Na hora de investir em previdência privada, o VGBL é uma das duas opções de plano que você tem para escolher. Conhece os detalhes dessa alternativa, a maneira como a tributação incide sobre o plano e como funciona o seu rendimento.
Se ainda não estiver familiarizado com esses detalhes, continue a leitura para aprender:
- Como o VGBL pode gerar rendimento mensal?
- Quais são as opções de renda mensal no VGBL?
- Quais são as diferenças entre VGBL e fundos de investimento?
- Quais as vantagens de aplicar em VGBL?
- Quais são os cuidados na hora de escolher um plano de previdência privada?
- Como é calculado o rendimento mensal do VGBL?
- Como se dá o rendimento de um VGBL?
- Como escolher o melhor plano de VGBL para garantir um bom rendimento mensal?
- Qual o investimento mínimo para aportes no VGBL?
No final, ainda reservamos uma dica de plano de previdência privada para somar no seu portfólio!
Como o VGBL pode gerar rendimento mensal?
Quando você faz um aporte em um plano VGBL, o dinheiro começa a render de acordo com os ativos que compõem o portfólio em questão.
Nessa dinâmica, o efeito dos juros compostos já estarão agindo sobre o seu patrimônio sem que você precise manualmente aplicar novamente os rendimentos. Colocado de forma mais direta, isso significa que os ganhos obtidos no período são reinvestidos automaticamente, fazendo com que o saldo total cresça continuamente.
O VGBL é um tipo de plano de previdência privada que pode gerar renda mensal através de algumas estratégias de resgate programado. Isso é algo possível após o período de acumulação, quando o investidor opta por receber uma renda regular — em formato de “renda mensal vitalícia” ou por prazo determinado, a depender de qual seja a decisão tomada.
Atenção: o rendimento mensal é uma possibilidade que existe apenas na fase de usufruto do patrimônio juntado. Isso porque, na fase de acumulação, o investidor deposita valores no VGBL que serão investidos em produtos financeiros, como títulos de renda fixa, fundos de investimento, entre outros — a depender de qual é a estratégia utilizada pela instituição financeira emissora do plano.
Futuramente, os resgates vão utilizar tanto o valor investido quanto os rendimentos acumulados, gerando uma renda regular cujo tamanho vai depender da quantia e dos lucros acumulados durante o investimento.
Quais são as opções de renda mensal no VGBL?
Na fase de usufruto de um plano VGBL, o investidor pode optar por esses modelos de renda mensal:
- Renda vitalícia;
- Renda temporária;
- Renda por prazo certo.
Entenda a seguir quando é a dinâmica de cada uma delas.
Renda vitalícia
Como o nome indica, a renda vitalícia é um modelo no qual o investidor recebe o patrimônio acumulado em forma de parcelas que duram até o fim da sua vida. A quantia mensal vai depender de quanto foi acumulado no período e de qual é a expectativa de vida do titular.
Dentro desse formato, há três subcategorias disponíveis para escolher:
- Renda vitalícia reversível ao cônjuge;
- Renda vitalícia reversível a um beneficiário indicado;
- Renda vitalícia com prazo mínimo estabelecido.
Renda temporária
Aqui, o investidor recebe uma renda mensal que é paga somente durante determinado período, exclusivamente ao titular. Não é possível, portanto, reverter o pagamento a cônjuges, menores de idade ou quaisquer pessoas indicadas como beneficiárias.
No momento do falecimento do titular, ou quando o prazo combinado terminar, a renda cessa.
Renda por prazo certo
Pagamentos mensais são feitos apenas durante um prazo pré-estabelecido, cujo limite é de 240 meses. Se o titular falecer nesse período, antes do limite combinado, o valor será revertido aos beneficiários pelo tempo restante.
Desde que considere a duração máxima dos pagamentos, o titular pode escolher qual será o prazo total da renda — que começa a contar a partir do começo do pagamento da renda vitalícia.
Atenção: em caso de falecimento depois do limite estipulado, o patrimônio não será revertido aos beneficiários.
Quais são as diferenças entre VGBL e Fundos de Investimento?
A principal diferença entre o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e outros fundos de investimento está no propósito e na estrutura. O VGBL é um plano de previdência privada que utiliza um fundo de investimento em previdência para gerar sua rentabilidade. Assim, enquanto o VGBL é focado em acumulação de longo prazo com benefícios sucessórios, o fundo de previdência é o responsável direto pelo desempenho financeiro do plano. Em resumo, o VGBL e o fundo de previdência são complementares, já que o primeiro depende do segundo para entregar seus resultados.
No VGBL, o investidor aplica com o objetivo de acumular recursos para a aposentadoria ou qualquer outro objetivo de longo prazo. Aqui, um diferencial é que esse tipo de plano oferece vantagens tributárias, especialmente em relação ao Imposto de Renda, que incide apenas sobre os rendimentos.
Já nos Fundos de Investimento, o foco está em diversificar e buscar rentabilidade em várias classes de ativos. O IR, por sua vez, é cobrado de acordo com o tipo de fundo e varia conforme o prazo da aplicação e a estratégia.
Qual a diferença entre VGBL e PGBL?
A principal diferença entre VGBL e PGBL está na base de cálculo para a tributação de IR no momento do resgate. No PGBL, o imposto é cobrado sobre o valor total acumulado (contribuições mais rendimentos), o que o torna interessante para quem utiliza a declaração completa do IR e deseja deduzir até 12% da renda bruta anual.
Já o VGBL, que não permite essa dedução, é mais indicado para quem faz a declaração simplificada do IR. Em contrapartida, a vantagem é que a tributação incide apenas sobre os rendimentos obtidos — ou seja, o imposto sobre o resgate é menor.
Quais as vantagens de aplicar em VGBL?
Investir em VGBL oferece vantagens em termos de tributação (para quem faz a declaração simplificada de Imposto de Renda) e planejamento sucessório.
Entenda melhor a seguir.
Tributação vantajosa para declarantes da versão simplificada de IR
O VGBL é o mais indicado para os que têm poucas despesas dedutíveis e optam pelo modelo simplificado da declaração. Afinal, o plano não conta com a possibilidade de dedução das contribuições no cálculo do IR.
Lembre que a tributação do Vida Gerador de Benefício Livre incide unicamente sobre o rendimento gerado ao longo do período, não sobre todo o dinheiro investido.
Planejamento sucessório facilitado
Os planos VGBL não entram no inventário. E mais: beneficiários podem ser incluídos no investimento, o que facilita o acesso de herdeiros ao capital, sem que tenham que passar por burocracias ou custos extras no futuro.
Essa é uma vantagem que existe por conta do regulamento da Susep, que considera o VGBL um seguro de vida e não um plano de previdência complementar — como acontece com o PGBL, por exemplo. No Brasil, a lei prevê que seguros não sejam tributados na hora de partilhar os bens, ao contrário de outros investimentos.
Quais são os cuidados na hora de escolher um plano de previdência privada?
Para descobrir qual é o plano de previdência privada ideal para você, é necessário checar qual a forma de tributação do investimento, além do risco do fundo e os custos da aplicação.
Entenda o que analisar em cada uma delas.
Forma de tributação
A tributação é uma das grandes vantagens da previdência privada, já que ambos os planos oferecem benefícios ao investidor, a depender da situação de cada um. Investindo em um VGBL, a tributação vai incidir unicamente sobre os lucros da aplicação e não vai apresentar deduções na declaração.
O plano PGBL, por outro lado, possibilita a dedução de até 12% da renda bruta tributável, enquanto o pagamento dos impostos incide sobre o montante completo da aplicação.
Assim, você tem a liberdade de se planejar financeiramente e escolher o modelo de tributação que seja mais eficaz e econômico para a sua realidade.
Risco do fundo
Diferentes planos de previdência privada vão trabalhar com fundos previdenciários distintos. Em termos mais simples, o portfólio de ativos para os quais seu dinheiro será direcionado depende de qual é a estratégia da instituição financeira em questão. Como cada título ou ativo terá seu próprio grau de risco inerente, vale um olhar mais detalhado nos documentos do fundo, para avaliar se a alternativa está alinhada ao seu perfil de investidor, que pode ser um desses quatro:
- Conservador: prefere segurança e estabilidade, por isso evita riscos e prioriza a preservação do capital;
- Moderado: aceita algum risco para obter retornos maiores, equilibrando segurança e crescimento;
- Arrojado: tolera altos riscos em busca de maiores retornos, por meio de ativos mais voláteis;
- Agressivo: busca maximizar ganhos com investimentos de alto risco e alta volatilidade, com foco no crescimento acelerado.
Dica: se tiver dúvidas, analise individualmente cada um dos escolhidos que compõem o portfólio e aporte seu dinheiro somente na opção que fizer você se sentir mais confortável e que esteja dentro das suas expectativas financeiras.
Custos
Os planos de previdência privada geralmente têm uma taxa de administração, que é descontada dos seus ganhos. Essa taxa pode variar de acordo com a complexidade dos ativos escolhidos na estratégia de investimento, mas não se preocupe: isso não significa que o plano vai necessariamente render mais ou menos no futuro por causa do valor da taxa.
Por isso, ao escolher um plano, não é ideal focar apenas na porcentagem mais baixa ou mais alta, mas avaliar se o custo realmente compensa. Nesse momento, é importante considerar o histórico de rentabilidade do plano e a estratégia de investimento utilizada. Em fundos mais arrojados, é aceitável que existam taxas mais elevadas em virtude da complexidade dos investimentos. Em contrapartida, aplicações em ativos mais simples de renda fixa devem apresentar valores menores.
Atenção: alguns fundos de previdência ainda cobram taxas de administração e outros encargos de forma excessiva. Assim, antes de investir, vale a pena analisar esses detalhes com atenção e garantir que elas são justificadas e adequadas.
Aqui lembramos ainda que algumas instituições financeiras cobram dos investidores a taxa de carregamento na Previdência Privada — uma porcentagem que pode afetar seus aportes de dinheiro, saque ou ambos. Fique de olho: essa sim é uma taxa abusiva que pode corroer o seu investimento. Por isso, recomendamos que dê preferência para planos que não fazem esse tipo de cobrança.
Como é calculado o rendimento mensal do VGBL?
O rendimento mensal do VGBL é calculado com base na performance dos ativos que compõem o fundo associado ao plano. Esses ativos podem incluir ações, títulos de renda fixa, entre outros — o rendimento, portanto, depende da valorização ou desvalorização desses investimentos no mercado. Colocando em termos mais simples, o cálculo não é fixo, já que a rentabilidade é variável e está sujeita às oscilações do mercado.
Mensalmente, o saldo de um plano VGBL vai refletir a valorização ou desvalorização desses ativos, descontadas taxas como a de administração e, eventualmente, a taxa de carregamento, se aplicável. Por conta dessa dinâmica, o rendimento não é previamente garantido.
Mesmo assim, você pode consultar o rendimento histórico de um fundo previdenciário e avaliar como o portfólio em questão tem se comportado frente a diferentes cenários econômicos. Nos documentos dos planos, também estarão disponíveis todos os detalhes a respeito da estratégia utilizada e da seleção de ativos.
Como se dá o rendimento de um VGBL?
O rendimento de um plano VGBL vai depender de qual é a seleção de ativos que compõem o fundo previdenciário em questão. Além disso, o investidor deve considerar a taxa de administração do fundo, a taxa de carregamento (quando aplicável) e o regime de tributação que futuramente vai impactar os resgates realizados.
Entenda melhor cada um desses tópicos a seguir.
Taxa de administração
A taxa de administração incide sobre o total investido (patrimônio + rendimentos). O valor dela é expresso de forma anual, porém, a cobrança é realizada diariamente, com o valor total sendo dividido entre os dias úteis do ano e fazendo essas pequenas cobranças ao longo do período, até completar o valor final.
Ela existe como uma forma de custear a gestão, a corretagem, a administração e os relatórios desenvolvidos periodicamente pela instituição financeira emissora do plano de previdência. Ou seja, ela simplesmente reflete a complexidade dos ativos do portfólio em questão e da gestão que está sendo executada, e não serve como garantia de rendimento.
Taxa de carregamento
Essa é uma cobrança que pode ser aplicada sobre o aporte feito pelo investidor, na hora do saque ou nos dois momentos. Se justifica como um extra para cobrir a manutenção dos ativos e a corretagem, embora já não seja uma prática tão comum no mercado — a taxa de administração, por exemplo, é uma forma mais justa de remuneração, e com menos efeitos negativos sobre o seu rendimento.
Regime de tributação
Na fase do usufruto do patrimônio reunido no plano de previdência privada, o investidor tem a possibilidade de optar por dois regimes de tributação: progressivo e regressivo. Enquanto o primeiro considera o tamanho do saque, o segundo leva em conta o tempo de aplicação.
Entenda melhor a seguir.
Regime progressivo
No, regime progressivo, a alíquota correspondente é aplicada de acordo com esta tabela progressiva da Previdência:
Resgate | Alíquota |
Até R$ 1.903,98 | Isento |
De R$ 1.903,99 a R$ 2.826,65 | 7,5% |
De R$ 2.826,66 a R$ 3.751,05 | 15% |
De R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68 | 22,5% |
Acima de R$ 4.664,68 | 27,5% |
Aqui, a alíquota do Imposto de Renda aumenta conforme a renda do investidor. Ou seja, quanto maiores os ganhos (incluindo resgates da previdência e outras fontes de renda tributáveis), maior será o imposto a ser pago.
Regime regressivo
Já o regime regressivo acompanha a incidência da alíquota a partir desta tabela regressiva da Previdência:
Tempo de investimento | Alíquota |
Até 2 anos | 35% |
2 a 4 anos | 30% |
4 a 6 anos | 25% |
6 a 8 anos | 20% |
8 a 10 anos | 15% |
Acima de 10 anos | 10% |
É, então, um modelo que favorece aplicações mais longas, já que a alíquota é decrescente e considera o tempo de aplicação.
Por esse motivo, costuma ser a escolha daqueles investidores cujo objetivo é permanecer com a previdência em fase de acúmulo durante períodos longos — imagine só: se o dinheiro permanecer aplicado por mais de 10 anos, por exemplo, o valor pago em impostos será o menor da tabela.
Atenção: não se esqueça de que a tributação do IR na tabela progressiva incide sobre todas as suas fontes de renda no momento da compensação do investimento. Então, preste bastante atenção quando fizer um resgate, para evitar pagar a alíquota máxima neste modelo de tributação.
Como escolher o melhor plano de VGBL para garantir um bom rendimento mensal?
Para escolher o melhor plano de VGBL para o seu caso, é importante avaliar alguns pontos-chave:
- Taxas cobradas;
- Histórico de rentabilidade;
- Estratégia do fundo previdenciário;
- Perfil de risco dos investimentos.
Importante: além de todos esses fatores, o seu comprometimento e disciplina com o investimento é indispensável. Mesmo quando os aportes mensais não são obrigatórios, recomendamos que busque fazer injeções de capital no seu plano VGBL com regularidade. Afinal, o patrimônio a ser usufruído no futuro será do tamanho do capital que você conseguiu juntar na fase do acúmulo. E mais: os juros compostos tendem a fazer efeitos mais significativos quando a aplicação é mais robusta.
Qual o investimento mínimo para aportes no VGBL?
O aporte mínimo vai depender da instituição financeira emissora do plano. Na Grão, por exemplo, esse valor é de R$100 — quantia mínima também para movimentações feitas futuramente no plano.
Além disso, não exigimos que o titular do plano faça aplicações mensais — algo comum em previdências mais tradicionais. Ou seja, fica a seu critério a decisão de quando fazer novas injeções de valores no investimento. Ainda assim, recomendamos que mantenha certa regularidade nos aportes. Afinal, as chances de sucesso da sua previdência aumentam quando você se compromete a tornar o seu patrimônio mais robusto na fase de acúmulo.
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Se busca um bom plano VGBL para investir, queremos te apresentar o ARCA Previdência, que adota o mesmo nome da metodologia desenvolvida por Thiago Nigro, o Primo Rico. Nela, a diversificação é uma ferramenta para assumir os riscos necessários a uma boa rentabilidade de longo prazo, sem renunciar à proteção contra os momentos de baixa e incerteza de setores do mercado.
Entre as taxas praticadas, a única cobrança é a taxa de administração. Atualmente, o percentual é de 0,59% ao ano, estando entre as 10% menores do mercado. Também é bem mais barato se considerarmos o limite dos abatimentos por carregamento, que pode chegar até 10%, mas na ARCA é zero. Busca por um plano de Previdência com bom histórico de rendimento? Te convidamos a saber mais sobre o Plano de Previdência ARCA!