Sabe aquele dinheiro que você tem parado em uma conta poupança — ou até mesmo em uma conta corrente? Temos uma má notícia: quanto mais o tempo passa, mais valor ele perde. Então, se a sua ideia era economizar dessa maneira por achar que essa é a alternativa mais segura, está cometendo um grande equívoco.
A boa notícia é que investir não é nenhum mistério. Inclusive, não faltam opções de investimentos para iniciantes, altamente seguros e com rendimentos atrativos. Basicamente, é o que faltava para aquele seu plano de se aposentar sem preocupações, finalmente ter uma reserva de emergência ou sair do aluguel.
Topa descomplicar os investimentos financeiros e aprender mais sobre o assunto? Seguindo nessa leitura, você poderá entender:
- Qual é o melhor tipo de investimento para iniciantes?
- Quais os melhores investimentos para quem está começando?
- 5 dicas de investimento para quem é iniciante;
- Qual é a melhor aplicação financeira no momento?
No final, ainda reservamos uma dica extra sobre quem pode te ajudar a tomar decisões mais informadas, colocar as contas em dia e construir um bom portfólio de investimentos.
Vamos lá?
Qual é o melhor tipo de investimento para iniciantes?
Investimentos de renda fixa são mais indicados para investidores iniciantes. Afinal, se tratam de títulos mais seguros, com rendimentos previsíveis e cuja dinâmica de rentabilidade é mais simples de entender.
E tem mais: essa classe permite que o investidor faça aplicações iniciais de valores mais baixos, se assim preferirem.
Embora os ganhos mais robustos naturalmente sejam conquistados a partir de portfólios maiores, é importante que um iniciante comece dando pequenos passos no mercado de investimentos, para assim explorar as alternativas disponíveis até que vá ganhando confiança para fazer aportes maiores ou em títulos mais arriscados, porém com mais potencial de retorno.
Além disso, vale lembrar que começar a investir em renda fixa é uma decisão importante para a sua saúde financeira, já que os títulos dessa classe rendem mais do que a poupança e evitam que o seu dinheiro permaneça simplesmente parado em alguma conta, perdendo valor para a inflação.
Quais os melhores investimentos para quem está começando?
Tesouro Direto, Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Fundos de Investimento de Renda Fixa, Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) e Previdência Privada são as principais opções de investimento para os que estão começando.
Conheça melhor cada uma delas:
Tesouro Direto
Os títulos do Tesouro Direto são emitidos pelo governo federal e, por isso, são considerados como uma das alternativas mais seguras do mercado.
Há diferentes tipos de títulos de Tesouro Direto disponíveis como: o Tesouro Selic, que acompanha a taxa básica de juros; o Tesouro Prefixado, que oferece uma rentabilidade fixa; e o Tesouro IPCA+, que protege contra a inflação. Cada um atende a diferentes perfis de investidor e objetivos financeiros distintos, seja para curto ou longo prazo.
Quanto ao formato de remuneração, há três tipos: prefixado, pós-fixado e híbrido. Entenda:
- Prefixado: uma taxa fixa de juros é apresentada no momento da aplicação e, por isso, desde o início o investidor sabe quanto vai receber futuramente;
- Pós-fixado: o rendimento está atrelado à taxa Selic, por isso, o investimento vai se igualar à taxa básica de juros, embora não se saiba ao certo quanto será recebido;
- Híbrido: mescla características prefixadas e pós-fixadas, ou seja, uma parcela do rendimento é corrigida pela inflação, seguindo o IPCA, e a outra é fixa.
Além de sua segurança, o Tesouro Direto é acessível, já que é possível fazer investimentos mais modestos, a partir de R$ 30. Outra vantagem é a liquidez — você pode vender os títulos de volta ao governo antes do vencimento, caso precise do dinheiro.
Atenção: no caso de um resgate antecipado, saiba que o preço dos títulos será definido de acordo com a marcação a mercado. Ou seja, a venda será feita considerando o preço que o título está valendo no momento. Em termos mais diretos, existe a possibilidade de sair no prejuízo e arcar com tributações extras, principalmente nos títulos de maior prazo de vencimento. Então, tome cuidado e busque conhecimento antes de investir.
Certificados de Depósitos Bancários (CDBs)
Aqui, temos títulos emitidos por bancos e que funcionam de maneira bastante similar ao Tesouro Direto. Nesse caso, porém, as instituições disponibilizam os títulos com o objetivo de levantar fundos para financiar as suas atividades bancárias — conceder empréstimos, por exemplo.
Ao investir dessa maneira, também é possível escolher entre alternativas prefixadas, pós-fixadas e híbridas.
Outra vantagem dos CDBs é que contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) — um mecanismo de proteção ao investidor, que existe para ressarcir valores de até R$ 250.000,00 por CPF e por instituição em caso de quebras e inadimplências.
Atenção: esse reembolso não é automático, então a solicitação deve ser feita pelo próprio investidor.
Fundos de Investimento de Renda Fixa
Fundos de Investimento são uma espécie de aplicação coletiva. A dinâmica é a seguinte: um gestor reúne os aportes de todos os investidores (chamados de cotistas) e distribui o total em uma seleção específica de títulos e ativos — escolhidos de acordo com a estratégia do fundo.
No caso dos Fundos de Investimento de Renda Fixa, pelo menos 80% do portfólio deve ser composto por títulos desta classe — debêntures, CDBs, Tesouro Direto, entre outros.
Ao investidor, uma das grandes vantagens desse tipo de aplicação é a diversificação instantânea. Afinal, com um único aporte é possível obter uma cesta completa de ativos, desenvolvida justamente para equilibrar riscos e potencializar os retornos.
Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA)
Aqui, temos títulos emitidos por instituições financeiras, cuja finalidade é financiar os setores imobiliário e do agronegócio. As LCIs e LCAs também contam com a proteção do FGC — mais uma vantagem para o investidor iniciante.
Além disso, ambos os títulos são isentos de Imposto de Renda. Assim, o rendimento líquido no final do prazo da aplicação é otimizado. E tem mais: assim como demais alternativas de renda fixa, estas também oferecem variações prefixadas, pós-fixadas e híbridas.
Previdência Privada
A Previdência Privada é um investimento de longo prazo, popularmente conhecido como uma alternativa à aposentadoria do Governo. No entanto, é bastante interessante para qualquer investidor que tenha objetivos que considerem horizontes temporais mais longos, com datas de vencimento mais distantes.
Aqui, o funcionamento se assemelha à dinâmica dos Fundos de Investimento: você faz aportes regulares em um plano de Previdência e o dinheiro é distribuído entre diferentes tipos de ativos.
No momento do resgate, há a possibilidade de escolher qual o regime tributário a ser praticado. Assim: você decide se os impostos vão ser calculados de acordo com o tamanho do saque ou com a duração da aplicação.
Naturalmente, planos distintos vão oferecer portfólios e estratégias de investimento diferentes. Assim, cabe ao investidor analisar os documentos das alternativas que tem em mãos para optar por aquele que está mais adequado aos seus objetivos e perfil de investidor.
5 dicas de investimento para quem é iniciante
Se você está apenas começando a investir, é importante que siga essas dicas:
- Organize as contas e as finanças antes de começar a investir;
- Tenha objetivos financeiros claros e escolha títulos que sejam pertinentes a eles;
- Diversifique o portfólio com consciência;
- Comece com valores menores e aplicações mais seguras;
- Não tome decisões por impulso.
A gente te explica exatamente as razões pelas quais cada uma é importante:
1 – Organize as contas e as finanças antes de começar a investir
Antes de fazer os primeiros investimentos, suas finanças pessoais devem estar em ordem. Na prática, isso significa ter uma visão clara de todas as suas receitas e despesas, assim como um controle sólido do seu orçamento.
Dica: comece quitando as dívidas, especialmente aquelas com altos juros. Afinal, não faz sentido investir enquanto carrega débitos que consomem uma parte significativa dos seus ganhos.
Além disso, ter uma reserva de emergência — geralmente equivalente a seis a doze meses de despesas, a depender da estabilidade do seu trabalho — é fundamental para evitar a necessidade de resgatar investimentos em momentos de crise financeira pessoal.
Sem essa organização, qualquer imprevisto pode acabar te forçando a vender seus investimentos de forma prematura, o que pode resultar em perdas, tributações extras ou rendimentos abaixo do esperado.
2 – Tenha objetivos financeiros claros
Investir sem ter objetivos financeiros bem definidos é como navegar sem saber aonde quer chegar. Por isso, antes de começar a aplicar seu dinheiro, é essencial que você saiba exatamente o que deseja alcançar com seus investimentos.
A meta é se aposentar confortavelmente? Ter uma casa própria? Comprar um carro? Quando define objetivos específicos dessa maneira, você tem mais clareza sobre quanto dinheiro precisa para chegar lá, quanto tempo a jornada vai levar e, consequentemente, quais ativos financeiros são mais pertinentes ao seu caso.
Não menos importante, essa clareza também facilita o monitoramento do progresso e a realização de ajustes na estratégia de investimento ao longo do tempo.
3 – Diversifique o portfólio com consciência
É verdade que a diversificação é uma das principais estratégias para reduzir riscos nos investimentos, mas ela deve ser feita com critério.
Diversificar, aliás, significa espalhar seus investimentos entre diferentes tipos de ativos (como renda fixa, ações, imóveis, etc.) e setores econômicos, para que o desempenho negativo de um não afete todo o seu portfólio.
No entanto, é importante entender que diversificação não significa apenas “espalhar” seu dinheiro em várias opções, mas sim escolher ativos que tenham comportamentos diferentes em diversas condições de mercado. Além disso, evite investir em produtos que você não entende bem apenas para ter mais variedade, já que isso pode aumentar seus riscos em vez de reduzi-los.
Atenção: se diluir o seu patrimônio em excesso, aplicando quantias pequenas em vários títulos, os retornos obtidos podem não ser robustos como você espera.
4 – Comece com valores menores e aplicações mais seguras
Não se preocupe: iniciar a sua jornada de investimentos com valores menores e aplicações mais seguras é uma estratégia prudente.
Ao investir pequenos valores, consegue se familiarizar com o mercado sem se expor a grandes riscos. Isso também é uma grande oportunidade de aprender na prática, entender como as oscilações de mercado afetam seus investimentos e ajustar sua estratégia antes de comprometer quantias maiores.
Lembre-se: aplicações seguras, como Tesouro Direto ou CDBs de grandes bancos, oferecem uma boa combinação de baixo risco e retorno previsível, ideal para iniciantes.
Além disso, começar com investimentos seguros e de menor valor ajuda a construir confiança. Quando você vê seu dinheiro crescendo, ainda que lentamente, isso incentiva a continuidade do hábito e o desejo de continuar se educando financeiramente.
5 – Não tome decisões por impulso
Tomar decisões de investimento por impulso é uma das principais armadilhas que novos investidores devem evitar. O mercado financeiro é altamente volátil e sujeito a oscilações que podem causar euforia ou pânico entre investidores.
Assim, tomar decisões baseadas em emoções, como medo de perder dinheiro ou a ganância de ganhar rápido, pode te levar a escolhas equivocadas, como vender ativos durante uma queda temporária ou comprar na alta, influenciado unicamente por notícias ou opiniões de terceiros.
Atenção: essas ações impulsivas geralmente causam prejuízos ou rendimentos muito abaixo do esperado.
Na dúvida, antes de realizar qualquer movimento, analise os fundamentos dos ativos e como eles se encaixam nos seus objetivos financeiros. Se necessário, dê um passo atrás e consulte um planejador financeiro para obter uma perspectiva mais objetiva.
Qual é a melhor aplicação financeira no momento?
A melhor aplicação financeira vai depender do seu perfil de investidor e dos seus objetivos, afinal, não existe nenhuma fórmula mágica para ganhar dinheiro. Para quem é iniciante, Tesouro Direto, CDBs, LCIs, LCAs, Fundos de Renda Fixa e Fundos de Previdência Privada são opções recomendadas.
Se estiver na dúvida entre qual escolher, considere quais são as suas metas para o futuro e avalie quais expectativas de rentabilidade e prazos de vencimento se adequam mais a elas.
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Nós oferecemos: a Grão conta com o serviço de planejadores financeiros — profissionais especializados que podem te ajudar a colocar as finanças em ordem, definir suas prioridades e metas, além de te ajudar a construir um portfólio sustentável, não importa se você é iniciante ou não.
Na dúvida se essa alternativa é para você? Então aproveite para se cadastrar e agendar uma reunião gratuita e sem compromissos agora mesmo para responder a essa pergunta!
Perguntas frequentes sobre investimento para iniciantes
Qual é o melhor investimento para quem tem pouco dinheiro?
Tesouro Direto e CDBs são boas opções para quem tem pouco dinheiro. Fundos de Renda Fixa e Fundos de Previdência Privada também podem oferecer aportes iniciais mais acessíveis.
Onde fazer o primeiro investimento?
Investimentos podem ser feitos em corretoras autorizadas pela B3. Alguns bancos disponibilizam a função de investimentos na mesma plataforma onde você já administra a sua conta corrente e cartões de crédito.
Qual o investimento mais seguro para iniciantes?
Alternativas mais estáveis e de dinâmica simples de funcionamento, como os ativos de renda fixa, são os investimentos mais seguros para iniciantes. Títulos do Tesouro Direto e CDBs de grandes bancos são escolhas populares nesse caso.
Qual investimento dá lucro mais rápido?
Investimentos que oferecem lucros rápidos são extremamente arriscados e incertos — ações de alta volatilidade, por exemplo. Se você é iniciante ou prioriza segurança e crescimento sustentável, é preferível que tenha paciência e evite decisões tomadas por impulso.
Como investir 100 reais e ter retorno rápido?
Retornos rápidos e robustos exigem a aplicação em ativos extremamente voláteis e arriscados. Iniciantes precisam, antes de tudo, priorizar a segurança. Por isso, investir R$ 100 no Tesouro Selic ou em um CDB de liquidez diária seria mais adequado e seguro, mesmo sem o retorno rápido.