Entenda a diversidade dos fundos de investimento de renda fixa e descubra como escolher o mais adequado para seu perfil e objetivos.
No mercado financeiro, os fundos de investimentos em renda fixa ocupam uma posição de destaque, especialmente pela sua segurança e diversidade de possibilidades.
Mas, antes de dar o primeiro passo, é essencial conhecer bem os diferentes tipos de fundos de renda fixa e como escolher o melhor para você. Para isto, acompanhe este artigo até o final. Boa leitura!
O que são fundos de investimento de renda fixa?
Os fundos de investimento em renda fixa são investimentos coletivos que reúnem recursos de diversos investidores, os cotistas, para a compra de ativos de renda fixa.
Esses fundos são geridos por profissionais especializados, que decidem onde e quando investir, de acordo com a política de investimento do fundo e das condições do mercado.
Os ativos de renda fixa são títulos emitidos tanto pelo governo quanto por empresas privadas. Eles funcionam como um empréstimo que você faz ao emissor e em troca recebe uma remuneração, que pode ser prefixada, pós-fixada ou atrelada a algum índice de inflação.
Vantagens e riscos
Os fundos de renda fixa oferecem algumas vantagens notáveis. Primeiramente, eles permitem a diversificação, já que são compostos por vários títulos de renda fixa. A gestão profissional também é um ponto positivo, já que os gestores têm experiência e ferramentas para tomar decisões informadas, poupando o investidor dessa tarefa.
Entretanto, os fundos de renda fixa não estão livres de desafios. O principal deles é o risco de crédito, que é a possibilidade do emissor do título não honrar seus compromissos financeiros. Além disso, apesar de serem considerados mais seguros, esses fundos não têm garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), algo que é comum em outras aplicações de renda fixa.
Tipos de fundos de renda fixa
Existem diversos tipos de fundos de renda fixa disponíveis no mercado, e compreender suas diferenças é essencial para escolher o mais adequado às suas necessidades e objetivos financeiros. Vamos detalhar agora os principais:
Fundos simples
Este é o tipo mais básico de fundo de renda fixa. O objetivo é superar a poupança e oferecer liquidez diária ao investidor. Eles investem em títulos públicos ou privados de baixo risco, com prazos curtos, o que ajuda a mitigar o risco de volatilidade dos preços.
Fundos referenciados
Estes fundos têm o objetivo de acompanhar algum índice de referência, geralmente o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Para isso, eles investem na maior parte em títulos públicos ou privados atrelados a este índice. São uma opção segura para quem deseja uma rentabilidade próxima à do mercado interbancário.
Fundos de curto prazo
Esses fundos investem em títulos públicos federais ou privados de baixo risco, com prazo médio de carteira inferior a 60 dias. São menos sensíveis às variações das taxas de juros, o que os torna uma alternativa para investimentos de curtíssimo prazo.
Fundos de longo prazo
Aqui, a carteira do fundo investe em títulos com prazos maiores, o que pode gerar mais retorno, mas também implica em mais riscos. Portanto, são indicados para quem pode deixar o dinheiro aplicado por mais tempo e tolerar uma maior volatilidade.
Fundos de dívida externa
São fundos que investem em títulos de dívida emitidos por entidades externas, ou seja, fora do Brasil. Esses fundos oferecem a possibilidade de diversificação geográfica e exposição a outras moedas.
Fundos de crédito privado
Esses fundos aplicam a maior parte de seus recursos em títulos privados, isto é, emitidos por empresas. Eles têm potencial de oferecer uma rentabilidade maior, mas também apresentam um risco de crédito mais alto.
Tipos de ativos para investimento
Os fundos de renda fixa podem investir em uma série de ativos diferentes. Conheça agora os principais:
Títulos públicos federais
São ativos emitidos pelo Tesouro Nacional, com o objetivo de financiar a dívida pública. São considerados os investimentos mais seguros do país.
Crédito privado
São títulos emitidos por empresas para financiar suas operações. Podem oferecer retornos maiores, mas o risco pode ser maior também.
Crédito bancário
Inclui títulos emitidos por bancos, como CDBs, LCIs e LCAs. Também têm um risco de crédito associado, mas podem ser garantidos pelo FGC.
FIDCs (fundos de investimento em direitos creditórios)
FIDCs são fundos de investimento que adquirem e gerenciam direitos creditórios. Eles compram os direitos creditórios das empresas originadoras, fornecendo a elas liquidez imediata. Assim, em vez de esperar o pagamento dos seus recebíveis no futuro, as empresas recebem à vista do FIDC, que assume o direito de receber esses pagamentos futuros.
Os cotistas do FIDC, por sua vez, ganham com o spread entre o valor pago aos credores e o valor recebido dos devedores, além das taxas de juros embutidas nesses pagamentos.
Direitos creditórios são basicamente créditos que uma empresa tem a receber, como duplicatas, cheques, contratos de aluguel, parcelas de cartões de crédito, entre outros.
Eles permitem ao investidor acessar um tipo de ativo – os recebíveis – que, de outra forma, não estaria disponível para investimento individual. Além disso, os FIDCs geralmente oferecem retornos superiores aos da renda fixa tradicional, devido ao maior risco envolvido.
Fundos de investimento de renda fixa: como escolher?
A escolha do fundo de investimento em renda fixa ideal depende de diversos fatores. O primeiro passo é entender seu perfil de investidor e seus objetivos financeiros. A tolerância ao risco, o prazo de investimento e as expectativas de retorno são elementos fundamentais a considerar.
Pesquise sobre o fundo, seu histórico de rentabilidade, as taxas cobradas e o gestor responsável. Também é importante verificar a qualidade dos ativos que compõem a carteira do fundo, bem como sua diversificação.
Conhecer e entender os diferentes tipos de fundos de investimento em renda fixa é a chave para fazer escolhas de investimento informadas. Com a combinação certa de conhecimento e estratégia, você pode usar esses fundos para alcançar seus objetivos financeiros e proteger seu patrimônio.
E lembre-se, a ajuda de um assessor financeiro pode ser uma grande aliada nessa jornada.