Quais são os tipos de declaração de Imposto de Renda?

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Qual o tipo de declaração de Imposto de Renda mais adequado para a sua situação? Ou melhor: você está familiarizado com a diferença entre as duas formas de entregar suas informações à Receita Federal? 

Entender do assunto é a melhor forma de aproveitar benefícios fiscais e ajustar a sua declaração de acordo com o seu caso, para evitar pagar mais impostos do que o realmente necessário. Por isso, preparamos este artigo para te ajudar a aprender:

  • Quais os tipos de declaração de Imposto de Renda que existem;
  • Qual a diferença entre a declaração completa e simplificada;
  • Como escolher o tipo de declaração de Imposto de Renda certo para sua previdência privada.

E por falar em previdência, no final do conteúdo deixamos uma dica bônus sobre um plano que pode somar muito no seu portfólio e na sua estratégia de investimentos. Vamos lá?

Quais os tipos de declaração de Imposto de Renda que existem?

Os dois tipos de declaração de Imposto de Renda são: simplificada, que aplica um desconto padrão, e completa, que permite deduzir despesas individualmente.

Como escolher o tipo mais adequado para o seu caso é importante para você evitar pagar mais impostos do que o necessário, entramos em detalhes sobre as duas a seguir.

Declaração simplificada do Imposto de Renda

Na declaração simplificada, não há a possibilidade de fazer deduções. Inclusive, também não é sequer necessário indicar que teve tais despesas. Afinal, o desconto é limitado a 20% da renda, com um valor máximo de dedução de R$ 16.754,34.

Na prática, a declaração simplificada é indicada para aqueles que:

  • Têm poucas deduções para fazer;
  • Não têm dependentes para incluir na declaração.

Declaração completa do Imposto de Renda

Essa é a declaração que permite ao contribuinte fazer deduções no imposto a ser pago, desde que as comprove. Ou seja, uma pessoa que tenha informado despesas com saúde, por exemplo, precisa anexar os comprovantes na hora de enviar os dados à Receita Federal.

Posteriormente, o órgão analisa os documentos apresentados e, caso esteja tudo certo, os valores das deduções são aprovados. Em resumo, a declaração completa é a mais adequada para aqueles que:

  • Têm muitas despesas dedutíveis, que ultrapassam o limite legal;
  • Têm um ou mais dependentes para incluir na declaração.

Qual a diferença entre a declaração completa e simplificada?

A declaração simplificada aplica um desconto padrão de 20% sobre os rendimentos tributáveis, sem a necessidade de detalhar despesas. Por outro lado, a declaração completa permite deduzir gastos específicos, como saúde, educação e dependentes. Por isso, é mais vantajosa para quem tem muitas despesas dedutíveis.

Note que as formas de declarar o imposto de renda abrem caminhos diferentes para o contribuinte. Aqueles que têm muitas deduções têm a chance de obter um desconto maior por meio da declaração completa. No entanto, é preciso comprovar tudo.

Na versão simplificada, o desconto é automático, mas tem um limite. Em resumo, para descobrir qual é a mais vantajosa para o seu caso, basta analisar qual a sua situação tributária, suas rendas e suas despesas dedutíveis.

Como escolher o tipo de declaração de Imposto de Renda certo para sua previdência privada?

Como a previdência privada te dá a chance de escolher entre dois planos com tributação distintas (VGBL ou PGBL), sua decisão pode fortalecer ou enfraquecer o seu investimento. Na dúvida, essas dicas podem ser bem úteis:

  • Se optar pela declaração simplificada, escolha o VGBL;
  • Se for declarar no modelo completo, prefira o PGBL;
  • Considere combinar PGBL e VGBL na declaração completa;
  • Para autônomos e empresários, avalie a contribuição ao INSS;
  • Fique atento às taxas e à rentabilidade.

Entenda melhor cada uma dessas dicas a seguir.

Se optar pela declaração simplificada, escolha o VGBL

A declaração simplificada oferece um desconto padrão de 20% sobre a renda tributável, limitado a R$ 16.754,34. Esse desconto geralmente supera o benefício fiscal do PGBL, que permite deduzir até 12% da renda bruta tributável. 

Além disso, no VGBL, a tributação ocorre apenas sobre os rendimentos do investimento no momento do resgate — fato que pode reduzir significativamente o imposto pago. 

Já no PGBL, temos uma tributação que incide sobre o valor total do resgate, ou seja, sobre o capital investido e os rendimentos acumulados. Resumindo, para quem usa a declaração simplificada, o VGBL é a opção mais indicada.

Se for declarar no modelo completo, prefira o PGBL

A declaração completa é vantajosa para quem tem muitas despesas dedutíveis, como gastos com educação, saúde, previdência social, dependentes e pensão alimentícia. 

Caso o total dessas deduções ultrapasse R$ 16.754,34, vale mais a pena utilizar essa modalidade e aproveitar os benefícios fiscais do PGBL. Nós explicamos: com esse plano, você pode deduzir até 12% da sua renda tributável anual, reduzindo o imposto devido no ano vigente. 

Essa dedução não significa isenção — se trata apenas de um adiamento da tributação, já que o imposto será cobrado no momento do resgate sobre o montante total acumulado.

Porém, vale ressaltar que, neste período, o seu dinheiro “trabalhou para você” e rentabilizou por muitos anos, o que é muito mais vantajoso do que já pagar impostos no momento em que recebe o seu salário. Além disso, ao pagar IR na fonte, o imposto de renda será de 27,5%. Em contrapartida, na tabela regressiva da previdência privada, ele descerá para apenas 10%. 

Resumindo: o PGBL é uma excelente forma de reduzir o pagamento de IR e transformar em dinheiro para você. 

Considere combinar PGBL e VGBL na declaração completa

Se você já atingiu o limite de dedução de 12% da renda bruta com o PGBL, mas deseja investir um valor maior em previdência privada, o excedente pode ser aplicado no VGBL.

Seguindo esse caminho, você mantém o benefício fiscal do PGBL dentro do limite permitido e direciona o restante para o VGBL, que será tributado apenas sobre o lucro na hora do resgate. 

Vamos a um exemplo: se você deseja investir 15% da sua renda anual em previdência privada, os primeiros 12% podem ser alocados no PGBL para aproveitar dedução fiscal, enquanto os 3% restantes podem ser aplicados no VGBL para otimizar a tributação futura.

Para autônomos e empresários, avalie a contribuição ao INSS

O PGBL é uma modalidade de previdência complementar que exige contribuição para a Previdência Social (INSS). Funcionários públicos, empregados com carteira assinada e microempreendedores individuais (MEIs) que já contribuem obrigatoriamente com o INSS podem utilizar o PGBL sem problemas. No entanto, empresários, autônomos e profissionais liberais que têm a opção de não contribuir para o INSS devem avaliar se vale a pena fazer esse pagamento apenas para ter acesso ao benefício fiscal do PGBL. 

Atualmente, o INSS oferece três opções de contribuição facultativa, variando de 11% a 20% da renda. Caso não seja vantajoso contribuir para o INSS, o mais indicado é optar pelo VGBL, mesmo na declaração completa.

Fique atento às taxas e à rentabilidade

Independentemente de escolher PGBL ou VGBL, você ainda deve analisar os custos do plano de previdência privada. A taxa de carregamento, por exemplo, é uma cobrança excessiva e que pode reduzir significativamente a rentabilidade ao longo do tempo. Basicamente, ao escolher um plano com boa rentabilidade e custos justos, é possível ter uma previdência privada que supere, em ganhos, a previdência social.

Outro ponto relevante é a portabilidade da previdência, que viabiliza a transferência do investimento para outro fundo caso você considere que as condições do plano atual já não estejam alinhadas às suas expectativas. 

Temos uma sugestão de previdência privada sem taxa de carregamento para você

Além de escolher o tipo de declaração de Imposto de Renda ideal para o seu caso, contar com uma boa previdência privada no portfólio é uma forma de potencializar o seu investimento. Por isso, queremos te apresentar o Fundo ARCA Grão, que adota a metodologia de mesmo nome desenvolvida por Thiago Nigro, o Primo Rico

Nela, a diversificação de investimentos é uma ferramenta para assumir os riscos necessários a uma boa rentabilidade de longo prazo, sem renunciar à proteção contra os momentos de baixa e incerteza de setores do mercado — tudo isso sem taxa de carregamento, para não comprometer o poder dos juros compostos na estratégia. Inclusive, a única cobrança é a taxa de administração. Gostou? Te convidamos a saber mais sobre o Plano de Previdência ARCA!

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