Investimento a longo prazo: qual é o melhor e como investir?

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A segurança financeira do amanhã é plantada hoje, no presente. Temos certeza de que você já ouviu variações dessa frase por aí, todas com o mesmo propósito: te estimular a se preparar para o futuro, não apenas guardando dinheiro, mas aprendendo como fazer ele render e crescer gradualmente.

Por aqui, essa estratégia se traduz em um termo que você vai aprender bem até o final deste artigo: longo prazo. No mercado de investimentos, usamos essas palavras para nos referirmos às aplicações que são voltadas, ou simplesmente adequadas, para quem tem objetivos a serem conquistados daqui muitos anos.

Pensa em se aposentar com tranquilidade financeira, comprar uma casa, trocar de carro ou tem qualquer outro plano para daqui um bom tempo? Então, recomendamos que siga conosco na leitura para ter a resposta destas perguntas:

  • O que é um investimento a longo prazo?
  • Quais são os melhores tipos de investimentos a longo prazo?
  • Por que investir a longo prazo?
  • O que saber antes de investir a longo prazo?
  • Como começar a investir a longo prazo?

No final, ainda reservamos uma dica de aplicação a longo prazo, feita especialmente para proteger o seu patrimônio contra os efeitos do tempo e aproveitar cenários favoráveis para fazer o seu dinheiro crescer. Vamos lá?

O que é um investimento a longo prazo?

Um investimento de longo prazo é aquele feito com o objetivo de gerar retornos ao longo de vários anos, geralmente acima de cinco anos. A ideia principal é viabilizar que o dinheiro investido cresça com o tempo, aproveitando ao máximo o efeito dos juros compostos e a valorização dos ativos. Esse tipo de investimento é ideal para objetivos como aposentadoria, compra de um imóvel ou construção de patrimônio.

Diferente de aplicações de curto prazo, que buscam ganhos rápidos ou alta liquidez para atender a necessidades imediatas, o longo prazo é mais indicado para enfrentar oscilações do mercado sem prejuízo imediato.

Nunca se esqueça: quanto mais tempo o dinheiro permanece investido, maiores são as chances de o efeito dos juros compostos atuar a seu favor.

E ainda tem mais: investir no longo prazo ajuda a evitar decisões impulsivas, como vender um ativo por medo de uma queda momentânea. Quando o foco está no crescimento sustentável, você consegue aproveitar melhor as oportunidades e construir riqueza de forma planejada e segura.

Quais são os melhores tipos de investimentos a longo prazo?

Os melhores investimentos a longo prazo devem oferecer rentabilidade consistente e se alinhar ao seu perfil de risco

Para quem busca preservar o poder de compra no longo prazo, títulos públicos como o Tesouro IPCA+ oferecem proteção contra a inflação. No entanto, é importante ter atenção: esses títulos podem apresentar oscilações ao longo do tempo, e caso você precise resgatar antes do vencimento, pode acabar vendendo por um valor menor do que esperava. Por isso, são mais indicados para quem pode manter o investimento até o final do prazo.

Já para quem aceita ainda mais oscilações em troca de maior potencial de retorno, ativos como ações de boas empresas, BDRs, Fundos Imobiliários e ETFs entram como alternativas interessantes. Além da valorização no longo prazo, alguns deles ainda oferecem o benefício de renda passiva por meio de dividendos ou distribuições periódicas.

E não poderíamos deixar de falar dela: a previdência privada, um dos mais importantes investimentos de longo prazo e pilares no planejamento da aposentadoria. Por contar com benefícios específicos para o longo prazo — como vantagens fiscais e disciplina nos aportes — ela deve ocupar um espaço estratégico na sua carteira.

Não sabe por onde começar? Siga na leitura para explorar algumas alternativas promissoras e que podem servir aos seus objetivos de longo prazo.

Previdência privada

A previdência privada é uma opção inteligente para quem deseja construir um patrimônio voltado para a aposentadoria — ou para qualquer outro objetivo de longo prazo. Mas vale reforçar: isso não significa que você só vai começar a pensar nela lá na frente. Pelo contrário, o futuro financeiro é construído no presente. O longo prazo se faz com decisões tomadas no curto prazo.

Funcionando de forma semelhante a um fundo de investimento, a previdência oferece alternativas para diferentes perfis: desde estratégias mais conservadoras até carteiras voltadas para investidores arrojados. Um de seus principais atrativos são os benefícios tributários, que favorecem quem mantém o dinheiro investido por mais tempo.

O funcionamento é simples: você faz aportes periódicos em um plano de previdência, e esse dinheiro é investido em uma carteira diversificada, gerida por profissionais. Lá na frente, no momento do resgate, é possível sacar o valor acumulado de uma só vez ou transformá-lo em uma renda mensal programada.

Tesouro Direto

Aqui, o destaque fica para o Tesouro IPCA+, que é um título híbrido, ou seja, combina uma taxa de juros prefixada com a variação da inflação

Por estar vinculado ao IPCA, o título oferece ao investidor um retorno real, protegendo seu patrimônio contra a perda do poder de compra ao longo do tempo. É justamente por isso que muitos investidores incluem esse tipo de ativo em estratégias de longo prazo.

Fundos Imobiliários (FIIs)

Fundos Imobiliários funcionam de maneira semelhante aos fundos de investimento tradicionais, no entanto, como a nomenclatura indica, lidam exclusivamente com o setor imobiliário, seja por meio de imóveis físicos ou títulos atrelados ao segmento.

Esses ativos pertencem à classe da renda variável, e a rentabilidade pode vir tanto da valorização das cotas quanto do pagamento mensal de dividendos, feito por alguns FIIs. Antes de incluir esses fundos no seu portfólio, é importante analisar com atenção a solidez dos emissores — revisando os documentos do FII, o histórico de desempenho e a qualidade dos ativos da carteira.

Ativos internacionais

Uma carteira diversificada também aproveita os movimentos das economias globais. Fazem parte dessa classe de ativos quaisquer opções em que o capital seja investido em ativos atrelados a moedas estrangeiras ou mercados internacionais.

Alguns exemplos são as ações de empresas internacionais (que podem ser adquiridas por meio de BDRs ou de compra diretamente no exterior) ou Exchange-Traded Funds (ETFs), que são fundos de investimentos baseados em índices disponíveis tanto para compra no mercado brasileiro quanto no exterior.

Dessa forma, em cenários de baixo desempenho da economia brasileira, é possível se beneficiar do crescimento de outros mercados — o que contribui para a diversificação da carteira e ajuda a mitigar perdas.

O Fundo ARCA, por exemplo, criado pelo Thiago Nigro em parceria com a Grão, tem 20% do seu portfólio reservados para ativos internacionais, mais especificamente em ETFs que replicam o S&P 500.

Esse índice da Bolsa de Valores dos EUA tem exposição em empresas como:

  • Disney;
  • Coca-Cola;
  • Apple;
  • Google;
  • Meta (antiga Facebook);
  • Microsoft.

Ações de empresas sólidas

Ações emitidas por empresas com bom histórico de desempenho tendem a oferecer retornos positivos no longo prazo. Afinal, a tendência é que elas se valorizem com o tempo. Além disso, quando uma instituição é bem administrada e gera lucros, consegue pagar dividendos aos acionistas.

A longo prazo, a inclusão de ações desse tipo no seu portfólio é uma boa ideia — desde que o seu perfil de risco esteja alinhado com esse tipo de investimento. Como fazem parte da renda variável, essas aplicações estão sujeitas às oscilações do mercado e não oferecem garantia de retorno.

Caso deseje prosseguir com esses ativos, recomendamos que selecione suas ações somente depois de analisar bem o histórico da empresa, o setor e a capacidade de gerar resultados consistentes.

Por que investir a longo prazo?

Com o tempo a seu favor, você aproveita o efeito dos juros compostos, onde os rendimentos geram novos rendimentos e aceleram o crescimento do seu dinheiro. Além disso, aplicações com foco no longo prazo tendem a oferecer maior potencial de retorno, justamente por suportarem melhor as oscilações do mercado e permitirem que os rendimentos se acumulem com o tempo.

Outro ponto importante é a diversificação e a resiliência financeira. Quanto mais tempo o dinheiro fica investido, maior a chance de equilibrar períodos de baixa e capturar ganhos em ciclos positivos. Isso vale tanto para ações e fundos de investimento quanto para títulos de renda fixa, que tendem a oferecer rentabilidades mais vantajosas em prazos maiores. O mesmo vale para a previdência privada, que é projetada especificamente para aproveitar os benefícios dos horizontes temporais maiores.

Não menos importante, investir pensando no longo prazo traz mais tranquilidade financeira. Funciona assim: quando o seu planejamento é sólido, você pode alcançar grandes objetivos com mais previsibilidade e consistência, reduzindo a dependência de eventos inesperados ou soluções de curto prazo.

O que saber antes de investir a longo prazo?

Antes de definir uma estratégia para investir a longo prazo, é importante que você: 

  • Defina seus objetivos;
  • Conheça seu perfil de risco;
  • Aprenda a diversificar sua carteira;
  • Entenda como a inflação funciona. 

Dessa maneira, vai conseguir selecionar aplicações de forma mais certeira.

Abaixo, explicamos um pouco mais sobre cada uma dessas orientações:

Definição de objetivos

Antes de tudo, você precisa saber o que deseja alcançar — se é a aposentadoria, a compra de um imóvel ou a simples formação de patrimônio. Cada uma dessas metas exige estratégias diferentes e, naturalmente, uma seleção específica de títulos e ativos dentro da sua carteira de investimentos.

Liquidez, vencimentos e taxas de retorno são apenas algumas das condições que devem ser observadas em uma aplicação, para que suas escolhas estejam realmente alinhadas ao que você espera do futuro.

Descoberta do perfil de risco

Investidores conservadores tendem a preferir títulos de renda fixa, pois são mais estáveis e previsíveis. Perfis mais arrojados, por outro lado, aceitam um grau maior de risco, desde que isso signifique estar exposto a retornos potenciais maiores.

Importante: como a estratégia é de longo prazo, lembre que, mesmo que você tenha apetite por ativos mais arriscados, é importante investir em títulos de renda fixa também, para fins de proteção do seu patrimônio em momentos desfavoráveis do mercado.

Diversificação da carteira de investimentos

Concentrar todo o seu capital em um único ativo ou classe de investimento é bastante arriscado. Dessa maneira, qualquer oscilação que afetasse negativamente o seu portfólio acabaria afetando, por consequência, todo o seu patrimônio.

Para diluir riscos e melhorar a rentabilidade a longo prazo, o ideal é que você combine renda fixa e variável ou, se preferir, diversifique suas aplicações dentro da renda fixa somente.

Funcionamento da inflação

A inflação corrói o poder de compra do seu dinheiro com o tempo. Isso significa que, quanto mais os anos passam, menos coisas você consegue comprar com a mesma quantia. Por exemplo, se você deixar R$1.000 parados sem render nada, daqui a 10 ou 20 anos esse valor terá perdido parte do seu valor real — você poderá comprar menos do que hoje. 

Por isso, em investimentos de longo prazo, o ideal é que se escolha aplicações que acompanhem ou superem a inflação — é o caso do Tesouro IPCA+, por exemplo, e de ações de empresas sólidas.

Como começar a investir a longo prazo?

Na prática, investir a longo prazo é simples, você precisa: 

  • Definir quais são os seus objetivos financeiros;
  • Explorar as aplicações que mais se encaixam nas suas metas;
  • Manter a disciplina ao longo dos anos. 

Afinal, o foco aqui é a construção de patrimônio.

Para te ajudar nessa missão, separamos um passo a passo para te guiar.

1 – Trace um planejamento financeiro

Primeiramente, saiba qual é a sua meta financeira — se aposentar? Comprar uma casa? Construir uma reserva de emergência? Aqui, o importante é que ela considere o longo prazo.

Com esses planos em mente, suas escolhas passam a ser delimitadas, uma vez que devem atender a critérios específicos, como liquidez, remuneração e vencimento.

2 – Selecione ativos adequados ao longo prazo

Cuidado para não cometer o erro de incluir no seu portfólio títulos e ativos que são mais vantajosos para o curto prazo. Vamos tomar os CDBs como exemplo: aqueles com vencimentos mais longos tendem a oferecer retornos melhores que aqueles de liquidez diária.

A previdência privada também serve aqui para fins de ilustração. Afinal, como ela favorece os investimentos de longo prazo, especialmente em questões tributárias, não faria sentido estar no portfólio de alguém com planos para o curto prazo. Concorda?

3 – Seja consistente nos seus investimentos

Escolher os investimentos certos para a sua estratégia é importante, mas se comprometer a investir com regularidade é fundamental — é dessa forma que o seu patrimônio vai crescer e potencializar o efeito dos juros compostos da sua carteira.

Se possível, invista mensalmente uma quantia. Essa tarefa, inclusive, ainda serve para te ajudar a manter o hábito saudável de priorizar a sua saúde financeira.

4 – Reinvista os rendimentos

O efeito dos juros compostos acontece quando o dinheiro que você investiu passa a render sobre os próprios rendimentos. Em termos mais simples, é o que faz o seu patrimônio crescer de maneira mais acelerada.

Logo, se você mantiver aplicados os lucros que recebeu em determinado ativo, esse efeito é potencializado. O mesmo vale para os dividendos que receber, que podem ser reinvestidos.

5 – Tenha disciplina e paciência

Investir com foco no longo prazo exige disciplina e comprometimento. Afinal, ao longo do caminho, é normal que o mercado passe por altas e baixas. Nessas horas, suas decisões precisam ser estratégicas, e jamais baseadas em impulsos, emoções e tendências momentâneas.

Trazendo isso para o plano prático, estamos falando de evitar vender títulos e ativos por conta de quedas momentâneas e impactos de menor escala. Se tiver alguma dúvida quanto à gestão do seu portfólio, você pode buscar o auxílio de um profissional, ou dedicar um tempo a compreender o cenário econômico.

Quer um ponto de partida para começar a investir?

Para investir a longo prazo, basta começar a explorar as melhores aplicações para este fim, capazes de te proteger em momentos desfavoráveis e potencializar seus rendimentos quando os ventos estiverem ao seu favor.

Aqui, temos uma sugestão para te apresentar: o Fundo ARCA Grão, que adota a metodologia de mesmo nome desenvolvida por Thiago Nigro, o Primo Rico

Nele, a diversificação de investimentos é uma estratégia usada para assumir os riscos necessários a uma boa rentabilidade de longo prazo, sem renunciar à proteção contra os momentos de baixa e incerteza de setores do mercado — ah, e tudo isso sem taxa de carregamento

Falando nisso, a única cobrança é a taxa de administração. Gostou? Então, te convidamos a saber mais sobre o Plano de Previdência ARCA

Perguntas frequentes sobre investimento a longo prazo

Ainda tem alguma dúvida sobre investimentos a longo prazo? Respondemos algumas das perguntas mais frequentes sobre o assunto!

Investimento a longo prazo é ativo ou passivo?

Um investimento de longo prazo é um ativo, afinal, se trata de uma aplicação financeira feita com o objetivo de gerar retornos para o futuro. Imóveis, ações, previdência privada e títulos públicos são exemplos que se encaixam aqui.

Passivos, por sua vez, são dívidas e obrigações financeiras, como empréstimos e financiamentos. 

Qual o melhor investimento a longo prazo para aposentadoria?

Depende do perfil do investidor, afinal, o melhor investimento é aquele que se alinha à sua estratégia e ao seu perfil de investidor. Previdência privada, títulos públicos de longo prazo e fundos diversificados são algumas boas opções para segurança e rentabilidade.

Quanto tempo é um investimento a longo prazo?

Para que um investimento seja considerado de longo prazo, a aplicação precisa ultrapassar os cinco anos, no mínimo. No entanto, para maximizar retornos, o ideal é que um investimento seja mantido por 10, 20 ou até 30 anos. Além disso, a exatidão do prazo vai depender de quais são os seus objetivos ao investir.

Qual é o investimento mais seguro a longo prazo?

Investimentos que acompanham a inflação, como o Tesouro IPCA+ e alguns planos de previdência, são indicados para proteger o poder de compra no longo prazo. O Tesouro IPCA+ é um deles, por exemplo, assim como planos de previdência privada que são estruturados para este fim.

Vale a pena investir em ações a longo prazo?

Depende das ações e do seu perfil de investidor. Como esses são ativos de renda variável, o ideal é que você as inclua no portfólio apenas se o seu apetite ao risco for correspondente. Além disso, para a finalidade do longo prazo, a estratégia de investir em ações precisa considerar papéis de empresas com bom histórico de solidez, na intenção de mantê-los por muito tempo, sem vendê-los por impulso durante oscilações de curto prazo.

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