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Reserva de Emergência: como fazer a sua?

Reserva de emergência: como criar a sua agora e sempre
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Imagine se em fevereiro de 2020 você tivesse uma reserva de emergência. Quantos problemas e dores de cabeça você teria evitado?

O período pandêmico foi um teste para as finanças de muita gente. Quem não tinha dinheiro guardado sofreu mais.

Se você ainda não tem a sua, vamos te mostrar a importância de começar agora. Além disso, vamos explicar:

  • Como fazer sua reserva;
  • Quais investimentos são ideais;
  • Quando usar o dinheiro guardado;
  • Como calcular o valor que você precisa ter na reserva e muito mais.

O que é a reserva de emergência?

Ela é um valor que você precisa juntar e guardar para o caso de algum problema financeiro. Algo que você não consiga resolver com o dinheiro da conta corrente. Por exemplo: a perda de um emprego, a necessidade de um remédio mais caro, ou um cano que estourou.

Mais abaixo você verá como calcular o valor que você precisa guardar na sua reserva.

Certo, mas será que faz sentido começar a construir essa reserva de emergência agora, no meio da pandemia? Claro! A questão não pode ser “quando começar?”, mas “como começar e levar adiante?”. 

Como fazer sua reserva de emergência?

Para fazer a sua reserva, a primeira coisa que você precisa é de planejamento financeiro. Ou seja, é necessário saber o quanto se ganha e o quanto se gasta.

Controle financeiro

Analisar todo o seu orçamento é o primeiro passo rumo à sua reserva. Você pode fazer isso usando planilhas ou aplicativos de finanças.

Depois de fazer o seu orçamento, escolha uma despesa fixa para tirar do seu dia a dia. Não é porque a despesa é fixa (acontece todo mês) que ela é necessária.

Por exemplo, será que você precisa de TV por assinatura e serviço de streaming de vídeo ao mesmo tempo? Ou provedor de internet e plano de celular?

Para reduzir as despesas, mesmo que por um tempo, você pode fazer escolhas e cancelar alguns serviços.

Negociação de dívidas

De nada adianta pensar em fazer uma reserva de emergência se você está pagando dívidas. É como você tentar encher um balde furado ou enxugar gelo.

Em outras palavras, você tem um esforço muito maior para economizar, mas os juros comem todo o seu dinheiro.

Para acabar com esse ciclo negativo, negocie suas dívidas quanto antes. Procure o banco ou a loja e faça um acordo.

Aproveite feirões para limpar o nome e parar de pagar juros. Depois de pagar as dívidas, você consegue economizar e guardar seu dinheiro.

Controle as parcelas

Outro ralo de dinheiro e que te impede de fazer sua reserva de emergência são as parcelinhas.

Fazer crediário, carnê ou parcelar a perder de vista são obstáculos. Diminua a quantidade de compras parceladas e tente pagar o máximo possível à vista. Assim, sobra mais dinheiro para sua reserva.

Investimento para a reserva de emergência

Depois de baixar seus gastos, cortar despesas desnecessárias e fazer algumas economias, agora é hora de guardar dinheiro.

Para reservas de emergência, o ideal é que o dinheiro seja investido em ativos de maior segurança e menos volatilidade. Isso porque um reserva precisa estar disponível a todo momento e, investir em aplicações com baixa liquidez, como imóveis, por exemplo, podem prejudicar o acesso a ela nos momentos necessários.

Por isso, além da conhecida poupança — que não é a melhor opção já que possui baixa rentabilidade — existem outros investimentos que podem te ajudar nessa missão. Confira alguns deles!

Imagem de celular com app Grão aberto para começar a investir na previdência

Tesouro Direto

Uma opção para sua reserva de emergência é o Tesouro Direto. Eles são títulos públicos.

Neste caso, você pode escolher entre os três tipos de Tesouro abaixo:

  • IPCA+ = título atrelado à inflação;
  • Selic = título atrelado à Selic, a taxa básica de juros;
  • Prefixado = título com taxa fixada previamente.

Neste caso, você tem a segurança do Tesouro Nacional, mas tem algumas limitações. 

Por exemplo: só pode fazer aplicações a partir de R$ 30,00. E no caso de saque, demora um dia útil para receber o dinheiro de volta.

Fundos de investimento

Além do Tesouro Direto, existem pessoas que costumam guardar a reserva de emergência em fundos de investimentos.

Neste caso, é preciso tomar cuidado com as taxas administrativas e ficar atento à rentabilidade. Existem vários fundos disponíveis nos bancos e corretoras. 

A questão é que quanto maior a rentabilidade, maior o risco. Ou seja, um dia seu dinheiro pode estar maior e no outro, estar menor.

Os fundos também costumam ter taxas administrativas que são descontadas da rentabilidade. Então é importante saber que o rendimento pode ser menor do que outros investimentos.

Quando usar a reserva de emergência?

Como o nome já diz, essa reserva é para ser usada em situações inesperadas e urgentes. Por exemplo, em caso de desemprego, dívidas que não cabem no orçamento ou doenças.

A ideia é guardar dinheiro para evitar pedir empréstimo ou entrar no cheque especial e rotativo do cartão de crédito.

A reserva de emergência não deve ser usada para o lazer, para férias ou para gastos supérfluos. Cuide bem do seu dinheiro.

Ele também não deve ser usado até acabar. Assim que passar a emergência, comece a recompor o dinheiro para se proteger numa próxima situação. Ok?

Como calcular a reserva de emergência?

A dica dos educadores financeiros é ter na reserva de emergência o equivalente a 6 meses dos seus gastos. Mas o valor ideal que você deve guardar precisa fazer sentido para sua realidade.

Isso quer dizer que um trabalhador autônomo, que tem renda variável, precisa ter um valor maior acumulado. Já um servidor público, que tem estabilidade, pode ter uma reserva um pouco menor.

Em outras palavras, você precisa entender quais as chances de você ficar muito tempo sem receber dinheiro algum.

Vamos ao cálculo da reserva:

  1. Some todas as suas despesas. Inclua tudo: aluguel, água, luz, condomínio, financiamentos, celular, transporte, cartão, alimentação. Tudo o que você gasta em um mês precisa estar nessa conta.
  2. Agora multiplique por 6.
  3. O resultado é o valor que você deve juntar na sua reserva de emergência.

Exemplo:

  • Se você ganha R$ 2.000, poderia guardar 10% por mês, ou seja R$ 200,00.
  • Isso ainda deixaria R$ 1.200 para as contas básicas, R$ 400 para o cartão de crédito e R$ 200 para educação.

Ter uma reserva de emergência é sempre fundamental

A reserva de emergência é uma aliada e, em momentos como crises ou a pandemia que passou, é ainda mais necessária.

Ter dinheiro guardado para situações inesperadas tiraria um pouco do peso e da preocupação envolvidos.

Em resumo, não existe momento ideal para começar a juntar dinheiro e turbinar as finanças. O importante é, independente dos seus objetivos, contar com boas práticas financeiras, para isso, leia nosso outro texto do blog e entenda o que é educação financeira e por que ela é tão importante.

2 comentários em “<strong>Reserva de Emergência: como fazer a sua?</strong>”

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