, não se esqueça de escolher a tabela de tributação do seu plano de previdência privada. Em geral, os fundos de investimentos possuem regras específicas em relação ao Imposto de Renda. Fundos de ações, por exemplo, são tributados em 15%, enquanto fundos imobiliários têm de IR de 20% sobre os ganhos.

Porém, o fundo de previdência não é tributado seguindo essas regras. Na verdade, o investidor pagará o imposto devido em seu plano. Primeiro, haverá diferença nas regras de cobrança conforme o plano (PGBL ou VGBL), que muda a base de cálculo do tributo.

Também existem distinções em relação ao tipo de tabela escolhida pelo investidor para a tributação. Veja quais são as possibilidades!

Tabela regressiva

A tabela regressiva na previdência privada traz alíquotas que reduzem conforme o prazo de alocação dos recursos, beneficiando o foco no longo prazo. Funciona assim:

  • até 2 anos: 35% ;
  • de 2 a 4 anos: 30%;
  • de 4 a 6 anos: 25%;
  • de 6 a 8 anos: 20% ;
  • de 8 a 10 anos: 15%;
  • acima de 10 anos: 10%.

Tabela progressiva

Por outro lado, a tabela progressiva tem uma alíquota que aumenta conforme a faixa de renda, seguindo as regras tradicionais de Imposto de Renda para Pessoa Física. 

Assim, ele considera a renda obtida pelo investidor nos resgates. Entenda como funciona (considerando as faixas de IR em 2022):

  • faixa de isenção: até R$ 1.903,98;
  • 1ª faixa de renda: de R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65, alíquota de 7,5% com parcela de R$ 142,80 a deduzir;
  • 2ª faixa de renda: de R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05, alíquota de 15% com parcela de R$ 354,80 a deduzir;
  • 3ª faixa de renda: de R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68, alíquota de 22,5% com parcela de R$ 636,13 a deduzir;
  • 4ª faixa de renda: acima de R$ 4.664,68, alíquota de 27,5% com parcela de R$ 869,36 a deduzir.

Nesse caso, há retenção de 15% na fonte, sendo que pode ser necessário complementar o valor ou receber a restituição ao fazer a declaração anual de Imposto de Renda. 

Vale destacar que, na tabela progressiva, você deve pensar em toda a sua renda na época do resgate, já que ela comporá a base de cálculo do tributo.

Cumpre destacar ser permitido fazer a mudança da tabela progressiva para a regressiva. Entretanto, o caminho inverso não é possível. Logo, é fundamental avaliar com atenção as possibilidades e fazer simulações para tomar decisões mais acertadas.

No momento de fazer a sua escolha, vale conhecer o plano de previdência ARCA Grão. Nele, você tem acesso a taxas baixas com uma estratégia vencedora, desenvolvida por grandes profissionais do mercado financeiro. 

Dessa maneira, você tem a chance de se expor a um fundo de previdência privada que pode beneficiar a sua estratégia de investimentos.

Pronto! Agora você já sabe quais critérios avaliar para escolher um bom fundo previdenciário e o melhor plano para as suas necessidades. 

Pesquise as alternativas do mercado para identificar a mais adequada ao seu perfil e objetivos financeiros, ajudando a construir uma estratégia de investimentos de sucesso.

Quer começar a investir em um bom fundo previdenciário? Então conheça melhor o plano de previdência ARCA!

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