Dentre todas as alternativas de aplicação do mercado de investimentos, frequentemente o Tesouro Direto desponta como uma opção vantajosa para todos os perfis — desde os mais inexperientes, por conta da dinâmica relativamente simples dos seus títulos; até perfis mais agressivos e arrojados, que buscam manter uma parcela de seu patrimônio exposto a investimentos mais conservadores para fins de proteção.
Ainda não está familiarizado com os pormenores do Tesouro Direto? A gente te ajuda! Siga na leitura para descobrir:
- O que é e como funciona o Tesouro Direto;
- Principais características e benefícios do Tesouro Direto;
- Quais são os tipos de títulos do Tesouro Direto;
- O Tesouro Direto é um investimento seguro;
- Custos e requisitos para investir no Tesouro Direto;
- Tributação e declaração no Imposto de Renda;
- Como os títulos do Tesouro Direto são usados em fundos de previdência;
- Dicas práticas para quem vai começar a investir no Tesouro Direto.
No final, ainda deixamos uma dica extra de investimento em renda fixa que pode despertar o interesse daqueles que estão em busca de alternativas mais conservadoras de aplicação. Vamos lá?
O que é e como funciona o Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é um programa do governo federal que permite investidores pessoa física investirem em títulos públicos de forma simples e acessível. Esses títulos são emitidos pelo Tesouro Nacional como forma de captar recursos para financiar atividades do Estado, como infraestrutura, saúde e educação.
Quando você investe no Tesouro Direto, está “emprestando” dinheiro para o governo em troca de uma rentabilidade definida no momento da aplicação, que pode ser prefixada, pós-fixada (atrelada à Selic), ou híbrida (atrelada ao IPCA).
O funcionamento é parecido com o de um empréstimo: você escolhe o tipo de título, aplica o valor desejado e, no vencimento, recebe o valor corrigido com os juros acordados.
Principais características e benefícios do Tesouro Direto
Segurança, acessibilidade, liquidez e praticidade são os principais atributos das aplicações no Tesouro Direto, e que o tornam bastante popular entre os investidores.
Abaixo, entramos em detalhes sobre cada um desses aspectos.
Segurança
Os títulos do Tesouro Direto são aplicações de renda fixa, ou seja, têm regras de rendimento definidas no momento da aplicação. Além disso, como são garantidos pelo governo federal, o risco de calote é considerado muito baixo.
Além disso, o programa oferece diferentes opções de rentabilidade (prefixada, atrelada à Selic ou ao IPCA), o que possibilita que o investidor escolha o título que mais se alinha aos seus objetivos — seja para formar uma reserva de emergência, guardar dinheiro para o médio prazo ou proteger o patrimônio da inflação no longo prazo.
Acessibilidade
Com cerca de apenas R$1 você já pode começar a investir nos títulos do Tesouro Direto, o que os tornam bastante acessíveis para um público bastante amplo.
Naturalmente, os rendimentos tendem a ser mais significativos quando as quantias investidas em um título são mais substanciais. No entanto, para quem ainda é inexperiente quando o assunto é investir e deseja, a princípio, começar com passos pequenos, a acessibilidade acaba sendo uma grande vantagem.
Liquidez
Embora cada título tenha uma data de vencimento, é possível vender o título de volta ao Tesouro Nacional em qualquer dia útil, recebendo o valor no próximo dia útil (D+1). Ou seja, há essa flexibilidade para quem precisa resgatar o dinheiro antes do prazo, seja por imprevistos ou mudanças de plano.
No entanto, é importante lembrar que, em alguns casos, o valor de venda pode ser diferente do valor contratado, dependendo das condições do mercado, especialmente para títulos prefixados e atrelados ao IPCA.
Isso significa que, se você vender o seu título em um momento desfavorável, pode acabar perdendo dinheiro. No entanto, caso o mantenha até o investimento, não precisa se preocupar: o seu retorno será aquele apresentado no momento da aplicação.
Praticidade
O Tesouro Direto é uma das formas mais simples de investir, especialmente para quem está começando. Todo o processo — da escolha do título à aplicação do dinheiro — pode ser feito online, por meio do site do Tesouro Direto ou pela plataforma de uma corretora.
Além disso, a plataforma é bastante transparente, com atualizações diárias e informações claras. Ou seja, os investidores conseguem acompanhar suas aplicações com mais facilidade e entender como funciona a dinâmica de cada título.
Quais são os tipos de títulos do Tesouro Direto?
Os principais títulos disponíveis na plataforma do Tesouro Direto são:
- Tesouro Selic;
- Tesouro Prefixado;
- Tesouro IPCA+;
- Tesouro Educa+;
- Tesouro RendA+.
Siga a leitura para entender cada um deles em detalhes.
Tesouro Selic
O Tesouro Selic tem formato de remuneração pós-fixado, com rendimento atrelado à Taxa Selic, como seu nome indica. Dessa maneira, o retorno exato da sua aplicação só é conhecido no resgate, já que o título rende diariamente de acordo com esse benchmark.
Esse é um título com alto grau de liquidez, por isso costuma ser popular entre aqueles que estão construindo uma reserva de emergência.
Tesouro Prefixado
No Tesouro Prefixado, você sabe exatamente quanto vai receber se mantiver o título até o vencimento, uma vez que a taxa de juros atrelada ao rendimento é fixa.
Essa dinâmica é uma vantagem para investidores iniciantes, já que a exatidão adiciona uma camada de segurança à aplicação. Além disso, em cenários nos quais as projeções apontam para uma queda na Taxa Selic, os títulos prefixados tendem a se tornar atrativos, já que apresentam um rendimento interessante dentro das possibilidades da renda fixa.
Tesouro IPCA+
Este é um título híbrido, no qual uma parte do seu rendimento vem de uma taxa de juros prefixada, enquanto a outra está atrelada ao IPCA, o medidor da inflação no Brasil. Aqui, o retorno exato só é conhecido no vencimento, já que a aplicação rende diariamente de acordo com o indicador.
Investindo no Tesouro IPCA e mantendo o título até o vencimento, você teria um rendimento real, ou seja, retornos ajustados à inflação.
Tesouro Educa+
O Tesouro Educa+ é um título pós-fixado (atrelado ao IPCA), criado para quem deseja planejar os estudos de filhos, netos ou até os próprios titulares, já que é basicamente um fundo educacional de longo prazo.
Nele, você escolhe uma data futura, próxima ao início dos estudos, e faz aplicações periódicas até lá. A partir da data escolhida, começa a receber pagamentos mensais por um período determinado, para servir de ajuda na hora de cobrir mensalidades, materiais e outros custos.
Tesouro RendA+
O Tesouro Renda+ é um título público pensado para quem deseja garantir uma renda mensal no futuro, especialmente durante a aposentadoria.
Ele funciona como uma espécie de aposentadoria complementar: você aplica no Renda+ ao longo dos anos e, a partir da data escolhida no momento da compra, começa a receber pagamentos mensais por 20 anos.
Como o título é pós-fixado, atrelado ao IPCA, é uma forma prática de planejar o longo prazo, preservando o poder de compra com o passar dos anos.
O Tesouro Direto é um investimento seguro?
Sim, como o Tesouro Direto é garantido pelo Governo Federal, é considerado um dos investimentos mais seguros do mercado. Ou seja, a chance de o governo deixar de pagar o que foi prometido é muito baixa.
Em um cenário hipotético de colapso econômico que levasse à quebra do Tesouro Direto, a inflação dispararia e o Banco Central teria que elevar a taxa Selic de forma significativa. Nessa situação extrema, os títulos atrelados à Selic e ao IPCA estariam mais protegidos, pois acompanham os movimentos da inflação e dos juros.
Não se esqueça: esse é um exercício meramente teórico, já que um colapso dessa magnitude é altamente improvável. O Brasil, hoje, possui uma estrutura econômica e institucional muito mais sólida e preparada para enfrentar crises do que em décadas passadas.
Além disso, caso a corretora ou banco intermediário venha a quebrar, o investimento continua seguro, pois é garantido pela União. Nessa situação, os títulos seriam automaticamente transferidos para outra instituição financeira, sob supervisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do próprio Tesouro Direto, sem prejuízo ao investidor.
Quais são os riscos do Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é um investimento seguro do ponto de vista de crédito, já que é garantido pelo Governo Federal. No entanto, ele não é isento de riscos: o principal deles é a oscilação no valor dos títulos antes do vencimento (risco de mercado), além do risco de liquidez em casos muito extremos e da possibilidade de perda do poder de compra se o investimento for mal planejado.
Entenda melhor cada um deles a seguir.
Risco de mercado (marcação a mercado)
Os títulos do Tesouro Direto têm seus preços atualizados diariamente, o que significa que podem se valorizar ou desvalorizar ao longo do tempo.
Se o investidor precisar vender o título antes do vencimento, pode receber um valor menor do que aplicou, dependendo das taxas de juros do momento. Isso não é um problema se o investidor segurar o título até o final, quando receberá exatamente a rentabilidade contratada.
Risco de liquidez
O Tesouro Nacional recompra os títulos todos os dias úteis, o que dá boa liquidez ao investimento.
No entanto, em cenários de crise econômica muito grave, pode haver dificuldades pontuais de liquidez. Ainda assim, esse risco é considerado muito baixo, especialmente em comparação com outros ativos de renda fixa.
Risco de perda do poder de compra (em títulos prefixados)
Nos títulos com taxa fixa, existe o risco de a inflação subir mais do que o previsto, fazendo com que o rendimento real do título (ou seja, descontada a inflação) seja negativo. Para objetivos de longo prazo, esse risco pode ser reduzido escolhendo títulos atrelados à inflação, como o Tesouro IPCA+.
Custos e requisitos para investir no Tesouro Direto
Antes de investir no Tesouro Direto, é importante que você esteja a par das taxas cobradas e do valor mínimo de aplicação.
Vamos entender melhor?
Taxas e custos
Os títulos do Tesouro Direto sofrem a incidência da taxa de custódia da B3, que atualmente se encontra em 0,2% ao ano. Esse valor é proporcionalmente aplicado ao investimento diariamente e cobrado nas seguintes situações:
- Na venda antecipada do título: a taxa de custódia acumulada até o momento da venda é descontada do valor que você vai receber;
- No vencimento do título: acontece o mesmo, ou seja, a taxa acumulada até o momento do recebimento do valor é deduzida;
- Nos pagamentos de juros: nos casos dos títulos que pagam juros semestrais, cada pagamento terá a dedução da taxa acumulada até a data em questão.
Valor mínimo
O valor mínimo para investir no Tesouro Direto varia de título para título, mas em geral as alternativas são bastante acessíveis, começando em apenas R$1. Embora o valor baixo seja uma vantagem para investidores iniciantes, lembre-se de que, para aumentar as chances de obter retornos significativos com a sua aplicação, é importante fazer aportes regulares nos títulos que adquirir.
Tributação e declaração no Imposto de Renda
O Imposto de Renda também incide sobre os títulos do Tesouro Direto, mas atenção: a alíquota é aplicada somente sobre o rendimento, não sobre o valor total investido.
A porcentagem, por sua vez, segue a dinâmica desta tabela regressiva:
| Prazo do investimento | Alíquota do IR |
| Até 180 dias | 22,5% |
| De 181 a 360 dias | 20% |
| De 361 a 720 dias | 17,5% |
| Acima de 720 dias | 15% |
Se você vender o seu título antes do vencimento, o IR cobrado será aquele relativo ao tempo que a aplicação permaneceu no seu portfólio.
É preciso declarar o Tesouro Direto no Imposto de Renda?
O Imposto de Renda nos títulos do Tesouro Direto é feito na fonte, ou seja, os investidores não precisam pagar nenhum imposto manualmente, já que a alíquota correspondente é recolhida automaticamente pela plataforma de investimento.
Quanto à declaração de IR, seus investimentos no Tesouro devem constar nas suas informações apenas se você se encaixar nos critérios de obrigatoriedade da Receita Federal. Nesse caso, é preciso preencher a declaração com as informações que constarão no informe de rendimentos enviado pela sua corretora ou banco.
Se você for isento de IR, então não é preciso fazer a declaração das suas aplicações no Tesouro Direto.
Como os títulos do Tesouro Direto são usados em fundos de previdência?
Os títulos do Tesouro Direto são usados em alguns fundos de previdência como ativos de renda fixa que ajudam a compor a carteira desses fundos, para fins de segurança e previsibilidade nos rendimentos — algo importante para investimentos de longo prazo, como é o caso da previdência privada.
Esses títulos, inclusive, costumam aparecer não somente em fundos de previdência de perfil conservador (que concentram a maior parte do patrimônio dos investidores na renda fixa), mas também de perfis arrojados também. Nesse contexto, os títulos do Tesouro Direto são uma forma de equilibrar o portfólio, diminuir a volatilidade e proteger o patrimônio dos investidores no longo prazo.
A título de informação, os fundos de previdência de renda fixa são aqueles que buscam investir em ativos de renda fixa, como títulos públicos, com o objetivo de gerar uma rentabilidade mais estável e previsível ao longo do tempo. Já os fundos de previdência multimercado são aqueles que investem em diversas classes de ativos, como ações, títulos públicos, câmbio, entre outros, buscando uma rentabilidade mais elevada, mas com maior risco e volatilidade.
Dicas práticas para quem vai começar a investir no Tesouro Direto
Se você pretende começar a investir no Tesouro Direto, é importante saber identificar qual título é mais adequado aos seus objetivos financeiros. Para isso, temos algumas dicas que podem te ajudar:
- Defina um objetivo claro para o investimento: antes de tudo, pense no motivo do investimento — é para formar uma reserva de emergência, guardar dinheiro para a aposentadoria ou comprar algo específico no futuro? Cada título do Tesouro atende melhor a um tipo de meta;
- Entenda os tipos de títulos disponíveis: o Tesouro Direto oferece três categorias principais (prefixado, pós-fixado e híbrido). Entenda cada um deles para definir qual se alinha melhor aos seus objetivos;
- Considere o prazo de vencimento do título: evite investir em um título com vencimento muito distante se você pode precisar do dinheiro antes. Resgatar antes do vencimento pode gerar prejuízos, especialmente em títulos prefixados e IPCA+;
- Abra conta em uma corretora confiável e sem taxas: para investir no Tesouro Direto, você precisa de uma conta em uma corretora habilitada. Prefira as que não cobram taxa de custódia adicional, além da taxa padrão da B3;
- Comece com pouco e acompanhe seus investimentos: você pode começar investindo com pouco, mas é importante ir ajustando sua estratégia e aporte conforme seu perfil e seus objetivos evoluírem.
Como investir no Tesouro Direto com a Grão?
Se você se interessou pelos títulos do Tesouro Direto, ou pelas possibilidades da renda fixa, mas não sabe por onde começar, vai gostar dessa notícia: aqui na Grão, temos o fundo ARCA Previdência Renda Fixa, que investe 100% do patrimônio em ativos dessa classe.
Esse é um plano de previdência privada ideal para objetivos de longo prazo e cujo portfólio é composto por Fundos de Fundos, a partir de uma seleção minuciosa das melhores gestoras de renda fixa do mercado.
E tem mais: é possível começar a aplicar a partir de R$100, o que torna o investimento acessível para qualquer investidor. Além disso, não praticamos taxa de carregamento e taxa de performance. Gostou? Então, vem saber mais sobre o Plano de Previdência ARCA Renda Fixa da Grão!




