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Fundos de Investimentos: como funciona e como investir?

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Fundos de Investimentos: está aí um produto financeiro do qual muitas pessoas já ouviram falar, mas não necessariamente sabem como funcionam. Sabia, por exemplo, que há fundos de diferentes tipos, com alternativas para todos os perfis de investidores

Ainda, é uma aplicação que te ajuda a obter diversificação instantânea e a chance de aportar o seu dinheiro em ativos de uma maneira que talvez não fosse tão acessível se você fizesse a alocação por conta própria.

 Parece complexo? Te garantimos que não é! Neste artigo, vamos te ajudar a aprender:

  • O que são os Fundos de Investimento?
  • Como é que funciona um Fundo de Investimento? 
  • Como funciona a estrutura dos Fundos de Investimento?
  • Quais são os principais tipos de Fundos de Investimento?
  • Qual é a diferença entre fundos abertos e fundos fechados?
  • Quais as vantagens de investir em Fundos?
  • Quais são os riscos de investir em Fundos?
  • Como escolher um bom Fundo de Investimento?
  • Qual é o melhor Fundo de Investimento para cada perfil de investidor?
  • Como investir em Fundos?

No final, ainda reservamos uma dica de fundo para você valorizar o seu patrimônio a longo prazo. Vamos lá?

O que são os Fundos de Investimento?

Fundos de Investimento são uma modalidade coletiva de aplicação, na qual várias pessoas colocam seus recursos para serem administrados por um gestor. Esse por sua vez, decide onde investir o dinheiro do fundo, comprando ativos como ações, títulos, e imóveis, com o objetivo de gerar lucro para todos os participantes. A composição do portfólio varia de acordo com a estratégia prevista em contrato.

Os Fundos são divididos em cotas e cada investidor (chamado aqui de cotista) é dono de uma ou mais dessas cotas, proporcional ao valor investido. Inclusive, uma das principais vantagens é que, mesmo com pouco dinheiro, é possível ter acesso a uma carteira diversificada e gerida por um especialista.

Atenção: como cada Fundo de Investimento tem um foco específico (renda fixa, ações, imóveis, criptomoedas, entre outros), o grau de risco e os potenciais retornos variam e há opções para todos os perfis de investidores.

Como é que funcionam os Fundos de Investimento?

Os Fundos de Investimento funcionam assim: o dinheiro de vários investidores é distribuído nos ativos pertencentes a uma carteira comum, administrada por um gestor profissional, que decide onde aplicar os recursos para buscar o melhor retorno. Os investidores, então, compram cotas destes fundos e recebem lucros ou prejuízos proporcionais ao desempenho dos ativos investidos.

Além disso, um fundo pode ter duas formas de gestão:

  • Gestão passiva: é uma estratégia de investimento onde o gestor busca replicar a performance de um índice de mercado, como o Ibovespa, investindo em ativos que compõem esse indicador, geralmente com menores custos e taxas;
  • Gestão ativa: envolve um gestor que toma decisões ativas sobre a compra e venda de ativos, com o objetivo de superar o desempenho de um índice de referência, o que pode resultar em taxas mais altas.

Entenda melhor alguns dos principais atributos deste tipo de aplicação:

Composição da carteira e classificação

A classificação de um Fundo de Investimento depende de qual é a composição do seu portfólio, que varia de acordo com os tipos de ativos nos quais o gestor investe. Um Fundo pode, por exemplo, ser composto principalmente por ações, títulos de renda fixa, imóveis ou até mesmo moedas estrangeiras. 

Como essa classificação também define o nível de risco e a expectativa de retorno da aplicação, é importante que você, ao se tornar um cotista, avalie quais alternativas se alinham melhor aos seus objetivos financeiros e ao seu perfil de investidor.

Cotas

As cotas representam a menor fração de participação de um investidor no Fundo de Investimento. Quando você investe em um, seu dinheiro é, portanto, convertido em cotas, que são proporcionais ao valor total aplicado

Essas cotas refletem o valor do portfólio utilizado na estratégia e, naturalmente, variam conforme o desempenho dos ativos que fazem parte da carteira. Se o valor desses ativos sobe, o valor das cotas tende a subir também — o mesmo acontece em cenários de baixa.

Em resumo, as cotas determinam o quanto você possui do fundo e, consequentemente, o quanto você ganhará ou perderá conforme os investimentos selecionados valorizam ou desvalorizam

Taxa de administração 

A taxa de administração é uma cobrança aplicada em todos os Fundos de Investimento e serve como uma remuneração à equipe que faz a gestão dos recursos dos cotistas. A corretagem, a administração e os relatórios oferecidos aos cotistas também entram nas razões pelas quais esse custo extra existe.

Em geral, essa taxa é apresentada de forma percentual e anual, mas também pode acontecer gradualmente. Ela é aplicada sobre o valor total do investimento — aportes e juros acumulados.

Taxa de performance

A taxa de performance se trata de uma cobrança baseada em resultado. Ou seja, é aplicada quando os retornos de um Fundo de Investimento superam alguma expectativa de performance ou um indicador econômico. Em geral, ela existe em fundos de gestão ativa, no entanto, não é uma obrigatoriedade e há alternativas que não a cobram dos cotistas.

Tributação e come-cotas

O come-cotas é como se chama a cobrança antecipada do Imposto de Renda, nomeada dessa forma justamente por reduzir o número de cotas de um investidor que se vale de Fundos de Investimento. Ela é aplicada sempre em maio e novembro, tanto em fundos de curto prazo (tributação de 20%), quanto naqueles com horizontes temporais mais longos (porcentagem de 15%).

Atenção: esse imposto existe somente em algumas categorias de fundos, como os de renda fixa, cambiais, DI e multimercados. A cobrança é aplicada unicamente sobre a rentabilidade obtida no período, ou seja, não afeta o capital aportado no produto.

Fundos de curto prazo

Um fundo de curto prazo é aquele composto por ativos com vencimentos inferiores a 365 dias. Aqui, o Imposto de Renda aplicado é de 20%, incidindo sobre todo o rendimento obtido no período.

Quando o cotista faz um resgate em um prazo inferior ao de um semestre (180 dias), então há ainda a soma de um percentual extra de 2,5% sobre a taxa do come-cotas — resultando em 22,5% de IR.

Fundos de longo prazo

Os fundos de longo prazo são aqueles cujo portfólio é composto por ativos com vencimentos superiores a um ano. Nesse caso, o imposto no resgate segue a tabela regressiva de IR. Ou seja, quanto maior a permanência, menor a tributação. Observe: 

  • Até 180 dias: 22,5%;
  • De 181 a 360 dias: 20%;
  • De 361 a 720 dias: 17,5%;
  • Mais de 720 dias: 15%.

Simplificando, se a sua cota for mantida por mais de 720, a alíquota considerada é a mínima, de 15%. Por outro lado, se fizer um resgate antes desse prazo, uma taxa adicional será acrescida e pode chegar  até 22,5% de IR.

Como funciona a estrutura dos Fundos de Investimento?

A estrutura de um Fundo de Investimento é formada por:

  • Gestor;
  • Administradora;
  • Custodiante;
  • Auditor;
  • Distribuidor;
  • Assembleia de cotistas.

Entenda do que se trata cada uma dessas partes.

Gestor

Temos aqui a figura mais relevante para os investidores, já que o gestor é o responsável pela tomada de decisões na hora de distribuir o patrimônio dos cotistas em uma seleção específica de ativos. Esse profissional deve respeitar as regras do contrato — assim como os limites, além de seguir à risca todas as condições descritas no regulamento.

Nível de risco, perspectiva de retorno, liquidez dos ativos e desempenho de indexadores (quando houver) são alguns dos critérios que essa parte precisa ter em vista para viabilizar os investimentos. Inclusive, cabe também a ela o contato com corretoras e demais intermediadoras dessas negociações. 

Importante: todo gestor deve possuir registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), independentemente de ser uma pessoa física ou jurídica. 

Administradora

A administradora é a instituição financeira responsável por criar um Fundo de Investimento e definir quais serão suas políticas de investimento, objetivos e demais condições relevantes aos cotistas e à estratégia utilizada pelo gestor.

Também cabe a essa parte a tarefa de divulgar diariamente o valor das cotas, assim como eventuais comunicados aos investidores.  

Administradoras são sempre pessoas jurídicas e devem ser autorizadas a criar Fundos de Investimento pela CVM.

Custodiante

Custodiantes são instituições financeiras que fazem a guarda dos ativos que compõem o portfólio do fundo. Essas figuras também são encarregadas de gerir os dados e as informações sobre o fundo, enviadas para os gestores e administradores. 

Na prática, as custodiantes vão realizar as operações de compra e venda de ativos, e o registro das transações, além de assegurar o exercício dos direitos e obrigações relacionados aos investimentos que fazem parte da carteira.

Auditor

Todas as administradoras têm a obrigação de contratar um auditor independente. Sem isso, um Fundo de Investimento não pode existir. Esse profissional deve, então, checar todas as demonstrações contábeis do portfólio, com o objetivo de garantir aos cotistas que todo o trabalho exercido pela administradora está de acordo com as condições estabelecidas em contrato.

É, em termos mais simples, um mecanismo de segurança para os investidores. Inclusive, os auditores também precisam ter registro junto à CVM.

Distribuidor

Os distribuidores em um fundo de investimento são as instituições responsáveis por oferecer o fundo aos investidores. Eles funcionam como “vendedores”, tornando mais fácil o acesso dos interessados ao fundo. 

Esses distribuidores podem ser bancos, corretoras ou outras instituições, e podem ou não estar ligados diretamente ao administrador do fundo. Em resumo, são eles que conectam o fundo aos investidores, permitindo que as pessoas comprem cotas e participem do fundo.

Assembleia de cotistas

As assembleias de cotistas são reuniões nas quais os cotistas se juntam para tomar decisões importantes sobre o fundo. Enquanto o administrador e o gestor geralmente tomam as decisões do dia a dia, certas questões — como mudanças na política de investimento, aumento de taxas ou a substituição do gestor — só podem ser decididas nessas assembleias.

Na prática, cada cotista tem direito a voto nessas reuniões e elas também são realizadas anualmente para que os investidores possam revisar as demonstrações financeiras do fundo. Inclusive, uma assembleia pode ser convocada por qualquer cotista que tenha mais de 5% das cotas. As decisões tomadas, por outro lado, devem ser comunicadas a todos os cotistas dentro de 30 dias.

Quais são os principais tipos de Fundos de Investimento?

Os principais tipos de Fundos de Investimento são:

  • Fundo de Renda Fixa;
  • Fundo de Ações;
  • Fundo Multimercado;
  • Fundo Cambial;
  • Fundo de Índices;
  • Fundo Imobiliário;
  • Fundo Mútuo;
  • Fundo de Previdência.

Cada um deles tem objetivos distintos, por isso, recomendamos que você dê uma olhada mais atenciosa na dinâmica desses fundos:

Fundo de Renda Fixa

Para ser classificado como Fundo de Renda Fixa, o portfólio da aplicação precisa ser composto por, no mínimo, 80% de títulos de renda fixa — relacionados diretamente, ou por meio de derivativos. Nesses casos, os principais riscos são o da variação da taxa de juros, ou dos índices de preços.

Dentro dessa categoria, temos alguns tipos específicos. Esse é o caso dos Fundos DI, que recebem esse nome por adotarem estratégias que acompanhem a rentabilidade da taxa do CDI. Ou ainda dos Fundos de Crédito Privado, no qual a maior parte das aplicações é direcionada para títulos privados, emitidos por empresas.

Fundo de Ações

Aqui, temos fundos cujos portfólios são compostos principalmente por ações — 67% da carteira, para ser preciso. O restante fica a critério do gestor, que pode inclusive distribuir o patrimônio em títulos de renda fixa, como Tesouro Direto e CDBs.

Aqui, o grau de risco é maior, já que ações são ativos de renda variável e que não oferecem previsibilidade de ganhos. Ao mesmo tempo, os potenciais retornos são mais atrativos. Por conta dessa dualidade, são fundos geralmente indicados para investidores que têm objetivos de horizontes temporais mais longos.

Fundo Multimercado

Nos Fundos Multimercado, o gestor tem liberdade de aplicação. Ou seja, não necessariamente precisa concentrar os recursos em uma ou outra classe. Por isso, o portfólio pode ser bastante variado, incluindo investimentos como ações, títulos públicos, câmbio, derivativos, CDBs, entre outros.

Algumas das principais estratégias destes fundos são:

  • Macro: fundos que investem em diversas classes de ativos, tendo os cenários macroeconômicos como base;
  • Long & Short: operam em ações adotando posições compradas e vendidas simultaneamente, buscando lucrar com a diferença de desempenho entre elas, independentemente da direção geral do mercado;
  • Investimento no exterior: alocam pelo menos 67% dos recursos em ativos internacionais;
  • Quantitativo: utilizam algoritmos para definir suas estratégias de investimento, sem intervenção humana direta;
  • Multiestratégia: se valem de várias estratégias de investimento, sem se comprometer com uma específica.

Fundo Cambial

Fundos desta categoria precisam ter ao menos 80% do patrimônio distribuído em ativos atrelados a moedas estrangeiras — o dólar e o euro são os mais populares aqui. Os 20% que sobram estão livres para que o gestor faça a seleção de ativos que desejar, desde que inclua aplicações mais conservadoras na carteira, como as de renda fixa.

Os cotistas dos Fundos Cambiais têm as flutuações de câmbio como o maior risco na operação. Ao mesmo tempo, é uma alternativa de investimento interessante para quem deseja aproveitar a valorização de moedas mais fortes e se proteger contra crises nacionais.

Fundo de Índices

Mais conhecidos como Exchange-Traded Funds (ETFs), os Fundos de Índice buscam replicar o desempenho de determinado índice de referência — o Ibovespa, por exemplo. A estratégia consiste, então, em criar uma carteira teórica que espelha a performance dos ativos que fazem parte do indexador em questão. Logo, a gestão é passiva.

Ao comprar cotas de um ETF que segue um índice de ações ou de renda fixa, o investidor automaticamente adquire uma parte de todos os ativos que compõem esse índice, na mesma proporção. Dessa forma, ele não precisa comprar cada ação ou título separadamente.

Fundo Imobiliário

Fundos Imobiliários investem em ativos do setor imobiliário, como seu nome indica. Dessa maneira, o portfólio pode ser composto por imóveis físicos (galpões, prédios residenciais, shoppings etc.), ou por títulos de dívida atrelados ao crédito deste setor (CRIs, LHs e LCIs). 

Inclusive, cabe o lembrete de que os Fundos Imobiliários são investimentos de renda variável. Em outras palavras, não há como prever com certeza e exatidão se a aplicação vai trazer retorno ou prejuízo, já que a performance dependerá não somente das decisões do gestor, mas também do mercado imobiliário em si.

Fundo de Previdência

Um fundo previdenciário é o investimento que gera retorno para um plano de Previdência Privada. A Previdência, por sua vez, se trata de uma aplicação de longo prazo, popularmente conhecida como um complemento à aposentadoria do Governo, já que o seu objetivo é preservar e aumentar o patrimônio do investidor com o passar do tempo.

Assim que contrata um plano, o investidor sabe quanto tempo vai durar a fase de acúmulo, ou seja, o período necessário para atingir seus objetivos financeiros. Durante esse tempo, o patrimônio cresce e é preservado para ser resgatado, total ou parcialmente, no futuro. 

Quando chegar a fase de usufruto, em que o investidor começa a sacar o investimento, ele pode escolher entre dois regimes tributários: um em que os impostos são calculados com base no valor resgatado e outro baseado na duração do investimento.

Qual é a diferença entre fundos abertos e fundos fechados?

A diferença principal entre fundos abertos e fechados está na flexibilidade de entrada e saída dos investidores. Fundos abertos permitem que cotistas solicitem o resgate de suas cotas a qualquer momento, enquanto fundos fechados só permitem o resgate no final do prazo de duração do fundo.

Nos fundos abertos, um investidor tem a liberdade de entrar ou sair sempre que quiser, assim como aumentar a sua participação com novos aportes. O administrador pode, no entanto, suspender temporariamente novas aplicações, ou até fechar o fundo para resgates em casos excepcionais — como quando a liquidez dos ativos não permite atender os pedidos de resgate sem prejuízo aos demais cotistas. 

Nesses casos, é necessária a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para discutir a situação.

Já nos fundos fechados, a entrada de novos cotistas ou novos investimentos dos cotistas existentes é permitida apenas durante o período inicial de captação. Após esse prazo, os cotistas só podem resgatar suas cotas no término do fundo. 

Caso queiram vender suas cotas antes disso, precisam negociar as posições no mercado secundário, como ocorre com Fundos de Investimento Imobiliário (FII), onde as cotas são compradas e vendidas através da B3.

Quais as vantagens de investir em Fundos?

Diversificação instantânea, flexibilidade, gestão profissional, acesso a investimentos de alto valor e facilidade no pagamento dos custos são as principais vantagens de investir em Fundos.

Conheça melhor cada uma delas.

Diversificação instantânea

Quando você aplica em um Fundo de Investimento, com um único aporte consegue obter uma diversificação instantânea, já que o valor será distribuído em uma cesta completa de ativos. Consequentemente, te ajuda na missão de reduzir riscos e proteger o patrimônio — além de potencializar as chances de maior rentabilidade.

Independentemente do tipo do fundo, você com certeza encontrará uma maneira prática de centralizar suas aplicações em uma alternativa que te possibilita o acesso a uma carteira promissora e balanceada.

Flexibilidade

Para começar, muitos Fundos de Investimento requerem aportes iniciais acessíveis. Então, mesmo que, nesse momento, a sua ideia seja começar aos poucos, é possível encontrar alternativas nas quais seja possível adquirir cotas por quantias menores. Aqui, vale um destaque rápido à diversificação, já que o equilíbrio entre risco e retorno é conquistado mesmo com pouco.

Outro ponto que justifica a flexibilidade dos Fundos de Investimento é a gama ampla de categorias existentes, que englobam todos os perfis de investidores. Conservadores, por exemplo, podem aproveitar os de renda fixa, que priorizam a alocação de patrimônio em títulos mais seguros. 

Agressivos, para fazer um contraste, certamente terão a chance de encontrar seus objetivos financeiros sendo contemplados em fundos de criptomoedas ou derivativos, cujo risco das operações (assim como o potencial de retorno) é maior.

Gestão profissional

Até mesmo os investidores com domínio de mercado precisam dedicar tempo e atenção na hora de explorar as melhores oportunidades de aplicação. Somente esse tipo de cautela e empenho é capaz de ajudar alguém a alcançar suas metas financeiras e buscar a rentabilidade que foi projetada para determinado prazo.

Como os fundos contam com gestão profissional, os cotistas consequentemente veem aumentar suas chances de obter retornos mais promissores, diversificar o portfólio com mais facilidade e equilibrar os riscos das operações. Afinal, todas as decisões de aporte por parte do gestor e da administradora são tomadas a partir de dados, experiência e planejamento.

Acesso a investimentos de alto valor

Como os investimentos feitos pelo gestor do fundo são coletivos, o tamanho total dos aportes direcionados aos ativos em questão são mais robustos. Consequentemente, os cotistas conseguem acessar alternativas de investimento que exigem um valor mínimo elevado, algo que seria difícil de alcançar individualmente. 

Facilidade no pagamento dos custos

Os custos desse tipo de investimento são diluídos entre todos os cotistas, com valores proporcionais ao nível de cada aporte. Quando o desempenho do fundo é compatível com os objetivos e metas propostos em contrato, as taxas não necessariamente vão causar danos significativos à rentabilidade do investidor.

Quais são os riscos de investir em Fundos?

Fundos de Investimentos podem apresentar risco de crédito, de mercado, de liquidez e demais incertezas específicas de cada categoria. 

Entenda melhor:

Risco de crédito

Em um Fundo de Investimento, o risco de crédito é aquele atrelado à possibilidade de não receber o dinheiro de volta de algum dos títulos que compõem a carteira do fundo. Se um portfólio for composto por títulos do Tesouro Direto, por exemplo, essa ameaça seria menor, já que o emissor do título é o Governo Federal, o que torna a possibilidade de não pagamento bem mais difícil..

Ao investir em fundos de títulos emitidos por empresas com maior grau de risco, essa possibilidade já se faz mais presente.

Naturalmente, o grau de risco é algo que varia de fundo para fundo, já que cada um terá ativos distintos na carteira. Na dúvida, consulte sempre os documentos fornecidos pela administradora para ter noção de como esse fator é mantido sob controle.

Risco de mercado

Aumento nas taxas de juros, eventos políticos relevantes e mudanças no câmbio são alguns dos fatores que têm o poder de afetar o desempenho de um ativo. Consequentemente, essas oscilações podem impactar a performance do Fundo de Investimento também. Esse é o chamado risco de mercado.

É justamente para manter esses riscos equilibrados que um fundo conta com uma carteira completa de aplicações, distribuindo o patrimônio dos cotistas entre diferentes classes e ativos. 

Risco de liquidez

O risco de liquidez se trata da possibilidade de o investidor perder dinheiro caso o gestor tenha dificuldade em vender um ativo da carteira sem precisar reduzir seu valor.

Por exemplo: se o fundo investe em ações com baixa negociação na bolsa, pode ser difícil encontrar compradores quando for necessário vender esses papéis. Então, essa situação pode levar o gestor a postergar a venda ou a ter que vender as ações com um desconto significativo.

O risco de liquidez também se manifesta na dificuldade para repassar uma cota, caso queira vendê-la. A depender do momento, a tarefa de encontrar outro investidor interessado na posição também pode ser mais árdua, além de existir a possibilidade de você ter que passar a cota adiante por um valor menor do que aquele pago inicialmente.

Riscos específicos

A depender de quais ativos compõem o portfólio, ou de qual seja a categoria do fundo, os riscos podem ser mais específicos. Se um Fundo Imobiliário, por exemplo, faz aportes em imóveis físicos, existe o risco de vacância — que é a chance de o espaço permanecer desocupado e sem gerar renda por meio de aluguel.

Por outro lado, um Fundo Cambial estaria mais vulnerável às oscilações da moeda estrangeira a qual está atrelado — um risco que possivelmente seria menor em outro portfólio. 

Por isso, antes de decidir em qual Fundo de Investimento aplicar, tenha certeza de estar ciente sobre quais são os riscos de cada um deles.

Como escolher um bom Fundo de Investimento?

Já que há uma gama ampla de Fundos de Investimento no mercado, o ideal é que você tome esses cuidados na hora de escolher:

  • Considere o seu perfil de investidor;
  • Descubra qual é a reputação da gestora;
  • Faça um bom planejamento financeiro antes de investir;
  • Estude os tipos de fundos que são do seu interesse;
  • Avalie o prazo de resgate das cotas;
  • Analise todas as taxas praticadas no fundo;
  • Verifique qual é o aporte inicial;
  • Cheque os documentos e o histórico do fundo.

Entenda melhor porque cada um desses critérios é importante.

Considere seu perfil de investidor

Para começar, o perfil de investidor é uma análise que serve para apontar qual é o seu grau de tolerância ao risco. É possível descobrir o seu assim que abrir conta em uma corretora, já que provavelmente a plataforma vai automaticamente te submeter a um questionário sobre o assunto. 

Observe quais são os possíveis resultados:

Tipo de investidorDescrição
ConservadorPrioriza a segurança e prefere investimentos de baixo risco, com foco na preservação do capital.
ModeradoBusca equilíbrio entre segurança e rentabilidade, aceitando algum risco em troca de melhores retornos.
ArrojadoAceita riscos mais elevados para alcançar maior rentabilidade, por isso investe em ativos com maior potencial de valorização.
AgressivoFocado em alto crescimento, investe em ativos de maior risco, disposto a enfrentar grandes oscilações no mercado.

Descubra qual é a reputação da gestora

Verifique qual é o desempenho da gestora do fundo frente a diferentes cenários do mercado, assim como qual o grau de consistência dos resultados que esta tem alcançado. 

Não menos importante, cheque qual é a equipe que compõe a gestão e se esses profissionais têm expertise no segmento de atuação do fundo. Quando o time é qualificado e experiente, aumentam as chances de as estratégias do fundo serem baseadas em decisões mais informadas.

Faça um planejamento

Esse é um ponto-chave para se levar em conta antes de qualquer investimento: organize as finanças e tenha um bom planejamento antes de começar a aplicar. Nesse momento, além de construir uma reserva de emergência e se livrar das dívidas, é importante que você liste quais são os seus objetivos financeiros, quais os prazos necessários para atingir essas metas e qual a quantia almejada.

Dessa maneira, fica mais fácil escolher um Fundo de Investimento cujas características estejam realmente alinhadas com as suas perspectivas futuras e que aumentem as chances de sucesso da aplicação.

Estude os Fundos de Investimentos

Cada categoria de fundo terá uma política de investimento específica. Ou seja, há uma variedade grande de ativos e limites de alocação para você escolher — e o indicado é que faça isso considerando o seu perfil e os seus objetivos. 

Antes de decidir por um ou por outro, dedique um tempo para entender com total clareza qual é a estratégia vigente, as metas da gestora e o grau de risco que você vai assumir ao se tornar um cotista.

Avalie o prazo de resgate das cotas

Ao investir em um fundo, você provavelmente vai se deparar com algo chamado prazo de cotização, que é o tempo que se passa entre a solicitação de resgate de uma cota, até a conversão dela em dinheiro. Não se preocupe: nesse período, o patrimônio continua rendendo. 

Nos documentos dos fundos, a informação sobre o período de liquidação estará apresentada como “D+0”, “D+5”, “D+10” — enfim, sempre seguindo o formato “D” seguido de um número. Enquanto a letra aponta o dia da solicitação do resgate, o número significa quantos dias úteis serão necessários para o dinheiro cair de volta na conta do investidor, após a solicitação. 

Além disso, há ainda outros dois detalhes que não podem passar despercebidos na sua avaliação:

  • Prazo de liquidação: é o tempo que leva para a operação de compra ou resgate ser processada e para que o valor seja transferido entre a conta do fundo e do investidor. O período inicia após o prazo de cotização;
  • Prazo de resgate: é a soma do prazo de cotização e de liquidação. Na prática, é o período que inicia na solicitação do resgate das cotas e termina na disponibilização dos recursos na conta. É, então, o total.

Analise as taxas dos fundos

A taxa de administração e a taxa de performance são duas cobranças praticadas em Fundos de Investimentos e que apresentam valores variados de uma alternativa para a outra. Enquanto a primeira diz respeito à remuneração do gestor e da administradora, a segunda é opcional e paga quando o desempenho do fundo supera o do índice usado de referência. 

Há ainda a taxa de custódia, que é um valor relativo ao serviço de “guarda” do fundo — geralmente expresso em um percentual anual.

Nos fundos previdenciários, pode ser que exista também a taxa de carregamento, muitas vezes cobrada tanto no momento do aporte, quanto do resgate. Esse valor extra pode acabar prejudicando o acúmulo de patrimônio do investidor e, por isso, o ideal é que, nesse caso, você busque por instituições que não a cobrem, já que não se trata de um custo obrigatório

Verifique qual é o aporte inicial

Fundos de Investimento podem ser encontrados em uma variedade ampla de aportes iniciais. Enquanto algumas alternativas ultrapassam os R$1.000,00, outras são bem mais acessíveis, ideais para quem deseja iniciar com passos menores.

Lembre-se: naturalmente, quanto maior for o patrimônio investido, maior será também o potencial de retorno e as chances de ver o seu patrimônio crescer. 

Estude os documentos e o histórico do fundo

Na corretora onde você estiver buscando por Fundos de Investimento, você encontrará todas as informações e documentos necessários para que a sua decisão seja totalmente embasada em dados. Não economize tempo na hora de analisar o portfólio do fundo, a estratégia da gestora e como o investimento vem performando com o passar do tempo.

Qual é o melhor Fundo de Investimento para cada perfil de investidor?

Considerando o grau de risco de cada Fundo de Investimento, estas são as alternativas que costumam ser mais adequadas para cada perfil de investidor: 

  • Fundos de Investimentos para investidor conservador: Fundos de Renda Fixa, Fundos DI, Fundos de Curto Prazo;
  • Fundos de Investimentos para investidor moderado: Fundos de Ações, Fundos Multimercado, Fundos Imobiliários;
  • Fundos de Investimentos para investidor arrojado: Fundos Multimercado, Fundos de Renda Fixa de Longo Prazo, Fundos Balanceados;
  • Fundos de Investimentos para investidor agressivo: Fundos de Ações, Fundos de Investimento em Participações (FIPs), Fundos Cambiais.

Importante: os fundos citados não são recomendações de investimento. São, na verdade, apenas a listagem de algumas das alternativas mais buscadas por cada perfil de investidor, dado os riscos atrelados a cada operação. 

Na prática, a escolha dos fundos varia de acordo com cada caso. Nada impede, por exemplo, que um investidor arrojado tenha Fundos de Renda Fixa no portfólio — afinal, a diversificação é fundamental para qualquer perfil. 

Como investir em Fundos?

Para investir em Fundos, basta seguir este passo a passo:

  1. Abra conta em uma corretora de valores;
  2. Explore os Fundos de Investimento disponíveis;
  3. Leia os documentos do fundo;
  4. Compre as suas cotas;
  5. Faça o acompanhamento do investimento.

Entenda melhor:

1 – Abra conta em uma corretora de valores

Antes de escolher alguma, se certifique de que a empresa faz parte da lista de corretoras autorizadas pela B3. A facilidade de uso da plataforma e a gama de investimentos disponíveis são alguns dos principais critérios que também devem ser levados em consideração na sua decisão. 

Depois que a conta estiver aberta, basta que você transfira fundos de uma conta corrente para ela. 

2 – Explore os Fundos de Investimento disponíveis

Sabendo qual é o seu perfil de investidor e considerando os seus objetivos financeiros, explore quais fundos se alinham melhor às suas metas e expectativas. Nesse momento, é importante que você compare alternativas, a fim de descobrir qual é a mais adequada.

3 – Leia os documentos do Fundo

Nestes documentos, você pode avaliar qual o histórico de rentabilidade da aplicação, a estratégia da gestora, o portfólio do fundo e demais informações relevantes para a sua decisão. Em algumas corretoras, você encontra até classificações feitas por agências de rating, que apontam o grau de risco de um Fundo de Investimento.

4 – Compre as suas cotas

Você pode comprar mais de uma cota por vez, então, basta que indique quantas deseja adquirir e emitir a ordem de compra. Dessa maneira, você já estará se beneficiando da diversidade automática que um Fundo de Investimento oferece.

5 – Faça o acompanhamento do investimento

Na mesma plataforma onde realizou o investimento, é possível fazer o acompanhamento da aplicação. Se o seu objetivo for de longo prazo, lembre-se que oscilações de menor escala não necessariamente são relevantes para a sua estratégia e, por isso, tenha cuidado para não agir com impulso, fazer uma retirada antecipada no calor de um momento de baixa no mercado e sair no prejuízo.

Fundo de Previdência ARCA: opção promissora para sua carteira

Se você chegou até aqui convencido de que os Fundos de Investimento são uma excelente opção para diversificar o seu portfólio, então temos uma recomendação de aplicação para te mostrar. Com uma metodologia desenvolvida por Thiago Nigro, o Primo Rico, a ARCA é um fundo de Previdência Privada com uma das menores taxas de administração do mercado e que não cobra taxa de carregamento

Seu nome é a abreviação dos ativos que compõem o portfólio do plano:

  • Ações brasileiras (A): uma seleção de ativos para expor o seu patrimônio ao mercado brasileiro;
  • Real Estate (R): ativos atrelados ao mercado imobiliário;
  • Caixa (C): ativos de renda fixa, para gerar uma rentabilidade mais previsível e equilibrar a carteira em momentos de crise;
  • Ativos internacionais (A): ativos estrangeiros vinculados ao dólar, fundos estrangeiros, ações de fora do país e outras possibilidades para deixar a estratégia mais sólida.

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