Sabia que deixar o seu dinheiro parado é uma péssima ideia? Mesmo que talvez pareça mais “seguro” à primeira vista, a verdade é que isso faz com que o seu patrimônio perca valor com o passar do tempo, já que não estaria rendendo, nem acompanhando a inflação.
A boa notícia é que contornar esse problema é bastante fácil: basta aprender a investir. E para descomplicar ainda mais a sua jornada, este conteúdo foi escrito justamente para ser o seu ponto de partida, para que você entenda quais tipos de investimento financeiro existem e como escolher os mais adequados para os seus objetivos.
Siga conosco para aprender:
- O que é investimento financeiro?
- Quais são os tipos de investimento financeiro?
- Quais são os tipos de investimento de renda fixa?
- Quais são os tipos de investimento de renda variável?
- É seguro fazer um investimento?
- Qual é o melhor tipo de investimento financeiro?
- 5 dicas para escolher o melhor tipo de investimento para você.
Fique até o final: antes de ir embora, ainda vai receber uma dica extra sobre como começar a investir com mais inteligência, traçando uma rota personalizada até os seus objetivos!
O que é investimento financeiro?
Um investimento financeiro é o ato de aplicar o dinheiro em um ativo, na expectativa de obter algum retorno com a operação — seja pelo acréscimo de juros ao valor, ou pela valorização do título selecionado.
De modo geral, o propósito de um investimento é fazer o dinheiro render. A partir disso, também será o caminho para viabilizar outras metas, como aumentar o patrimônio, adquirir um imóvel ou se aposentar com tranquilidade.
Quais são os tipos de investimento financeiro?
Os investimentos financeiros se dividem em dois tipos: renda fixa e renda variável. No primeiro, os retornos são mais estáveis e previsíveis, com uma dinâmica de funcionamento mais simples. No segundo, é o oposto: performam de maneira mais complexa e são mais vulneráveis a oscilações, logo, não se pode prever se haverá lucros ou prejuízos.
Conheça melhor cada um deles:
Renda fixa
Na renda fixa, a rentabilidade é previsível. Isso porque no momento da aplicação, o investidor já conhece quais serão as condições de pagamento de juros no final do prazo combinado. Por conta dessa característica, essa classe é a principal escolha dos perfis conservadores, que priorizam a segurança ao investir.
Embora a categoria englobe vários ativos distintos, podemos explicar o seu funcionamento assim: ao fazer uma aplicação, seu dinheiro é emprestado a uma entidade emissora, como o Governo Federal ou um banco, por um período específico.
Em troca, essa entidade se compromete a devolver o valor investido acrescido de juros. Durante o prazo combinado, o capital que você aportou será utilizado pela entidade emissora para financiar projetos, operações ou empréstimos.
No final dele, você recebe o montante inicial acrescido dos juros acordados — fixos ou corrigidos de acordo com um indicador econômico, o que representa o retorno do investimento. Perceba como esse processo oferece uma combinação de estabilidade e previsibilidade.
Renda variável
Aqui, acontece o oposto: os retornos não são previsíveis na renda variável. Investindo dessa forma, portanto, não é possível apontar com exatidão se haverá lucros ou prejuízos futuros. Dada a sua natureza incerta, aplicações do tipo são recomendadas para perfis mais experientes, que aceitam assumir um pouco mais de risco em nome de uma rentabilidade maior.
Em geral, a rentabilidade do investimento se dá pela valorização (ou desvalorização) do ativo. Alguém que compre ações de uma empresa, por exemplo, o faz na expectativa de que o preço desses papéis suba.
Atenção: investir em renda variável é uma tarefa mais complexa do que aplicar em renda fixa, já que as oscilações nos preços dos ativos dessa classe são causadas por inúmeros fatores. Desempenho da empresa emissora, inflação, oferta e demanda, eventos políticos, mudanças na legislação e taxa de câmbio são apenas alguns deles.
Quais são os tipos de investimento de renda fixa?
Na renda fixa, os tipos de investimento mais populares são:
- Caderneta de poupança;
- Tesouro Direto;
- Certificado de Depósito Bancário (CDB);
- Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA);
- Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA);
- Letra de Câmbio (LC);
- Debêntures;
- Letra Financeira (LF).
Se você não está familiarizado com o funcionamento de cada um deles, siga conosco para entender como eles performam:
Poupança
Embora a poupança ainda seja bastante popular entre os investidores e se caracterize como uma aplicação de renda fixa, atualmente sequer é considerada como um investimento financeiro, já que a sua rentabilidade é uma das mais baixas do mercado.
A taxa de rendimento da poupança está atrelada à Selic — a taxa básica de juros da economia. Logo, se a Selic estiver acima 8,5%, a caderneta vai ter uma rentabilidade de apenas 0,5% ao mês. E mais: esse rendimento pode ser ainda menos satisfatório, representando aproximadamente 70% da taxa.
Além de tudo isso, por conta da inflação, o seu dinheiro guardado na poupança provavelmente terá perdas reais. A razão é simples: há chances de o rendimento até ser negativo (ou muito próximo de zero) quando comparado com índices inflacionários. Sendo mais direto, depois que as suas economias passarem pelo desconto da inflação, é mais provável que você perca dinheiro, em vez de ganhar.
Voltando à popularidade da poupança, esta segue firme por conta de sua praticidade e segurança. Afinal, é possível começar a reserva no mesmo banco onde o investidor já tem uma conta corrente. No entanto, o mercado financeiro conta com outras opções tão seguras quanto e que oferecem rentabilidades mais robustas. Vamos a elas.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é um programa criado pelo governo brasileiro e pela BM&F Bovespa para vender títulos públicos para pessoas físicas. Ao aplicar em um deles, é como se você estivesse emprestando dinheiro ao governo, que utilizará esses recursos para o desenvolvimento de setores como saúde e educação.
Além de seguros, também são acessíveis: com uma quantia a partir de R$30,00 é possível investir em algum dos vários títulos do Tesouro. Prazos, taxas de juros e dinâmica de rentabilidade são atributos que variam de um para outro, para que você escolha aqueles que mais fazem sentido de acordo com seus objetivos.
Inclusive, há três categorias de rendimento para escolher: prefixada, pós-fixada e híbrida. Entenda:
Prefixado
Uma taxa fixa de juros é acordada no momento da aplicação. Por isso, o investidor sabe exatamente quanto vai receber no vencimento do título. Inclusive, essa certeza é a razão pela qual perfis iniciantes ou altamente conservadores optam por investimentos prefixados.
Importante: por ser fixa, a taxa de juros paga ao investidor não acompanha a inflação. Consequentemente, é possível que o dinheiro perca o valor com o passar do tempo.
Pós-fixado
O rendimento da aplicação está vinculado à taxa Selic. Por isso, não há como saber qual será o valor exato do lucro no futuro. No entanto, ainda assim se tem a segurança de que o investimento vai se igualar à taxa básica de juros.
Híbrido
Como o nome indica, essa variação une atributos prefixados e pós-fixados. Funciona assim: enquanto uma parcela do retorno é baseada em uma taxa de juros fixa, a outra é corrigida pela inflação — geralmente seguindo o IPCA. Essa característica, inclusive, é o que proporciona ao investidor um rendimento real.
CDB
Os Certificados de Depósito Bancário são emitidos por bancos em busca de recursos para conceder empréstimos e financiamentos aos clientes, por exemplo. Ou seja, a dinâmica de funcionamento é bastante similar à do Tesouro Direto — até mesmo apresentam as mesmas variações de rendimento: prefixada, pós-fixada e híbrida.
Os CDBs são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), um mecanismo de proteção contra a quebra de instituições financeiras. A proteção é válida para valores de até R$250.000,00 por instituição financeira e por CPF. Atenção: esse reembolso não é automático. Caso precise acionar o FGC para reparar alguma perda, o processo deve ser feito pelo próprio investidor.
CRI e CRA
Aqui, temos títulos de crédito vinculados a recebíveis imobiliários e agrícolas — como indicam suas siglas. Ou seja, estão atrelados aos direitos de crédito que uma empresa tem sobre os clientes. Estes, por sua vez, vêm de vendas de produtos do agronegócio ou imóveis.
Via de regra, esses investimentos apresentam baixa liquidez. Então, quem quiser resgatar antecipadamente os títulos que comprou, talvez encontre alguma dificuldade. A depender da corretora em questão, a negociação dos papéis é viável entre investidores. No entanto, há o risco de a operação resultar em prejuízo, caso o preço do título no momento da venda esteja abaixo do que aquele que foi pago inicialmente.
E tem mais: CRIs e CRAs também são encontrados em variações prefixadas, pós-fixadas e híbridas.
LCI e LCA
Estes títulos são emitidos por instituições financeiras e também servem para financiar o setor imobiliário e o agronegócio. Para o investidor, há as vantagens de serem voltados para perfis mais conservadores e de contarem com a proteção do FGC.
Outro ponto positivo é que LCIs e LCAs estão isentos de Impostos de Renda, o que otimiza o rendimento líquido no final do prazo da aplicação. Assim como outros títulos de renda fixa, há variações prefixadas, pós-fixadas e híbridas.
LF
O que difere a LF das LCIs e LCAs é o fato de que, neste caso, o título é emitido por financeiras — não por instituições bancárias.
A título de curiosidade: as financeiras se tratam de instituições menores e não contam com agências físicas, nem oferecem serviços tradicionais bancários, como contas correntes. Logo, os títulos que emitem apresentam maior risco aos investidores, da mesma maneira que os retornos são potencialmente maiores.
Variações prefixadas, pós-fixadas e híbridas também estão disponíveis ao investidor.
Debêntures
As debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas. Quando o investidor compra um ativo do tipo, está “emprestando” recursos a essas organizações, que necessitam de capital para financiar suas atividades — construir uma nova fábrica, expandir as operações ou investir em maquinário, por exemplo.
A taxa de juros a ser paga e o prazo do investimento varia de acordo com a emissora. Para todas, o que há em comum é a disponibilidade das variações prefixada, pós-fixada e híbrida.
Aqui, cabe explicar a diferença entre debêntures e ações, já que ambas são frequentemente confundidas. A primeira se trata de um título de renda fixa, com formato de remuneração e prazos definidos no momento da aplicação.
As ações, por outro lado, são emitidas quando a companhia abre o seu capital na Bolsa de Valores. Dessa maneira, o investidor não é um credor da empresa, mas uma espécie de “sócio”. Além disso, estas se tratam de ativos de renda variável. Por isso, não há como definir de antemão se haverá lucro.
LC
Essa é a sigla para Letra de Câmbio. Ao contrário do que muitos acreditam, dado o nome do investimento, o papel não tem relação alguma com moedas estrangeiras.
As LCs são títulos de crédito emitidos por financeiras ou bancos múltiplos — aqueles que também trabalham com investimentos e financiamentos, para além dos serviços tradicionais de um banco comercial.
Aqui, cabe o lembrete de que esses títulos geralmente estão disponíveis em prazos de vencimento mais longos. Alguns até contam com um tempo de carência — período no qual não é possível resgatar o dinheiro aplicado. Por isso, antes de incluir uma LC na sua carteira de renda fixa, tome o cuidado de saber exatamente quais são os seus objetivos financeiros.
Quais são os tipos de investimento de renda variável?
Ações, BDRs, Fundos de Investimentos, Fundos Imobiliários e ETFs são alguns dos tipos mais populares de investimentos de renda variável. De maneira geral, se tratam de aplicações mais arriscadas, cujo potencial retorno é maior.
Entenda como funciona cada um deles:
Ações de empresas
Ações são pequenas parcelas do capital de uma empresa. Por isso, quando você compra ações, está adquirindo uma parte dessa empresa, ou seja, se tornando um acionista e, em alguns casos, recebendo rendimentos na forma de dividendos.
Do lado das organizações, estas emitem ações para captar recursos que serão destinados para a expansão de operações, desenvolvimento de novos produtos ou pagamento de dívidas.
Na Bolsa de Valores, há dois tipos principais de ações: ordinárias e preferenciais. Entenda:
- Ordinárias: permitem que os investidores tenham poder de voto em assembleias para participar de decisões estratégicas na empresa;
- Preferenciais: não dão direito ao voto, mas alguns casos oferecem prioridade no recebimento de dividendos.
Importante: ações são consideradas ativos de renda variável pois seus preços oscilam de acordo com uma série de fatores, tais como:
- Desempenho da empresa emissora;
- Oferta e demanda;
- Eventos políticos;
- Inflação;
- Riscos setoriais;
- Entre outros.
Empresas distintas estarão suscetíveis a riscos específicos. Isso não significa que todas as ameaças listadas vão com certeza gerar a queda no valor de uma ação, mas que podem. Por isso, esse tipo de investimento é mais recomendado para perfis arrojados, com maior tolerância ao risco.
Inclusive, outra recomendação comum é que haja uma boa diversificação do portfólio, mesclando ações de diferentes emissoras e setores econômicos.
BDRs
BDR é a sigla para Brazilian Depositary Receipt e se trata de títulos que representam ações estrangeiras, porém negociadas no Brasil, pela B3. Em termos mais simples, são ativos lastreados em ações internacionais.
Dessa maneira, se adquirir uma BDR, você não estará comprando uma ação de outro país, mas sim um título representativo dela. Para os investidores, uma das maiores vantagens é conseguir incluir no portfólio papéis de gigantes de renome mundial (como Tesla, Apple e Microsoft) sem precisar abrir conta em uma corretora estrangeira e sem se preocupar em converter o dinheiro, já que toda a negociação é feita em reais.
Atenção: apesar da conversão à moeda internacional não ser uma responsabilidade do investidor, lembre-se que a taxa de câmbio ainda é um dos riscos do investimento. Por exemplo: se o euro ou o dólar cair bruscamente, mesmo que a empresa emissora da ação esteja se valorizando, pode ser que os seus resultados sejam enfraquecidos.
Fundos de Investimentos
Fundos de Investimentos são modalidades coletivas de aplicação, nas quais um gestor reúne os recursos dos investidores (chamados de cotistas) e distribui a quantia em uma seleção específica de ativos. As escolhas variam de acordo com a estratégia adotada por esse profissional. Por isso, há opções de fundos para todos os perfis.
Quanto aos rendimentos, estes são distribuídos aos cotistas, baseados nas quantidades de cotas que cada um possui.
Essa é, inclusive, uma forma bastante efetiva de obter diversificação instantânea. Afinal, com uma única aplicação é possível ter acesso a uma cesta completa de ativos.
Importante: há vários tipos de Fundos de Investimento disponíveis no mercado financeiro — de renda fixa, de câmbio, de renda variável, etc. Naturalmente, cada opção implica em um perfil de investidor distinto, já que os potenciais retornos e os riscos assumidos variam de acordo com as condições do Fundo.
Fundos Imobiliários (FIIs)
Aqui, temos Fundos de Investimento que aplicam, como seu nome indica, em ativos do mercado imobiliário. Dessa forma, é possível encontrar em sua composição imóveis físicos, títulos de recebíveis (CRIs e LCIs, por exemplo) ou até cotas de outros Fundos.
Os FIIs estão disponíveis em vários tipos. Observe:
- Fundos Imobiliários de Papel: investem em títulos relacionados ao setor imobiliário, como CRIs e LCIs;
- Fundos Imobiliários de Tijolo: compram e administram imóveis físicos, como prédios comerciais, shopping centers e galpões logísticos;
- Fundos Imobiliários Híbridos: combinam investimentos em imóveis físicos (tijolo) e em títulos do setor (papel);
- Fundos Imobiliários de Desenvolvimento: focam na construção e desenvolvimento de novos projetos imobiliários, com foco em vendas ou locações futuras;
- Fundos Imobiliários de Fundos: investem em cotas de outros fundos imobiliários para obter uma diversificação ainda maior do portfólio.
Atenção: os FIIs são um excelente exemplo de como algumas aplicações estão suscetíveis a riscos específicos. Um Fundo de Tijolo que esteja atrelado a um imóvel residencial, vamos supor, pode ter a sua rentabilidade comprometida caso os inquilinos não paguem o aluguel.
ETFs
Um ETF (Exchange-Traded Fund) é também chamado de Fundo de Índice. Em resumo, são Fundos de Investimento negociados em bolsas de valores como se fossem ações e buscam replicar a performance de um índice específico, como o Ibovespa no Brasil ou o S&P 500 nos Estados Unidos.
Ao investir em um ETF, você estaria aplicando em uma pequena parcela de todos os ativos que compõem o índice em questão. Ou seja, é uma forma de obter diversificação simplificada e instantânea.
Os Fundos de Índice normalmente são geridos de forma passiva. Na prática, isso significa que o objetivo do gestor não é superar nenhuma meta de rendimento — apenas seguir o desempenho do indicador ao qual o portfólio está vinculado.
É seguro fazer um investimento?
Fazer um investimento é perfeitamente seguro, desde que você aplique por meio de uma corretora autorizada pela B3 e tome decisões bem informadas, baseadas no seu perfil de investidor.
No que diz respeito aos tipos de investimentos especificamente, os riscos assumidos vão depender das características de cada um. Por exemplo: se você nunca investiu e está procurando a alternativa mais segura para começar, o caminho ideal seria a renda fixa. Títulos dessa classe, afinal, oferecem rendimentos previsíveis e condições simples de entender, embora os retornos sejam mais modestos.
Na renda variável, a negociação é mais arriscada e visa lucros mais atrativos. No entanto, ainda é possível traçar estratégias para manter os riscos sob controle da melhor forma possível. Nesse sentido, o destaque vai para a diversificação de portfólio, que é uma maneira de equilibrar ameaças e retornos, deixando a carteira sustentável.
Outra recomendação é que você avalie com cuidado os riscos inerentes aos ativos que estiver interessado. Se for aplicar um Fundo de Investimento, por exemplo, tire um tempo para entender qual é o portfólio deste fundo, a estratégia adotada e a forma de gestão.
Caso ainda não sinta firmeza para explorar aplicações mais arrojadas, não sinta receio em iniciar a sua jornada de investidor pelos títulos mais estáveis. O mais importante é que, neste momento, você não deixe o seu dinheiro parado e continue aprendendo tipos de investimentos financeiros que podem fazê-lo render.
Qual é o melhor tipo de investimento financeiro?
O melhor tipo de investimento financeiro é aquele que se adequa aos seus objetivos e perfil de investidor. Além disso, o ideal é que não aporte todo o seu patrimônio em uma aplicação só, já que a diversificação serve para minimizar riscos e equilibrar retornos.
Para escolher a aplicação ideal para o seu caso, primeiro é necessário descobrir qual é o seu perfil de investidor. Ao abrir conta em uma corretora de valores, você será submetido imediatamente a um questionário sobre suas condições atuais e hábitos financeiros, a fim de apontar qual o seu grau de tolerância ao risco.
Após responder, os resultados possíveis são estes:
- Conservador: prefere segurança e estabilidade, por isso prioriza a preservação do capital em vez de altos retornos;
- Moderado: aceita enfrentar um pouco mais de risco em busca de melhores rendimentos, ou seja, equilibra segurança e crescimento;
- Agressivo: é focado nos retornos mais altos, logo, está disposto a assumir riscos significativos e a possibilidade de perdas;
- Arrojado: similar ao agressivo, busca maximizar ganhos investindo em ativos de alto risco e maior volatilidade.
Não se preocupe: após responder ao seu questionário, a própria plataforma da corretora indica quais investimentos se encaixam no seu perfil e emite alertas sempre que você tentar fazer um aporte em uma aplicação que não corresponde a ele.
Depois, para seguir na missão de encontrar os ativos ideais para compor o seu portfólio, é importante que você tenha objetivos financeiros bem definidos. Estes servirão como norte para orientar as suas decisões. Afinal, se a ideia for se aposentar com tranquilidade, por exemplo, é preciso buscar alternativas de longo prazo, uma vez que, nesse caso, o foco é o acúmulo de patrimônio e a busca por rendimentos e proteção dos recursos.
5 dicas para escolher o melhor tipo de investimento para você
Na dúvida sobre como escolher o melhor tipo de investimento para o seu caso, siga essas 5 dicas:
- Explore opções adequadas ao seu perfil de investidor;
- Saiba as razões pelas quais está investindo;
- Leia com atenção todas as informações sobre o ativo;
- Comece pelas opções mais simples e de fácil diversificação;
- Conte com a ajuda de um profissional que entenda do assunto.
1 – Explore opções adequadas ao seu perfil de investidor
O seu perfil de investidor indica qual o seu grau de tolerância ao risco. Em termos mais simples, aponta quão confortável você está com a possibilidade de sofrer algumas perdas em nome de retornos mais altos.
Ao investir pelas primeiras vezes, é comum que as pessoas tenham perfis conservadores. Com pouca experiência no mercado de capitais e, em alguns casos, sem entender como diferentes ativos funcionam, seguir pelo caminho mais seguro é a decisão mais inteligente — ou seja, investir em renda fixa.
Com o passar do tempo, porém, é natural que o seu perfil mude. Aos poucos, vai ganhando firmeza nas suas decisões e entendendo dinâmicas mais complexas. Quando isso acontecer, será o momento de arriscar passos maiores e partir para a renda variável.
Ao longo dessa jornada, o importante é que você respeite o seu tempo e o seu perfil, já que ele serve justamente para te ajudar a tomar decisões mais inteligentes e adequadas ao seu caso.
2 – Saiba as razões pelas quais está investindo
Sem nenhum objetivo no radar, fica difícil traçar estratégias financeiras eficazes. Quando explorar as possibilidades em uma corretora de valores, verá que as alternativas disponíveis são inúmeras. Seja em renda fixa ou variável, a gama de títulos e ativos à disposição é grande e cada opção vai apresentar formatos de remuneração, histórico de rentabilidade e tributação distintos — entre muitos outros aspectos.
Para facilitar as escolhas (e torná-las mais inteligentes), defina quais são as suas metas. Na falta de inspiração ou clareza, aqui vão algumas sugestões:
- Comprar um carro;
- Adquirir um imóvel;
- Arcar com os estudos dos filhos;
- Construir uma reserva de emergência;
- Se aposentar com conforto;
- Alcançar a independência financeira.
Para cada finalidade, você terá prazos diferentes, assim como vai necessitar de quantias específicas de dinheiro. Sabendo onde quer chegar, simplifica o processo de escolha, pois sabe quantos aportes serão necessários ao longo do tempo, de que tamanho e por quantos meses.
3 – Leia com atenção todas as informações sobre o ativo
Mesmo se for considerar ativos de uma mesma classe — renda fixa, por exemplo, lembre-se que cada um tem condições distintas. Até mesmo no próprio Tesouro Direto as opções variam: há formatos de remuneração prefixado, pós-fixado e híbrido. Além disso, a taxa de juros a ser paga também muda de um para o outro.
Por isso, jamais tome uma decisão precipitada. Na plataforma da corretora, você encontra todas as informações das quais necessita para investir. Se precisar, também recorra a artigos, vídeos e podcasts de fontes confiáveis, que explicam como diferentes investimentos funcionam e como podem agregar ao seu portfólio.
4 – Comece pelas opções mais simples e de fácil diversificação
Caso ainda seja inexperiente, dê os seus primeiros passos aplicando em ativos mais simples, como os de renda fixa, que são mais estável e oferecem rendimentos mais previsíveis. Na hora de diversificar a carteira, é possível escolher uma seleção de títulos dentro desta mesma classe.
Se você busca por diversificação instantânea, explorar Fundos de Investimento é uma boa ideia. Aqui, há uma gama de possibilidades também: desde Fundos de Renda Fixa até opções mais arrojadas, como aqueles que investem em criptomoedas ou ações.
Lembre-se: mesmo com a grande vantagem de diversificar o seu portfólio mais rapidamente, um Fundo de Investimento também deve ser escolhido de acordo com o seu perfil de investidor.
5 – Conte com a ajuda de um profissional que entenda do assunto
Se você se sentir mais confortável em investir com a ajuda de um profissional, não hesite em buscar os serviços de um especialista. Dessa maneira, é possível até mesmo explorar oportunidades e estratégias de investimento mais elaboradas, normalmente difíceis de acessar por aqueles com pouca experiência no mercado.
Adicionalmente, um bom profissional estará preparado para analisar as suas condições financeiras atuais, ouvir quais são suas metas, entender as suas necessidades e traçar as melhores rotas até os seus objetivos, com base nas ferramentas que reunir ao conversar com você.
No fim, além de investir o seu patrimônio com mais inteligência, vai acabar desenvolvendo melhores hábitos de consumo e aprendendo a gerir melhor o próprio dinheiro.
Precisa de ajuda para começar a investir?
Os planejadores financeiros da Grão estão aqui por você! O que acha de organizar as contas, ter uma avaliação precisa das suas condições financeiras e ter um plano personalizado para realizar as suas metas? Se acredita que essa é uma excelente ideia, vai gostar de saber que pode agendar uma reunião gratuita e sem compromissos agora mesmo para começar a tomar as rédeas das suas finanças!