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Como começar a investir do zero: objetivos e como evitar erros

começar a investir do zero
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Talvez você nunca tenha investido antes. Porém, se chegou nesse conteúdo hoje, é porque está cogitando gerenciar o seu dinheiro de maneira mais eficiente. Acertamos?

Investir é muito mais simples do que parece e, só de chegar até aqui, já vai sair na frente: neste artigo, explicamos como dar os primeiros passos e quais erros básicos evitar.

Topa descomplicar os investimentos financeiros e aprender mais sobre o assunto? Seguindo nessa leitura, você poderá entender:

  • Qual é o melhor tipo de investimento para iniciantes?
  • Quais os melhores investimentos para quem está começando?
  • 5 dicas de investimento para quem é iniciante.

No final, ainda reservamos uma dica extra sobre quem pode te ajudar a tomar decisões mais informadas, colocar as contas em dia e construir um bom portfólio de investimentos.

Vamos lá?

Por que começar a investir?

Começar a investir é mais do que simplesmente aumentar seu dinheiro — é conseguir tomar as rédeas da sua vida financeira, construir um futuro mais confortável e com menos aperto

Quando você investe, gradualmente vai transformando a sua relação com o dinheiro. Na prática, funciona assim: mais do que enxergar esse recurso como um meio de pagar contas ou fazer compras, começa a vê-lo como uma ferramenta para aumentar sua qualidade de vida. Abrir um negócio, se aposentar com tranquilidade, viajar, sair do aluguel, estudar, viver de renda — essas são algumas das realizações possíveis quando você aprende a preservar e a otimizar o seu patrimônio.

E tem mais: investir também é uma forma de se proteger contra a erosão do valor do dinheiro. O que acontece é o seguinte: com o tempo, a inflação corrói o poder de compra. Consequentemente, deixar seu dinheiro parado significa que ele vai perder valor a longo prazo. Quando você investe, porém, busca retornos que não só compensam a inflação, mas também a superam.

Como definir objetivos financeiros antes de começar a investir?

Como definir objetivos é uma tarefa que vai servir de base e orientação para as suas decisões financeiras, é importante que, nessa etapa, você siga essas dicas:

  1. Tenha clareza sobre o que você quer alcançar: quando você sabe onde quer chegar (comprar um imóvel, se aposentar, viajar etc.), fica mais fácil traçar um plano mais adequado;
  2. Estabeleça metas de curto, médio e longo prazo: considere até 2 anos para curto prazo, de 2 a 5 anos para médio e mais de 5 anos para o longo prazo;
  3. Defina valores concretos: saiba quanto dinheiro você precisa para cada objetivo, levando em conta a inflação e possíveis custos adicionais ao longo do tempo;
  4. Determine o seu perfil de risco: entenda qual o grau de risco você está disposto a arriscar para alcançar suas metas. Em geral, iniciantes tendem a ser mais conservadores.

Como começar a investir do zero?

Se você nunca investiu e está prestes a começar, seguir esse passo a passo vai facilitar a sua jornada:

  • Quite as dívidas;
  • Construa uma reserva de emergência;
  • Defina objetivos claros;
  • Entenda qual é o seu perfil de investidor;
  • Selecione um investimento para começar;
  • Aprenda sobre investimentos;
  • Acompanhe o mercado;
  • Mantenha uma perspectiva realista.

Vamos juntos entender como proceder em cada uma dessas etapas.

Quite as dívidas

Antes de mais nada, é preciso se livrar das dívidas que possui, bem como evitar contrair novas despesas. Lembre-se que os débitos acumulados se tornam maiores com o passar do tempo, por conta do acréscimo de juros — o que causa um efeito “bola de neve” na sua situação financeira.

Dica: se o seu caso já tiver se agravado, tente renegociar as dívidas com os seus credores e obter condições de pagamento mais favoráveis.

Além disso, não considere fazer investimentos com o objetivo de quitar seus débitos. Como os valores devidos vão aumentando gradativamente por conta dos juros, é impossível que qualquer aplicação ofereça um retorno alto o suficiente para superá-los.

Construa uma reserva de emergência

Imprevistos acontecem e a única maneira de manter o controle frente a uma situação inesperada é contando com uma reserva de emergência à disposição. O tamanho dessa reserva muda de uma pessoa para a outra, porém, na dúvida, você pode se basear nessas orientações:

  • Trabalhadores em regime CLT: valor suficiente para custear os gastos fixos por até seis meses em caso de perda de renda; 
  • Autônomos: valor suficiente para custear os gastos fixos por até 12 meses em caso de perda de renda (considerando que esse regime de trabalho tende a ser mais instável que o de um trabalhador CLT).

Para juntar recursos, você pode, inclusive, começar a investir com esse objetivo. Aqui, o ideal é que os títulos escolhidos priorizem a segurança e ofereçam liquidez diária. Ou seja, a possibilidade de você resgatar o dinheiro com facilidade se eventualmente necessitar.

Defina objetivos claros

É bastante difícil manter a constância e a disciplina quando você não tem nenhum propósito específico em mente. Ainda, é impossível traçar uma estratégia eficaz sem uma meta para servir de norte.

Por isso, antes de fazer qualquer aplicação, saiba quais são os seus objetivos de curto, médio e longo prazo. Caso não tenha ideia de quais são os seus, dá uma olhada em alguns frequentemente elencados pelos investidores:

Entenda seu perfil de investidor

O perfil de investidor é uma classificação que aponta qual é o seu grau de tolerância ao risco ao investir. Com o seu em mente, se torna capaz de tomar decisões mais alinhadas à sua estratégia e expectativas.

O resultado geralmente é descoberto a partir de um questionário aplicado por corretoras de valores, ou por planejadores financeiros — caso você conte com um. 

Os quatro tipos de perfis são:

Perfil de investidorDescriçãoExemplos de títulos
ConservadorPrefere segurança, evita riscos e foca na preservação de capital.Tesouro Selic e CDBs de grandes bancos.
ModeradoAceita um pouco de risco em troca de maior rentabilidade, mas ainda prioriza a segurança.CDBs pós-fixados, LCIs, LCAs s e fundos de renda fixa.
ArrojadoTolera mais risco, busca maior rentabilidade e aceita certa volatilidade.Fundos multimercado, ações e debêntures.
AgressivoBusca a máxima rentabilidade, consciente dos altos riscos.Ações de empresas emergentes, FIA (Fundos de Ações) e criptomoedas.

Vale fazer uma ressalva importante: o perfil de investidor serve apenas para balizar os tipos de ativos que vão ser predominantes em sua carteira. Porém, isso não impede que você faça aplicações em outras classes. Um investidor moderado, por exemplo, pode investir em ações e outros produtos mais arriscados. Essa alocação, no entanto, terá uma porcentagem de participação menor do que em uma carteira arrojada.

Selecione um investimento inicial

Depois de conhecer o seu perfil, encontre uma primeira aplicação para realizar. Isso não significa que você deva colocar todo o seu dinheiro em um ativo só, mas sim que é importante começar aos poucos para ganhar confiança e experiência no mercado.

Investidores iniciantes tendem a ser bastante conservadores. Por isso, uma boa ideia é escolher um título que tenha alta liquidez, baixo risco e uma dinâmica simples de funcionamento — ou seja, uma aplicação de renda fixa.

Aprenda sobre investimentos

Entender em detalhe as características de cada tipo de investimento é indispensável para que você saiba exatamente qual ativo escolher para incluir no portfólio. Além disso, é importante que busque entender o que são ciclos econômicos, inflação, câmbio e todos os conceitos do mercado econômico e de investimentos que definitivamente vão impactar os seus retornos.

Lembre-se: a educação financeira é uma jornada contínua. 

Acompanhe o mercado

A educação financeira serve para fins práticos. Em outras palavras, significa que você deve usar seu conhecimento para acompanhar as oscilações do mercado financeiro e, acima de tudo, saber como interpretá-las

Ficar de olho nas notícias e conferir análises de profissionais que entendem do assunto é útil para que você ajuste a sua estratégia de aplicação (se necessário) e também para evitar que o desconhecimento faça com que você tome decisões por impulso.

Mantenha uma perspectiva realista

Ganho passado não é garantia de retorno futuro. Essa é uma das primeiras lições que você precisa aprender a investir para não nutrir nenhuma expectativa irreal sobre suas aplicações.

Além disso, não caia em falsas promessas de ganhos altos e rápidos, nem invista com a intenção de “enriquecer da noite para o dia”. Investimento é sobre constância e construção. No processo, o mais importante é que você tenha disciplina e se comprometa com a missão de otimizar o seu patrimônio. Aqui, a pressa pode te levar a muitos prejuízos.

Quais são os melhores tipos de investimento para iniciantes?

Tesouro Direto, CDBs, Fundos de Investimento de Renda Fixa, LCIs e LCAs são as alternativas de investimentos mais adequadas para iniciantes. Como são de renda fixa, apresentam mais estabilidade e previsibilidade de retorno.

Entenda cada um deles a seguir.

Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um programa criado pelo Tesouro Nacional em parceria com a B3, lançado em 2002, que veio com o objetivo de facilitar o acesso dos brasileiros a títulos públicos emitidos pelo Governo Federal.

Há diferentes tipos de títulos de Tesouro Direto disponíveis como: o Tesouro Selic, que acompanha a Selic, a taxa básica de juros; o Tesouro Prefixado, que garante uma rentabilidade já pré-definida; e o Tesouro IPCA+, que protege o seu patrimônio contra a inflação. 

Cada alternativa se adequa a perfis diferentes de investidores, independentemente de a estratégia em questão ser de curto ou longo prazo.

No que diz respeito ao formato de remuneração, há três tipos: prefixado, pós-fixado e híbrido. Olha só:

  • Prefixado: uma taxa fixa de juros é apresentada no momento da aplicação e, por isso, desde o início o investidor sabe quanto vai receber futuramente;
  • Pós-fixado: o rendimento está atrelado à taxa Selic, por isso, o investimento vai se igualar à taxa básica de juros, embora não se saiba ao certo quanto será recebido;
  • Híbrido: mescla características prefixadas e pós-fixadas, ou seja, uma parcela do rendimento é corrigida pela inflação, seguindo o IPCA, e a outra é fixa.

Por serem emitidos pelo Governo Federal, os títulos do Tesouro Direto são extremamente seguros. Além disso, são acessíveis — há opções disponíveis para compra a partir de apenas R$ 30.

Não menos importante, temos também a liquidez. Ou seja, se precisar do dinheiro antes do vencimento do título, você pode fazer um resgate com relativa facilidade.

Importante: toda vez que você fizer um resgate antecipado, o preço do título será ajustado de acordo com a marcação a mercado. Ou seja, a quantia será aquela que o título está valendo no momento da transação. Na prática, isso significa que existe a chance de você sair no prejuízo ou até ter que arcar com tributações extras na negociação. Por isso, tome cuidado e estude bastante antes de investir.

CDB

Aqui, temos os Certificados de Depósitos Bancários (CDB). Eles são emitidos por bancos, por isso, quando você aplica em um CDB, é como se estivesse “emprestando” dinheiro à instituição. Assim como acontece no Tesouro Direto, é possível optar entre três formatos de remuneração: prefixada, pós-fixada e híbrida

Em geral, a rentabilidade do CDB está atrelada ao CDI — taxa que normalmente se encontra bastante próxima à taxa Selic. Outra característica marcante desse tipo de aplicação é a variedade de graus de liquidez disponível. Ou seja, você pode tanto encontrar CDBs com liquidez diária, como títulos com prazos de vencimento mais longos.

Os CDBs também são tidos como aplicações extremamente seguras, especialmente por contarem com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para valores de até R$250.000,00 por instituição financeira, por CPF. Importante: a devolução de quaisquer valores perdidos não é automática e cabe ao investidor iniciar o processo de solicitação do reembolso.

Fundos de Investimento de Renda Fixa

Fundos de Investimento são modalidades coletivas de aplicação, nas quais um gestor profissional reúne o patrimônio de todos os cotistas e o distribui entre diferentes ativos, a depender de qual é a estratégia praticada. É, então, uma forma de obter diversificação instantânea e contar com um especialista por trás das decisões de aporte.

No caso dos Fundos de Renda Fixa, a maior parte dos recursos é destinada a títulos dessa classe. Para quem é iniciante, a alternativa é uma boa maneira de adquirir, com apenas um aporte, um cesto completo de ativos.

Importante: Fundos de investimento podem ter estratégias distintas, mesmo quando operam dentro de uma mesma classe. Por isso, antes de fazer uma aplicação, leia com atenção os documentos divulgados pela gestora.

LCI e LCA

As siglas significam, respectivamente, Letra de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito do Agronegócio. Ambas são emitidas por instituições financeiras e servem para financiar os setores que dão nome a estes ativos. Assim como os CDBs, as LCIs e LCAs  também contam com a proteção do FGC.

Outra vantagem é que as duas aplicações estão isentas de Imposto de Renda, o que otimiza o rendimento líquido no final do prazo de investimento. Assim como demais alternativas de renda fixa, estas também oferecem variações prefixadas, pós-fixadas e híbridas.

Quais são os erros comuns de investidores iniciantes?

Alguns dos erros mais comuns entre os investidores iniciantes e que podem perfeitamente ser evitados são:

  • Deixar o dinheiro na poupança;
  • Querer se tornar milionário da noite para o dia;
  • Colocar todo o dinheiro em uma classe de ativos só;
  • Não analisar taxas e custos adicionais;
  • Não pedir ajuda a um especialista.

Para que você entenda melhor porque essas decisões são equivocadas, explicamos cada uma a seguir.

Deixar o dinheiro na caderneta de poupança

Por ser conveniente e segura, há quem simplesmente deixe todo o patrimônio acumular em uma conta-poupança, sentindo um eterno receio de migrar para outras aplicações. No entanto, a caderneta tem uma desvantagem enorme: seu rendimento é bastante baixo.

Para você entender melhor, esse é o rendimento da poupança: a rentabilidade é de apenas 70% da Selic quando a taxa está abaixo de 8,5% ao ano + TR (Taxa Referencial); e 0,5% ao mês + TR quando a Selic está acima de 8,5%. A Taxa Referencial, inclusive, está historicamente em zero, ou bastante próxima disso.

Se investisse em no Tesouro Selic, por exemplo, iria receber de 90% a 100% da Selic — 20% ou 30% a mais do que receberia na poupança. Inclusive, mesmo com o desconto do Imposto de Renda, o rendimento do Tesouro Selic continua sendo maior.

Distribuir o seu dinheiro em outros títulos sempre será uma ideia melhor, mesmo que a sua prioridade seja a segurança. Afinal, há alternativas de renda fixa tão seguras quanto a Poupança — com a vantagem extra de oferecer retornos muito mais atrativos.

E tem mais: o processo de investir não é complicado. Abrir conta em uma corretora de valores ou fazer aplicações pela plataforma do seu banco é geralmente fácil e bastante intuitivo, assim como a caderneta.

Querer se tornar milionário da noite para o dia

No mercado de investimentos, não existe milagre. Inclusive, qualquer promessa de retornos altos e rápidos merece a sua desconfiança. Além disso, é importante que você entenda que investir é questão de construção e, para atingir suas metas, é ideal que elas sejam realistas.

Se nutrir expectativas impossíveis, as chances de frustração são extremamente altas. Quando estabelecer os seus objetivos, leve em consideração o tamanho dos aportes que você pretende fazer, a constância e a taxa de retorno do seu portfólio.

Colocar todo o dinheiro em uma classe de ativos só

A diversificação é uma das estratégias mais basilares do mercado e serve para equilibrar o grau de risco das suas aplicações, além de potencializar seus retornos. 

Aqui, a lógica é a seguinte: imagine que você depositou todos os seus recursos em uma única ação, ou em um único segmento, e estes passaram por uma desvalorização significativa. Nesse caso, seu prejuízo seria massivo e não haveria outro título “para segurar as pontas” e compensar suas perdas. 

Esse é apenas um exemplo bastante simplista de como o mercado funciona, mas ainda assim serve para que você entenda a importância de manter um portfólio diversificado. Mesmo que comece investindo unicamente em renda fixa, ainda é possível mesclar títulos de diferentes emissores ou com formatos distintos de remuneração.

Não analisar taxas e custos adicionais

Para além da tributação do Imposto de Renda, é importante que você fique de olho em algumas cobranças extras que existem em alguns investimentos, como taxas de administração e de custódia. A depender da porcentagem praticada, uma parte do seu rendimento pode ser corroída.

Quando fizer suas avaliações, cheque se a taxa realmente vale a pena e fuja de cobranças abusivas. Na Previdência Privada, por exemplo, algumas instituições mais tradicionais cobram taxa de carregamento, que acaba “comendo” parte do capital aplicado e até faz o investimento ficar abaixo da inflação.  

Não pedir ajuda a um especialista

Contar com o auxílio de quem entende do assunto pode te economizar bastante tempo de análise e te ajudar a aproveitar melhores oportunidades de aplicação.

Caso busque um planejador financeiro, não se esqueça de verificar a procedência do profissional ou da empresa que está prestando o serviço. Lembre-se, ainda, de que essas figuras precisam de autorização para atuar dessa forma.

Contando com esse apoio, você consegue traçar estratégias personalizadas, montar um portfólio adequado para os seus objetivos e até mesmo colocar as finanças em ordem.

Não sabe como começar a investir?

Nós te ajudamos! Sabia que a Grão conta com o serviço de planejadores financeiros? Ou seja, profissionais especializados que podem te ajudar a colocar as finanças em ordem, definir suas prioridades e metas, além de te ajudar a construir um portfólio sustentável — não importa se você é iniciante ou não.

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