Dada a quantidade de alternativas no mercado para quem deseja investir em fundos de previdência, vale a pena dar uma olhada, antes de tudo, em como essas aplicações funcionam e como saber qual a opção mais alinhada aos seus objetivos.
Afinal, diferentes fundos vão gerenciar o seu dinheiro a partir de estratégias distintas, voltadas para perfis diversos de investidores. Topa entender melhor todos os detalhes dessa dinâmica e aprender a tomar boas decisões ao investir na previdência privada? Então, siga conosco — neste artigo, vamos responder algumas perguntas bem importantes sobre o tema. Olha só:
- O que são fundos de previdência?
- Como funcionam os fundos de previdência?
- Quais são os tipos de planos de previdência?
- Como é a tributação dos fundos de previdência?
- Quais são os melhores fundos de previdência?
- Quais são os benefícios de investir em fundos de previdência?
- Fundos de previdência são indicados para todos?
- Como escolher um fundo de previdência?
No final, ainda reservamos uma dica especial de um fundo de previdência com foco na otimização da rentabilidade em cenários positivos da economia e, em paralelo, proteção patrimonial em momentos desfavoráveis. Vamos lá?
O que são fundos de previdência?
Os fundos de previdência são veículos de investimento que compõem os planos de previdência privada. Eles funcionam de forma semelhante aos fundos de investimento tradicionais, com uma carteira de ativos gerida por uma instituição financeira.
No entanto, estes fundos seguem regras específicas determinadas pela Resolução CMN nº 4.661, o que inclui restrições em relação ao uso de derivativos, alavancagem e critérios de diversificação.
Se tratam, então, de investimentos de longo prazo, bem populares entre aqueles que pensam em construir um complemento à aposentadoria oferecida pela previdência social, ou para entrar na estratégia de qualquer investidor com objetivos financeiros voltados para horizontes temporais mais distantes.
Como são oferecidos por instituições privadas e não pelo governo — como é o caso da aposentadoria do INSS, esses fundos são fiscalizados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Como funcionam os fundos de previdência?
Fundos de previdência funcionam de maneira semelhante a um fundo de investimento. Ou seja, o investidor faz aportes no plano escolhido e o dinheiro é administrado pela instituição financeira responsável, que vai direcionar o patrimônio em uma seleção específica de títulos e ativos, a depender de qual a estratégia que consta no contrato.
É importante lembrar que, ao investir, o investidor adquire um plano de previdência (PGBL ou VGBL), que aplica em um fundo gerido por uma gestora especializada.
Como esses fundos previdenciários são aplicações voltadas exclusivamente para o longo prazo, apresentam algumas características próprias, como a existência de uma fase de acumulação e outra de usufruto.
Vem com a gente entender cada uma delas.
Fase de acumulação
A fase de acumulação é o período no qual os aportes serão feitos. Assim que contrata o plano, o investidor já sabe quanto tempo a fase vai durar e qual o tamanho dos depósitos que precisa fazer para alcançar seus objetivos. Durante ela, o patrimônio aumenta e é preservado.
Alocação de ativos
Aqui, temos a composição da carteira do fundo de previdência. Embora essa aplicação tenha o longo prazo com objetivo, a alocação varia de um plano para o outro. Assim, cabe a você buscar pela alternativa que mais se enquadra no seu perfil de investidor e nas suas expectativas.
Para aqueles com perfil mais conservador, por exemplo, e que priorizam a segurança, os fundos de renda fixa tendem a ser mais adequados, já que alocam a maior parte do patrimônio em títulos dessa classe, como os títulos públicos federais e os CDBs.
Já os que se sentem confortável investindo em ativos mais voláteis para fins de retorno, fundos multimercado podem ser boas opções. Neles, não há uma regra específica, então a gestora pode distribuir o patrimônio em títulos de renda fixa para fins de preservação do poder da moeda, mas também em ativos de renda variável, para conquistar retornos mais atrativos quando o cenário estiver favorável.
Fase de usufruto
Como o nome indica, essa é a fase na qual o investidor vai resgatar o seu patrimônio. A decisão sobre como receber de volta o dinheiro fica a cargo do titular e há quatro formas disponíveis:
- Resgate total: todo o patrimônio é retirado de uma vez só;
- Resgate parcial: você faz saques parciais da forma que desejar, desde que respeite o prazo de carência de 60 dias entre aportes;
- Resgate mensal temporário: o titular recebe um valor mensal, com data de início e fim;
- Renda mensal vitalícia: um valor fixo é recebido a partir de uma data pré-determinada, até o falecimento do investidor.
Dentro da possibilidade da renda vitalícia, cada plano oferece algumas formas específicas para recebê-la. Olha só:
- Renda mensal vitalícia: um valor mensal é pago ao titular a partir de uma data determinada, e continua até seu falecimento. Esse valor pode ser recalculado periodicamente, conforme regras atuariais do plano;
- Renda mensal com prazo mínimo garantido: pagamento mensal vitalício ao titular, mas com garantia de pagamento por um período mínimo aos beneficiários caso ele faleça antes do prazo;
- Renda mensal vitalícia reversível ao beneficiário indicado: pagamento mensal vitalício ao titular, que pode ser transferido a um beneficiário após seu falecimento;
- Renda mensal vitalícia com reversão ao cônjuge e continuidade aos menores: pagamento vitalício ao titular, transferido ao cônjuge após sua morte e, caso existam dependentes menores, continua até que alcancem determinada idade.
Lembre-se: o sucesso do investimento não depende somente da escolha de um plano que se encaixe na sua expectativa para o futuro, mas também do seu comprometimento durante a fase de acúmulo. Por isso, na hora de calcular o patrimônio que deseja alcançar e quais aportes serão necessários para chegar lá, tenha bastante clareza sobre qual é o seu objetivo ao aplicar em um fundo de previdência.
Quais são os tipos de planos de previdência?
Quem investe em um fundo de previdência pode escolher entre dois planos: PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) ou VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). A diferença entre os dois está na maneira como a tributação é aplicada em cada um.
Siga conosco para entender o que isso significa.
PGBL
Nos planos PGBL, o imposto incide sobre todo o patrimônio acumulado (contribuições + rendimentos). Assim, tende a ser uma alternativa mais vantajosa para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda, já que possibilita a dedução de até 12% da renda bruta tributável anual da base de cálculo do IR.
VGBL
O VGBL, por sua vez, é vantajoso para quem faz a declaração simplificada do IR. Isso porque, neste plano, a tributação incide apenas sobre os rendimentos obtidos — ou seja, o imposto sobre o resgate é menor.
Como é a tributação dos fundos de previdência?
A tributação dos fundos de previdência varia conforme o tipo do plano e o regime escolhido. No PGBL, o Imposto de Renda incide sobre o valor total do resgate, enquanto no VGBL, incide apenas sobre os rendimentos. Além disso, no momento do resgate, o investidor pode optar pelo regime progressivo, onde a alíquota segue a tabela do IRPF, ou regressivo, que começa em 35% e reduz até 10% conforme o tempo de investimento.
Para você ter mais clareza sobre os dois regimes tributários que pode optar na hora de resgatar seu patrimônio, vem com a gente entender cada um deles.
Regime progressivo
No regime progressivo, a alíquota aumenta conforme o tamanho do saque realizado. Observe a tabela:
Resgate | Alíquota |
Até R$1.903,98 | Isento |
De R$1.903,99 a R$2.826,65 | 7,5% |
De R$2.826,66 a R$3.751,05 | 15% |
De R$3.751,06 a R$4.664,68 | 22,5% |
Acima de R$4.664,68 | 27,5% |
Atenção: como a tributação vai incidir sobre todas as suas fontes de renda no momento de compensação do investimento na declaração do IR, tome cuidado para não se enganar e pagar a alíquota máxima neste modelo.
Regime regressivo
No regime regressivo, por outro lado, a alíquota diminui com o passar do tempo. Veja só:
Tempo de investimento | Alíquota |
Até 2 anos | 35% |
2 a 4 anos | 30% |
4 a 6 anos | 25% |
6 a 8 anos | 20% |
8 a 10 anos | 15% |
Acima de 10 anos | 10% |
Quais são os melhores fundos de previdência?
Como diferentes investidores terão perfis e expectativas distintos, o melhor fundo de previdência é aquele que se alinha aos seus objetivos financeiros, e que oferece uma estratégia de alocação com a qual você está confortável em aplicar seu patrimônio.
Para escolher a melhor alternativa para o seu caso, algumas dicas podem ser bem úteis:
- Tenha clareza sobre qual é o seu objetivo investindo em fundo de previdência;
- Saiba qual é o seu perfil de investidor;
- Antes de contratar um plano, leia todos os seus documentos.
Presta atenção: daqui a alguns parágrafos, te contamos em detalhes quais as melhores estratégias para colocar em prática na hora de escolher o melhor fundo de previdência para o seu caso. Fica com a gente!
Quais são os benefícios de investir em fundos de previdência?
Quando você investe em fundos de previdência, algumas das vantagens que pode usufruir são:
- Benefícios fiscais;
- Planejamento sucessório;
- Adaptabilidade a diferentes perfis;
- Portabilidade facilitada.
Entenda cada um deles a seguir.
Benefícios fiscais
Para começar, ao contratar um fundo de previdência, fica a seu critério se você prefere um plano PGBL ou VGBL. Cada um deles oferece uma vantagem tributária específica, a depender de como você declara o seu Imposto de Renda.
Além disso, no resgate é possível escolher qual regime de tributação será aplicado ao seu patrimônio, de acordo com aquilo que faz mais sentido para a sua situação.
Planejamento sucessório
Se você está pensando em investir em um fundo de previdência para construir não somente o seu futuro financeiro, mas da sua família também, saiba que o planejamento sucessório é simplificado nesse caso.
Isso acontece porque tanto o plano PGBL quanto o VGBL não sofrem a incidência do ITCMD. Ou seja, o patrimônio pode ser transferido aos familiares sem burocracias desnecessárias nem custos extras.
Adaptabilidade a diferentes perfis
Um fundo de previdência pode adotar uma postura mais conservadora, selecionando unicamente títulos de renda fixa em sua estratégia. Outros apresentam uma tendência mais arrojada, mesclando ativos de renda fixa à carteira.
Em resumo, temos opções para diferentes perfis de investidores. Logo, basta que você reserve um tempo para analisar as alternativas disponíveis do mercado e explorar quais se encaixam melhor nos seus objetivos e expectativas financeiras.
Portabilidade facilitada
Se você quer migrar de um fundo de previdência para outro, a portabilidade facilitada torna essa migração possível. Afinal, ela é um direito seu e, para trocar de plano, não é necessário pagar nenhum custo extra.
No entanto, é importante comparar as condições dos planos — como taxa de administração, política de investimentos e performance — antes de fazer a troca.
Atenção: a portabilidade só é viável de PGBL para PGBL, e de VGBL para VGBL.
Fundos de previdência são indicados para todos?
Não necessariamente. Fundos de previdência são investimentos voltados para o longo prazo, por isso, são mais vantajosos para quem pretende manter o dinheiro aplicado por vários anos. Se você precisa ter acesso ao dinheiro em poucos meses ou anos, o melhor é que busque por aplicações com mais liquidez, como o Tesouro Selic ou CDBs de liquidez diária.
Voltando aos fundos de previdência privada, eles são recomendados para investidores focados no longo prazo porque, no regime de tributação regressiva, por exemplo, a alíquota do Imposto de Renda pode chegar a apenas 10% após 10 anos de investimento. Ou seja, temos aqui uma aplicação que facilita e favorece aqueles que pensam em deixar o patrimônio aplicado por muitos anos.
Como escolher um fundo de previdência?
Como escolher um fundo de previdência adequado ao seu perfil é indispensável para o sucesso do investimento, algumas dicas que podem te ajudar nessa tarefa são:
- Tenha um bom planejamento financeiro;
- Descubra seu perfil de investidor;
- Defina seus objetivos financeiros;
- Entenda a estratégia do fundo;
- Verifique a gestão do fundo de previdência;
- Analise os prazos dos investimentos;
- Examine o histórico de desempenho do fundo;
- Acerte na escolha do plano e do regime de tributação.
Descubra o que fazer em cada uma delas a seguir.
Tenha um bom planejamento financeiro
Antes de investir em um fundo de previdência, nós recomendamos que você organize as suas finanças e entenda qual é a sua capacidade de aporte. Em termos mais práticos, estamos falando de avaliar sua renda, despesas e outros investimentos para ter certeza de que a aplicação não comprometa seu orçamento.
Quando o planejamento está bem estruturado, você evita ter que resgatar o dinheiro antes do esperado, o que poderia resultar em perdas tributárias ou menor rentabilidade.
E mais: lembre que a previdência privada deve estar alinhada com seus planos de longo prazo, como a aposentadoria ou um projeto futuro. Afinal, definir quanto pretende acumular e em quanto tempo vai te ajudar a escolher um fundo adequado às suas necessidades.
Descubra seu perfil de investidor
Cada investidor tem um nível diferente de tolerância ao risco, por isso, saber qual é o seu vai tornar suas decisões financeiras mais acertadas. Se você é mais conservador, pode preferir fundos de previdência focados em renda fixa, que oferecem menor volatilidade.
Já quem tem um perfil moderado ou arrojado tende a optar por fundos que mesclam renda fixa e variável, que trazem maior potencial de retorno, mas também maior oscilação no curto prazo.
Entendendo o seu perfil, você se previne contra frustrações. Um fundo muito arriscado para um investidor conservador, por exemplo, pode acabar gerando algum desconforto em períodos de queda do mercado. Da mesma forma, um fundo muito seguro para alguém com maior apetite ao risco talvez limite o crescimento esperado para o patrimônio no longo prazo.
Defina seus objetivos financeiros
Só invista em um fundo de previdência quando tiver clareza sobre o motivo da aplicação. Lembre que definir objetivos também ajuda a escolher entre PGBL e VGBL e o regime de tributação mais vantajoso.
Se você pretende manter o investimento por muitos anos, a tabela regressiva pode ser a melhor opção, pois reduz a alíquota de imposto com o tempo. Já para prazos menores ou resgates frequentes, a tabela progressiva pode ser mais interessante. Aqui, nada é uma questão de certo ou errado, mas de ter clareza sobre suas metas para tomar decisões que realmente estejam alinhadas com o seu planejamento financeiro.
Entenda a estratégia do fundo
Se cada fundo de previdência tem uma estratégia de alocação diferente, você só vai conseguir tomar uma boa decisão se entender como o dinheiro seria investido.
Além disso, saber como o fundo opera é uma forma de alinhar suas expectativas e evitar surpresas no futuro. Na dúvida, nós recomendamos que leia o regulamento e o material de divulgação do fundo para explorar a estratégia em questão e avaliar se está de acordo com seu perfil e objetivos.
Verifique a gestão do fundo de previdência
Primeiramente, confira a regularidade da instituição junto a Susep, para checar se a emissora está autorizada a operar. Aproveite para avaliar também o histórico de rentabilidade do fundo — lembrando que resultados passados não garantem retornos futuros, mas ajudam a entender como a estratégia se comportou em diferentes cenários.
Analise os prazos dos investimentos
Fundos de previdência são indicados para o longo prazo, mas cada um tem um prazo mínimo de permanência e regras para resgate. Alguns possuem liquidez mais restrita, permitindo retiradas apenas após um determinado período, enquanto outros oferecem maior flexibilidade.
Entender esses prazos evita surpresas e ajuda no planejamento financeiro. De qualquer forma, vale o lembrete de que se você está em busca de uma aplicação para metas de curto prazo, o ideal é que busque outros títulos e ativos que apresentam maior liquidez.
Examine o histórico de desempenho do fundo
Antes de contratar um plano, você pode acessar o histórico de resultados divulgado pela instituição emissora do fundo de previdência. Com esse documento em mãos, veja como a estratégia se comporta frente a cenários econômicos distintos, para avaliar se ela é eficaz e resiliente.
Atenção: ganhos passados não garantem retornos futuros. O histórico de resultados serve apenas para você conseguir analisar a performance da estratégia em questão, ok?
Acerte na escolha do plano e do regime de tributação
A tributação de um fundo de previdência pode seguir a tabela progressiva ou regressiva e a escolha certa impacta diretamente o valor final do seu investimento.
Para refrescar a memória, lembre que no regime progressivo, as alíquotas seguem a tabela do Imposto de Renda tradicional, que variam conforme o valor do resgate. Já no regime regressivo, a alíquota começa em 35% e cai até 10% para investimentos mantidos por mais de 10 anos.
Além disso, é importante escolher entre PGBL e VGBL. Para evitar equívoco, esteja ciente sobre qual é a sua situação tributária e opte, então, pelo plano que mais traz vantagens para o seu caso.
Buscando um fundo de previdência?
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