Multiplicar o patrimônio, ter o seu dinheiro trabalhando por você, viver de renda… Essas ideias já passaram pela sua cabeça? Embora alcançar metas dessa magnitude exija esforço, tempo e conhecimento, elas definitivamente não são impossíveis. Para torná-las realidade, um dos caminhos mais eficazes é o investimento financeiro.
De maneira resumida, se trata da compra de ativos e da obtenção de lucros nessa negociação, seja pela valorização do que foi adquirido, ou pelo pagamento de juros. Não entendeu? Então, siga conosco, pois vamos explicar em detalhes:
- O que é investimento financeiro;
- O que não é considerado investimento;
- Para que serve;
- Como começar investir;
- Quais os tipos de ativos disponíveis;
- Quais os desafios a serem superados pelos investidores.
No final, ainda oferecemos um atalho para você começar hoje mesmo uma jornada de organização financeira, no intuito de começar a investir e ver o seu patrimônio aumentar. Vamos lá?
O que é investimento financeiro?
Um investimento financeiro se trata da alocação de recursos em ativos como ações, títulos públicos e fundos de investimento, com o objetivo de obter retornos futuros.
Esse retorno, por sua vez, pode acontecer de diferentes maneiras, como a valorização do ativo, o pagamento de dividendos ou o acréscimo de juros.
Resumidamente, investir é uma forma de fazer o dinheiro trabalhar para você, aumentando seu patrimônio ao longo do tempo. Assim, em vez de deixar os seus recursos parados em uma conta corrente ou poupança, sem nenhuma valorização, é possível torná-lo maior, garantindo o seu poder de compra e estabilidade futuros.
O que não é considerado um investimento financeiro?
Casa própria, moedas estrangeiras, poupança, consórcio e títulos de capitalização são algumas das possibilidades financeiras que não são consideradas investimentos. A razão para tal é que nenhuma delas segue a dinâmica de multiplicar o seu patrimônio com o passar do tempo.
Os detalhes, é claro, vão além. Siga a leitura para entender as razões.
1 – Casa própria
Primeiramente, vale reforçar que uma casa é apenas um bem de consumo. Por isso, não resulta em retornos financeiros diretos, ao contrário do que muitos acreditam.
Enquanto ações, títulos e fundos têm o potencial de gerar renda ou valorizar ao longo do tempo, uma casa ou apartamento requer o consumo de dinheiro contínuo, para fins de manutenção, impostos, contas e seguros.
Por mais que o local eventualmente valorize no futuro, nenhum lucro é garantido e vai variar bastante de acordo com o mercado imobiliário e outros fatores. Assim, embora uma casa própria ainda seja sinônimo de estabilidade e segurança, a aquisição de um imóvel não se encaixa no sentido estrito da palavra “investimento”.
2 – Moedas estrangeiras
Quem compra dólar ou euro na esperança de fazer um bom investimento está, na verdade, meramente se protegendo contra flutuações cambiais. No entanto, a palavra mais adequada a essa estratégia não seria “investir”, mas sim “negociar”.
Para começar, moedas estrangeiras não oferecem os mesmos benefícios de crescimento que outros ativos, como ações ou títulos. Por exemplo, ao adquirir ações, você se torna o titular de uma pequena fração da empresa emissora, aproveitando os possíveis lucros e valorizações da instituição ao longo dos anos.
Da mesma maneira, títulos possibilitam o aumento de renda por meio do pagamento regular de juros — atributos não encontrados em nenhuma moeda internacional.
Se a ideia for aproveitar as oscilações e solidez de outras nações, a melhor decisão é buscar por ativos internacionais.
3 – Poupança
A poupança é uma escolha clássica do brasileiro, que encontra vantagens na suposta praticidade de guardar as economias no mesmo banco onde mantém uma conta corrente. No entanto, acaba sendo o maior equívoco de quem almeja ver o patrimônio render.
Em primeiro lugar, a rentabilidade da poupança é uma das mais baixas do mercado, mesmo em comparação com outros produtos de renda fixa igualmente seguros. Atualmente, sua taxa de rendimento está vinculada à taxa básica de juros da economia, a Selic, o que significa que, se a Selic estiver acima de 8,5%, a poupança renderá 0,5% ao mês (ou 6% ao ano). Caso contrário, o rendimento será ainda menor, representando cerca de 70% da taxa.
Além disso, a poupança pode resultar em perdas reais devido à inflação. Em muitos casos, seu rendimento é negativo ou muito próximo de zero em comparação com os índices inflacionários. Em 2021, por exemplo, o rendimento real da poupança foi de -7,46%. Em termos mais simples, esse número significa que, após o desconto da inflação, os investidores perderam dinheiro em vez de lucrarem.
4 – Consórcios
Um consórcio funciona assim: você contribui mensalmente para um fundo comum com outros participantes, e apenas um membro é contemplado por mês, por meio de sorteio ou lance. Logo, não há nenhuma garantia de quando (e se) será contemplado, além de não receber nenhum retorno financeiro enquanto espera.
Vale lembrar que, mesmo quando o seu momento chega, geralmente há taxas administrativas e de seguro a serem pagas, reduzindo o valor total recebido. Logo, essa opção funciona mais como uma simples forma de poupar dinheiro para adquirir um bem específico, do que um investimento.
5 – Títulos de capitalização
Embora os títulos de capitalização sejam amplamente divulgados e distribuídos pelos bancos, é importante entender que essa modalidade não é um investimento, mas sim um tipo de seguro, regulamentado pela Susep.
No que diz respeito ao seu funcionamento, temos uma espécie de “poupança programada”, onde parte do dinheiro é direcionada mensalmente para a compra do título. Durante o período de vigência, você participa de sorteios para concorrer a prêmios (dependendo unicamente da sorte para conquistá-los) e, ao final, resgata o valor total investido.
Se, à primeira vista, essa dinâmica parece uma boa ideia, nós temos algumas razões para afirmar o contrário:
- Dependência total da sorte para receber prêmios, sem garantia de retorno;
- Baixo rendimento, geralmente menor que o da poupança, devido à taxa referencial próxima a zero;
- Taxas de administração e custos associados que reduzem ainda mais os retornos potenciais;
- Falta de liquidez, o que significa que, se precisar do dinheiro antes do prazo, pode sofrer prejuízos ao realizar o resgate antecipado.
Para que serve o investimento financeiro?
A resposta simplificada para essa pergunta seria “para fazer o dinheiro render”. Por si só, o argumento já configura razão suficiente para começar a investir. No entanto — e felizmente — os benefícios vão além. Olha só:
1 – Crescimento do patrimônio
Ativos financeiros garantem retornos aos seus titulares por meio da valorização gradual ou do acréscimo de juros no resgate do montante aplicado. Assim, em vez de deixar o seu dinheiro parado e perder poder aquisitivo com o passar do tempo, você tem a possibilidade de multiplicar o patrimônio sem precisar trabalhar para isso.
2 – Proteção contra a inflação
Quando falamos em perder o poder aquisitivo, nos referimos à alteração nos preços dos produtos com o passar dos anos por conta de vários fatores, entre eles a inflação. Certos investimentos têm potencial para superar essas taxas de inflação, servindo para garantir o valor do seu capital no futuro.
Para você entender melhor, experimente essa lógica simples: você consegue comprar hoje, com R$100, tudo o que seria possível adquirir 10 anos atrás com o mesmo valor? Com certeza não. Ou seja, de nada vale deixar as suas economias paradas para resgatá-las após muitos anos, sem render, já que o valor do dinheiro não será o mesmo.
3 – Geração de renda passiva
Normalmente, a renda de um cidadão vem do seu trabalho. Agora, imagine receber uma quantia regularmente sem precisar empreender esse tipo de esforço — essa prática tem nome e se chama renda passiva.
Dividendos de ações ou títulos públicos com pagamentos semestrais de juros, por exemplo, geram lucros com determinada frequência, se tornando uma fonte adicional de recursos financeiros.
Aqui, inclusive, deixamos a dica de reinvestir essas entradas extras para aumentar a proporção de multiplicação do seu patrimônio.
4 – Realização de sonhos e objetivos financeiros
Muitas pessoas têm metas específicas em mente, como comprar uma casa, viajar pelo mundo ou garantir uma aposentadoria confortável.
No entanto, alcançar esses objetivos exige recursos significativos e planejamento cuidadoso — e é aí que os investimentos entram em cena. Ao investir regularmente e de forma inteligente, é possível acumular o dinheiro necessário para tornar esses sonhos realidade.
Como funciona o investimento financeiro?
O funcionamento do investimento financeiro se dá pela dinâmica de adquirir ativos no mercado de capitais para lucrar com o pagamento de juros ou com a valorização do título, a depender do tipo de aplicação escolhida.
Dito de outro modo, envolve alocar dinheiro em ativos financeiros, como ações, títulos e fundos de investimento para obter um retorno financeiro ao longo do tempo.
Ao investir em ações, por exemplo, você se torna um acionista da empresa emissora e pode lucrar com o crescimento do valor das ações, bem como com os dividendos distribuídos periodicamente.
Por outro lado, ao investir em títulos, você empresta dinheiro a uma entidade (como o governo ou uma companhia) e recebe juros sobre o valor emprestado.
Naturalmente, como explicamos, a mecânica varia conforme a classe e o ativo específico. Por isso, é importante que você conheça cada um deles antes de tomar as suas primeiras decisões — e é isso o que vai aprender agora!
O que são ativos financeiros?
Ativos financeiros são como “pedaços” de investimentos que você pode comprar e vender no mercado de capitais, em busca de lucros e multiplicação do patrimônio.
Eles representam diferentes tipos de investimentos, como ações de empresas, títulos de dívida, fundos de investimento e outros. Além disso, dividem-se entre renda fixa (mais seguros e previsíveis) e renda variável (mais arriscados e menos previsíveis).
Por conta dessas diferentes classificações e dinâmicas, na hora de escolher um ativo, é importante considerar o grau de tolerância ao risco e os objetivos de cada investidor. Idealmente, um portfólio deve ser composto pelas duas categorias, a fim de equilibrar os ganhos e as perdas, em prol de uma multiplicação de patrimônio sustentável.
Não se preocupe: você entenderá cada detalhe dessa estratégia em breve. Nesse momento, porém, é importante entender quais ativos são esses. Vamos lá!
Quais são os tipos de investimentos?
Existem inúmeros tipos de investimentos disponíveis no mercado de capitais, categorizados entre renda fixa e renda variável.
Na renda fixa, os investimentos geralmente oferecem retornos previsíveis e são considerados mais seguros — como títulos públicos, CDBs e fundos compostos por ativos específicos dessa classe.
Já na renda variável, os investimentos estão sujeitos a maiores flutuações de mercado e os retornos não são garantidos. Ações, fundos de ações e investimentos em criptomoedas são alguns exemplos populares.
Em resumo, essa divisão é útil para ajudar os investidores a entenderem o perfil de risco e retorno de cada tipo de investimento, com o objetivo de adequar as suas aplicações às suas expectativas e necessidades financeiras.
Conheça os principais ativos de cada classe:
Renda fixa
Reforçando: essas opções têm retornos mais previsíveis e são consideradas adequadas aos perfis conservadores, ou àqueles que desejam equilibrar o portfólio com opções mais seguras.
- Tesouro Direto: investimento em títulos públicos do governo federal;
- CDB (Certificado de Depósito Bancário): título emitido por bancos, com o objetivo de captar recursos;
- CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio): ativos lastreados em créditos imobiliários (CRI) ou do agronegócio (CRA), emitidos por securitizadoras;
- LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio): estes são lastreados em financiamentos imobiliários (LCI) ou operações do agronegócio (LCA);
- LC (Letra de Câmbio): são emitidas por financeiras, atrelados às moedas internacionais;
- Debêntures: aqui, temos títulos de crédito emitidos por empresas;
- LF (Letra Financeira): por fim, títulos emitidos por instituições financeiras.
Em sua maioria, o rendimento do investidor vem do pagamento periódico de juros. Além disso, vale o lembrete de que ativos de renda fixa geralmente contam com prazos específicos de pagamento e resgate.
Renda variável
Agora, temos os exemplos que podem trazer maiores retornos, ao mesmo tempo que englobam maior risco, uma vez que a valorização dos ativos não necessariamente é garantida e pode oscilar com frequência por conta das oscilações do mercado.
- Ações: representam uma parcela do capital social de uma empresa;
- BDRs (Brazilian Depositary Receipts): são recibos de ações de empresas estrangeiras negociadas na Bolsa de Valores brasileira;
- Fundos de investimentos: são veículos de investimento coletivo, nos quais os recursos de diversos cotistas são aplicados em diferentes ativos financeiros;
- Fundos imobiliários: São fundos de investimento que aplicam em empreendimentos imobiliários;
- ETFs (Exchange-Traded Funds): por fim, temos esses fundos de investimento negociados na bolsa de valores, cujo objetivo é replicar a performance de um índice de referência, como o Ibovespa, S&P 500, entre outros.
Dada a sua natureza incerta, a renda fixa é uma classe de ativos recomendada para investidores mais experientes no mercado, que se sentem confortáveis em tolerar riscos maiores para receber lucros mais altos.
Como começar a investir?
Se você chegou até aqui, já tem conhecimento suficiente sobre investimentos financeiros para começar a investir. Acredite: a jornada é simples e, para facilitar o seu início, separamos as tarefas primordiais em um passo a passo prático.
1 – Estabeleça os seus objetivos
Ter clareza sobre as suas metas ajudará a tomar decisões mais estratégicas na hora de escolher os ativos. Afinal, cada opção funciona a partir de prazos e dinâmicas distintas, e estas devem estar de acordo com o horizonte de realização dos objetivos. Por isso, a organização geral deve considerar missões de curto, médio e longo prazo. Entenda:
Curto prazo
São planejamentos que duram até um ano. Aqui, o ideal é que você opte por ativos com alta liquidez, ou seja, que podem ser vendidos e transformados em dinheiro com facilidade, caso necessite dos recursos imediatamente na sua conta.
Médio prazo
Dessa vez, falamos de objetivos que devem ser realizados entre um e cinco anos. Como o espaço de tempo é maior, a liquidez já não é um fator essencial na sua decisão — embora ela ainda seja importante para equilibrar o portfólio.
Longo prazo
Por fim, temos as aplicações cuja duração superam os cinco anos. A aposentadoria tranquila é um exemplo clássico de objetivo de longo prazo, aliás. Se você se sentir confortável para tal, pode optar por ativos mais voláteis (e, consequentemente, mais arriscados) em prol de uma expectativa de ganhos mais altos — desde que a carteira seja composta por opções mais seguras e estáveis também.
2 – Define o tamanho dos seus aportes mensais
Felizmente, muitos ativos têm aportes mínimos baixos e acessíveis. Então, basta que você encontre as opções ideais para as suas condições financeiras atuais e ajuste o orçamento mensal.
Após analisar as suas finanças, defina qual a porcentagem das suas receitas que será destinada à multiplicação do patrimônio e sempre realize as aplicações no início do mês, para evitar depender das sobras.
Se o seu momento não está favorável, recomendamos que inicie o processo de planejamento financeiro para, primeiramente, se livrar das dívidas que possui, evitar contrair novas despesas e construir uma reserva de emergência capaz de te amparar caso algum imprevisto aconteça.
3 – Compreenda o seu perfil de investidor
Esse perfil serve para você entender melhor quais são suas características, objetivos e tolerância ao risco, orientando suas escolhas de investimento de forma mais adequada e alinhada com sua situação financeira e seus planos futuros. Dá uma olhada nos diferentes tipos de investidor do mercado de capitais:
- Conservador: prioriza a segurança do capital investindo, escolhendo ativos de baixo risco e alta previsibilidade;
- Moderado: tem tolerância ao risco um pouco maior e aceita investir em ativos mais voláteis, desde que o equilíbrio entre segurança e rentabilidade seja mantido;
- Arrojado: busca retornos mais elevados e está disposto a correr maiores riscos nos seus investimentos, aceitando até oscilações de curto prazo;
- Agressivo: se sente confortável em assumir um alto grau de risco em troca de retornos.
A definição desses perfis (também chamada de teste de suitability) é geralmente feita a partir de um questionário, no qual você deve informar as suas condições atuais, renda mensal, gastos fixos e outras perguntas pessoais sobre a maneira com a qual você lida com o dinheiro.
Por lei, todas as instituições financeiras — bancos e corretoras — têm a obrigação de aplicar esse teste nos investidores, a fim de mantê-los informados e cientes sobre as próprias decisões. Então, não se preocupe: ao abrir conta em uma corretora (o último tópico desse passo a passo), a plataforma automaticamente iniciará a sequência de perguntas.
4 – Estude sobre o mercado financeiro
Por mais que o ato de investir possa ser resumido em um passo a passo simples como este, é fato que o processo de multiplicar o seu patrimônio requer dedicação e esforço constantes. Assim, o ideal é que você siga a jornada que iniciou ao ler este artigo, ou seja, que continue aprofundando o seu conhecimento sobre o mercado e entendendo como avaliar cada opção disponível de ativo.
Esse comprometimento é peça-chave para que você aprenda a aproveitar as melhores oportunidades do mercado, evitar tomar decisões por impulso e construir um portfólio equilibrado e sustentável.
5 – Abra conta em uma corretora de valores
As corretoras de valores são instituições financeiras autorizadas a emitir ordens de compra e venda de ativos em nome dos investidores. Nelas, você não vai encontrar somente ações negociadas na Bolsa de Valores, mas também uma gama bem ampla de ativos diversos, de renda fixa e variável. A maioria ainda oferece uma interface intuitiva e gerenciável via desktop e aplicativo, tornando os investimentos mais acessíveis à população.
Na prática, a abertura da conta é extremamente simples:
- Escolha uma corretora e certifique-se de que a sua reputação é positiva e ela está autorizada a operar no mercado de capitais;
- Abra uma conta fornecendo dados pessoais básicos;
- Realize o teste de suitability para conhecer o seu perfil de investidor;
- Transfira saldo da sua conta corrente para a conta da corretora;
- Escolha os ativos nos quais deseja aplicar e faça o aporte.
Na mesma plataforma, ainda é possível acompanhar o desempenho dos ativos da sua carteira e outros dados relevantes, como o horário de negociação de títulos e o nível de equilíbrio do portfólio. Muito embora várias corretoras não cobrem taxas de corretagem, é importante que você verifique essa prática antes de continuar.
A título de informação, vale destacar que muitos bancos também oferecem aos clientes a possibilidade de investir. No entanto, as taxas cobradas costumam ser mais altas que as das corretoras e o leque de opções de ativos é menor.
Quais são os desafios de começar a investir no mercado financeiro?
Naturalmente, o investidor encontrará no caminho vários obstáculos que precisam ser superados. Impulsos emocionais, confiança desmedida e má gestão de riscos são alguns dos desafios mais frequentes, capazes de levar alguém ao prejuízo.
Aqui, nos propomos a criar um atalho para que você, investidor, antecipe esses problemas e não caia em equívoco. Olha só:
1 – Controlar os impulsos emocionais
Quando o assunto é dinheiro, é normal que a maioria das pessoas entre imediatamente em modo defensivo. Afinal, obviamente ninguém investe para sair no prejuízo. Se este receio não é controlado, abre espaço para as más decisões, tomadas por impulso e não de forma racional.
Quem investe em renda fixa, por exemplo, certamente vai se deparar com períodos de rendimento negativo. Isso acontece por conta das movimentações atuais do mercado financeiro e são temporárias — lembre-se: ativos de renda fixa são mais previsíveis e, no final do prazo, o investidor ainda receberá os ganhos combinados no início da aplicação. Logo, vender o título por causa do “susto”, sem pensar racionalmente, pode te levar ao prejuízo.
A mesma lógica é aplicada em várias outras situações e a recomendação permanece sempre a mesma: antes de qualquer decisão, analise o mercado e entenda o funcionamento do ativo antes de tomar uma atitude.
2 – Não exagerar na confiança
Novamente, um desafio comportamental a ser superado. Quando uma aplicação vai muito bem, o investidor pode sentir a tentação de desequilibrar a sua estratégia para apostar nesse ativo determinado, ou falhar na tarefa de monitorar a performance dos seus investimentos por acreditar que o cenário positivo vai permanecer.
É importante lembrar que o mercado financeiro é dinâmico e está sujeito a diversas influências que podem afetar os preços dos ativos.
Fatores como eventos econômicos, políticos, mudanças nas taxas de juros, notícias corporativas e até mesmo aspectos psicológicos dos investidores podem provocar oscilações nos mercados.
O anúncio de aumento de juros por parte do Banco Central, por exemplo, pode causar uma queda nos preços das ações, enquanto uma notícia positiva sobre uma empresa pode impulsionar seu valor no mercado de ações.
3 – Ter metas claras e objetivas
Aqui, cabe mencionar a velha máxima de que não há caminho possível para quem não sabe exatamente aonde deseja chegar.
Uma vez que cada investidor tem objetivos, condições e expectativas específicas, a única maneira de construir um portfólio equilibrado e que atenda às suas necessidades é estabelecendo metas claras, que servirão de guias para as suas decisões.
Se o seu destino final for uma aposentadoria tranquila, por exemplo, não faz sentido optar por ativos de curto prazo e baixo rendimento. Por outro lado, se a ideia for engordar uma reserva de emergência, as opções de longo prazo já não seriam mais adequadas, pois o acesso imediato aos recursos precisa ser priorizado.
Não tenha dúvidas: a falta de clareza pode levar ao prejuízo.
4 – Avaliar os riscos corretamente
Todo investimento carrega consigo uma dose de incerteza e possibilidade de perda, até mesmo os de renda fixa. Além disso, o conceito de “risco” não é igual para todos e pode afetar um ativo de maneiras distintas. Veja alguns exemplos:
- Risco de mercado: quando o preço do ativo oscila por conta de eventos econômicos, políticos ou sociais;
- Risco de crédito: quando o emissor do título não cumpre com as suas obrigações financeiras;
- Risco de liquidez: a dificuldade de vender um ativo no momento desejado.
Na prática, administrar essas ameaças é um trabalho constante, que requer o acompanhamento de várias frentes. Ou seja, é preciso que você entenda o funcionamento do mercado, acompanhe as notícias, conheça as categorias de riscos e compreenda as características de cada ativo.
Além disso, outra estratégia clássica é diversificar o seu portfólio. Dito de maneira mais simples, significa mesclar investimentos e maior e menor risco, de forma que esse conjunto seja equilibrado. Assim, quando um ativo não performar bem, aqueles mais seguros podem evitar que os seus prejuízos sejam massivos.
Por último, e não menos importante, a avaliação também deve considerar o seu perfil de investidor, bem como o horizonte de tempo do ativo e do objetivo do investimento.
5 – Não absorver conselhos de fontes duvidosas
A popularização da educação financeira certamente é algo a se comemorar. No entanto, infelizmente também abriu espaço para muitas pessoas mal-intencionadas no mercado. Assim, não são poucos os “gurus” das redes sociais fazendo promessas mágicas de lucros e prometendo lucros altos em curtos espaços de tempo.
Permanecer em uma jornada contínua de aprendizado é fundamental para tomar decisões mais inteligentes ao investir. No entanto, é importante que você seja cético e analítico ao escolher as suas fontes. Na dúvida, cheque a formação do profissional em questão, a sua reputação com o público e se a pessoa está, de fato, autorizada a trabalhar no mercado financeiro.
Além disso, desconfie de promessas irreais. É impossível, por exemplo, prever lucros exatos com a renda variável ou aumentar o seu patrimônio em grande escala com apenas alguns meses de investimento.
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Perguntas frequentes sobre investimento financeiro
Em quais ativos devo investir em 2024?
A decisão sobre quais ativos são mais promissores e adequados depende unicamente do perfil e dos objetivos do investidor em questão, não existindo uma resposta exata para a pergunta.
Em 2024, uma queda baixa da Selic torna atrativo os títulos de renda fixa de prazos mais longos. No que diz respeito à renda fixa, empresas de commodities e bancos podem ser uma boa opção.
Lembre-se: esse breve panorama baseia-se unicamente nas movimentações identificadas até o momento de criação deste artigo. No entanto, o cenário pode passar por oscilações nos próximos meses.
Qual é a diferença entre investir, aplicar e economizar?
Investir significa alocar recursos em ativos financeiros com o objetivo de obter retorno financeiro no futuro.
Aplicar, por sua vez, é o ato de destinar dinheiro em produtos financeiros específicos, como ações, títulos ou fundos de investimento, para preservar ou aumentar o capital.
Por fim, economizar consiste em poupar parte do dinheiro ganho, reduzindo os gastos e acumulando reservas para futuras necessidades ou objetivos financeiros.
Qual é o melhor tipo de investimento para iniciantes?
Para iniciantes, o recomendado é começar com investimentos de baixo risco e fácil compreensão, como são os de renda fixa — Tesouro Direto, CDBs e LCIs, por exemplo.
Quais são as vantagens de investir?
As principais vantagens de investir são:
- Multiplicação do patrimônio;
- Geração de renda passiva;
- Autonomia financeira;
- Proteção contra a inflação;
- Possibilidade de realizar objetivos e sonhos;
- Preparação contra imprevistos e emergências.