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Onde investir 5 mil reais em 2024? Confira suas principais opções

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Sabia que se você investisse 5 mil reais hoje em um título pós-fixado e atrelado ao IPCA do Tesouro Direto, teria cerca de R$11.459,85 em 2035? Essa é uma simulação meramente ilustrativa, com o propósito de mostrar que aplicar essa quantia de maneira inteligente em 2024 pode render bons frutos e rendimentos no futuro. E quem não gostaria de multiplicar o patrimônio dessa forma, não é mesmo?

Para além do ativo usado no exemplo, o mercado de capitais é recheado de opções diversas, de renda fixa ou variável, e que não somente podem, como na verdade devem ser mescladas por quem deseja criar um portfólio de investimentos com grau equilibrado de risco e bons rendimentos.

O que acha de aprender uma estratégia para fazer o seu dinheiro render neste ano, começando com 5 mil reais? Se topa iniciar essa jornada, siga na leitura, pois aqui você vai aprender:

  • Por que começar a investir com 5 mil reais;
  • Onde investir esse valor;
  • Como fazer as aplicações;
  • Onde não é uma boa ideia investir.

E tem mais: siga a leitura até o final para descobrir uma dica extra sobre onde você pode começar a distribuir o seu dinheiro e ver o seu patrimônio render. 

Vamos lá?

Por que começar a investir com 5 mil reais?

Muito embora não haja um valor mínimo específico para começar a investir, R$5000 é uma quantia inicial bastante razoável, que deixa espaço para você distribuir o dinheiro em títulos de diferentes classes e categorias.

Investir nessa sugestão, afinal, oferece uma vantagem significativa: a possibilidade de diversificar o seu portfólio. Em outras palavras, isso significa distribuir o dinheiro em diferentes tipos de ativos, como ações, fundos de investimento, títulos públicos e privados, entre outros. Dessa forma, você reduz o risco de prejuízo caso um único investimento não performe como o esperado.

Além disso, com esses R$5000, há mais liberdade para explorar oportunidades de mercado. Por exemplo, se houver uma ação que você acredita que vai se valorizar futuramente, pode aplicar uma parte da quantia nela, mantendo o restante em outros papéis.

Onde investir 5 mil reais?

Como o objetivo é começar a construir um portfólio diversificado com 5 mil reais, separamos algumas sugestões de classes distintas de títulos, indo da renda fixa à variável. 

O ideal é que você distribua essa quantia de uma maneira que faça sentido com o seu perfil de investidor. Ou seja, caso se enquadre como conservador, pode selecionar alguns papéis com ganhos previsíveis. Se já tem mais experiência no mercado, por outro lado, pode mesclar a segurança com opções mais arrojadas, como ações.

Para deixar tudo mais claro, explicamos abaixo cada uma das possibilidades.

Renda Fixa

Esses ativos geralmente têm seu retorno determinado no momento da aplicação, seguindo uma taxa de juros previamente acordada. Portanto, proporcionam uma certa segurança ao investidor, uma vez que ele sabe, desde o início, quanto irá receber no vencimento do papel. 

Por serem de baixo risco, são recomendáveis para perfis conservadores. Veja algumas escolhas populares de títulos de renda fixa:

Tesouro Direto

Ao investir no Tesouro Direto, é como se estivesse emprestando dinheiro para o governo. Este, por sua vez, o devolverá com o acréscimo de juros — e é aí que está o lucro do investidor.

Esses ativos estão disponíveis em várias opções com dinâmicas distintas de funcionamento. É possível, por exemplo, aplicar em um papel cuja rentabilidade a ser recebida no fim do prazo combinado é exatamente a mesma informada no momento do aporte (prefixados), ou optar por rendimentos corrigidos de acordo com a taxa Selic  (pós-fixados). Existe ainda a possibilidade de investir em ativos que misturam ambas as características (prefixados e pós-fixados), denominados como híbridos.

No Tesouro Direto, a taxa pós-fixada nos títulos híbridos é atrelada à inflação oficial (IPCA). 

CDBs

Aqui temos os Certificados de Depósitos Bancários. A sua dinâmica de funcionamento se assemelha bastante à do Tesouro Direto. A diferença, nesse caso, é que o investidor estará repassando recursos para os bancos, que também os devolverão corrigidos por uma taxa de juros pré-estabelecida. 

Na hora de fazer o aporte, estão disponíveis as opções de ativos prefixados, pós-fixados ou híbridos

Quando o papel está atrelado a um banco de menor porte, a rentabilidade esperada costuma ser mais atrativa. No entanto, o risco assumido pelo investidor também é maior — afinal, essas instituições não são tão sólidas como os grandes nomes que você já conhece. Se, pelo contrário, o porte do banco for maior, se desfruta de maior estabilidade.

LCIs e LCAs

Esses ativos também são emitidos por bancos, porém, destinam os recursos para o mercado imobiliário (LCIs) e agronegócio (LCAs). Com eles, é possível antever quais serão os rendimentos no vencimento, que podem ser, como os demais, prefixados, pós-fixados e híbridos.

Essa é uma maneira de aproveitar a performance de ambos os mercados na hora de montar uma carteira de investimentos. Além disso, vale lembrar que  os setores imobiliário e o agronegócio são considerados estratégicos para o desenvolvimento econômico, e por isso isentam investidores da declaração do Imposto de Renda.

ETFs

Os Exchange-Traded Funds são fundos de investimento que buscam replicar o desempenho de um índice de referência, geralmente o Ibovespa ou o S&P 500

Eles são negociados na bolsa de valores, assim como as ações, e a sua principal característica é a diversificação. A dinâmica é a seguinte: ao investir em um ETF, o investidor adquire uma “cesta” de ativos que compõem o índice, proporcionando uma exposição ampla ao mercado com apenas uma operação. 

Outro detalhe relevante é que os ETFs oferecem liquidez, transparência e custos operacionais mais baixos em comparação com outros tipos de investimento, então, acabam sendo uma opção atrativa para investidores que buscam uma forma simples e eficiente de diversificar a carteira.

Fundo de Investimentos

Um Fundo de Investimento é uma modalidade de investimento coletivo, onde os recursos de vários investidores (chamados de cotistas) são reunidos e administrados por um gestor profissional. 

O patrimônio total é, então, aplicado em uma variedade de ativos financeiros, que podem incluir ações, títulos de renda fixa, câmbio, entre outros, de acordo com a política de investimento estabelecida no regulamento do fundo. 

Com essa opção, não somente você tem a chance de diversificar a carteira em uma única aplicação, como também conta com o conhecimento de um profissional na hora de selecionar os títulos que farão parte do fundo. 

Além disso, como já explicamos, os Fundos de Investimentos podem ser adequados para todos os perfis de investidores, já que a estratégia específica varia de cada um, e contempla diferentes classes de ativos e graus de risco.

Fundos Imobiliários

Os Fundos Imobiliários são uma categoria de Fundo de Investimento que, como o nome sugere, concentram as aplicações em títulos atrelados ao setor. 

A estratégia do fundo em questão também pode ser encontrada de diferentes formas. Alguns gestores, por exemplo, aportam em imóveis físicos, como galpões, shoppings e prédios comerciais, e outros em títulos de dívida lastreados no crédito imobiliário, como os LCIs que você já conhece.

Muito importante destacar: a maioria dos Fundos Imobiliários são considerados de renda variável. Ou seja, não apresentam retornos previsíveis, nem são indicados para perfis conservadores.

Ações

Temos aqui o exemplo mais popular de ativo de renda variável. As ações são parcelas do capital de uma empresa privada, que as disponibilizam para compra e venda na Bolsa de Valores com o objetivo de levantar fundos para financiar projetos de expansão.

Quando você compra uma delas, pode lucrar ou ter prejuízos, caso ela valorize ou não futuramente. O desempenho desse ativo, aliás, pode ser afetado por uma série de fatores, tais como:

  • A performance da empresa emissora;
  • As condições econômicas globais e locais;
  • Mudanças nas políticas governamentais que impactam o setor da instituição;
  • Eventos geopolíticos;
  • Flutuações nas taxas de juros e inflação;
  • A concorrência específica;
  • Mudanças nas tendências do consumidor.

Dito de maneira mais simples, todos os tópicos desta lista têm a capacidade de alterar o preço do ativo, seja para cima ou para baixo. Muito embora acompanhar as movimentações do segmento da empresa e do mercado financeiro possa ajudar o investidor a ter uma ideia da performance da ação, ainda assim não é possível apontar a sua alta ou queda futura com exatidão

Investimentos no exterior

Outra alternativa de investimento é a alocação de recursos fora do Brasil. Moedas como o euro e o dólar são mais fortes que o real brasileiro, logo, a perspectiva de obter rendimentos dessa maneira é bastante tentadora.

Ao contrário do que muitos investidores acreditam, é perfeitamente possível investir no exterior sem precisar abrir conta em uma corretora estrangeira. Afinal, há até mesmo opções de corretoras nacionais que disponibilizam títulos norte-americanos, por exemplo, como é o caso da Avenue e da Inter — assim como outras alternativas que oferecem plataforma em português para facilitar o uso. 

Caso você considere esse tipo de alocação, saiba que, na hora de investir, é preciso se atentar a alguns pontos importantes, como aportes mínimos, spread cambial e necessidade de declarar os ganhos no Imposto de Renda.

Carteiras recomendadas

Carteiras recomendadas são, em resumo, sugestões de investimentos elaboradas por instituições financeiras, como bancos e corretoras, ou por analistas de mercado. 

Elas são compostas por um conjunto de ativos, como ações, fundos imobiliários, ETFs e outros, selecionados com base em análises e projeções econômicas. Basicamente, essa modalidade serve para auxiliar os investidores no processo de tomada de decisão, oferecendo sugestões de investimentos mais adequadamente alinhadas com determinado perfil de risco e objetivos financeiros.

Essas carteiras, aliás, costumam ser atualizadas regularmente, conforme as condições e expectativas econômicas se modificam. Além disso, os papéis selecionados podem variar de acordo com o prazo de investimento e a estratégia adotada, e podem incluir tanto opções mais conservadoras quanto mais arrojadas. 

Educação financeira

Tão importante quanto alocar dinheiro em títulos de investimento é a possibilidade de utilizar esses recursos para aprender mais sobre o mercado de capitais. Como você pôde ver até aqui, a gama de opções para quem deseja multiplicar o patrimônio é ampla, e conta com classes de ativos bastante distintas e específicas, que podem ser mais ou menos adequadas, a depender do perfil do investidor em questão.

Além disso, o cenário econômico, seja ele macro ou micro, oscila com frequência. Naturalmente, entender essas movimentações demanda tempo e acompanhamento contínuo — e muitos iniciantes não dominam todas as teorias e conhecimentos necessários para tal. 

Logo, com 5 mil reais em mãos, acreditamos que reservar uma parte do valor para investir em cursos seja uma excelente ideia.

Como investir 5 mil reais?

Por mais que a decisão final sobre onde aportar os seus 5 mil reais dependa unicamente das suas preferências e perfil de investidor, é inegável que uma boa e estruturada estratégia de aplicação vai ajudar a construir um portfólio seguro e equilibrado.

Dá uma olhada nesse passo a passo simplificado para iniciar a distribuição dessa quantia:

  1. Comece pela renda fixa, já que esses títulos apresentam menor risco e têm uma dinâmica mais simples de funcionamento;
  1. Invista em ETFs para ter as primeiras experiências na Bolsa de Valores e aproveitar os benefícios da renda variável com menor necessidade de análise e com a oportunidade de acessar títulos de empresas sólidas no mercado;
  1. Escolha um Fundo de Investimentos da sua preferência e que se enquadre no seu perfil de investidor. Essa é outra oportunidade valiosa de diversificar a carteira e se valer dos rendimentos de uma cesta estratégica de ativos — sejam eles de renda fixa, variável, ou ambos;
  1. Explore o mercado de ações, caso isso esteja nos seus planos e, é claro, se essa for uma estratégia adequada para o seu perfil. Se estiver dando os seus primeiros passos na Bolsa de Valores, uma boa dica é apostar em companhias maiores, que possuem um bom histórico e estão menos propensas a apresentar oscilações;
  1. Leve os investimentos para o exterior quando se sentir confortável para isso. Dessa maneira, é possível se valer dos louros de grandes gigantes internacionais, como a Apple e a Google.

Agora que você já teve uma visão mais clara de como uma estratégia equilibrada de investimento deve ser — lembre-se: essa lista representa apenas uma possibilidade com objetivo de promover a educação financeira  —, siga na leitura para compreender como todos esses aportes podem ser feitos na prática

Como investir em renda fixa?

Primeiramente, é necessário abrir conta em uma corretora de valores de confiança. O procedimento é fácil, online e requer apenas o cadastro de alguns documentos pessoais. Depois, basta transferir fundos para essa nova conta, encontrar o ativo de renda fixa desejado e realizar o primeiro aporte.

Note que, ao fazer esse processo, você será submetido a um questionário cujo objetivo é definir o seu perfil de investidor. A partir dele, a plataforma reunirá opções de aplicações condizentes com as suas preferências, e enviará uma notificação sempre que tentar realizar uma operação que não se enquadre no padrão.

Caso opte por adquirir títulos do Tesouro Direto, também é possível fazer a compra diretamente no site da instituição.

Seja qual for a sua decisão, lembre-se de conferir com atenção a rentabilidade do ativo, a sua dinâmica de funcionamento e prazo de vencimento.

Como investir em ETFs?

Para investir em ETFs, também é necessário primeiro abrir uma conta em uma corretora de valores. Após isso, você pode comprar ETFs através do home broker da corretora em questão. O valor mínimo para adquirir cotas do tipo, aliás, varia de acordo com o preço do papel no momento da aquisição.

Ao escolher um ETF, é importante considerar alguns aspectos-chave, como a liquidez do fundo (a facilidade de comprar e vender cotas sem afetar significativamente seu preço), a taxa de administração (que impacta na rentabilidade final do investimento), o índice de referência do ETF (que indica os ativos que compõem a carteira do fundo) e a estratégia utilizada pelo gestor (se replica fielmente o índice elencado ou utiliza alguma forma de gestão ativa, que supere o desempenho indicador). 

Além disso, é claro, recomendamos que avalie o histórico de rentabilidade do ETF e a reputação da instituição que o administra.

Como investir em Fundos Imobiliários (FIIs)?

Com a conta na corretora aberta, você também poderá usar o home broker para buscar por FIIs. A compra de cotas desses fundos é semelhante à compra de ações ou títulos de renda fixa, e o investidor pode escolher a quantidade de cotas que deseja adquirir, considerando o seu valor no momento da compra.

Antes de finalizar um aporte, recomendamos que avalie a qualidade dos imóveis que compõem a carteira do fundo, a gestão praticada, o índice de vacância dos empreendimentos e a política de distribuição de rendimentos.

Como investir em Fundos de Investimentos?

Os Fundos de Investimentos também são opções facilmente encontradas nas plataformas das corretoras de valores. Dito isso, basta que você utilize os fundos adicionados anteriormente para realizar o primeiro aporte no FI de sua escolha.

Inclusive, lembre-se que, antes de tomar uma decisão, alguns critérios devem ser cuidadosamente analisados, como a política de investimento, a taxa de administração praticada, o histórico de rentabilidade e o perfil de risco.

Caso você seja um investidor iniciante, pode optar por Fundos de renda fixa para começar, e explorar possibilidades mais rentáveis e arriscadas conforme for aprendendo mais sobre o mercado de capitais.

Como investir em ações?

As ações listadas na Bolsa de Valores também podem ser encontradas no home broker da corretora que você escolher para investir. Ao navegar por essa classe de ativo, verá que elas estão divididas em algumas categorias específicas para ajudar nas buscas:

  • Mais populares: inclui as ações mais negociadas naquele momento, o que pode refletir o interesse do mercado em determinadas empresas;
  • Setor: alguns exemplos são tecnologia, saúde, energia, financeiro, entre outros;
  • Índice: as ações podem ser agrupadas de acordo com os índices de mercado, como o Ibovespa, assim, os investidores podem acompanhar o desempenho dos títulos que os compõem;
  • Rentabilidade: algumas corretoras podem agrupar as ações de acordo com a rentabilidade recente, permitindo que os investidores identifiquem rapidamente quais  estão performando melhor.

Como investir no exterior?

Por fim, para investir no exterior, é essencial começar com um planejamento financeiro sólido. Defina quanto deseja investir, com que frequência fará aportes, por quanto tempo seu dinheiro estará rendendo e quais são seus objetivos. 

Em seguida, abra uma conta em uma corretora internacional, ou que ofereça acesso aos títulos fora do país. O processo costuma ser simples e intuitivo, assim como acontece com as corretoras nacionais. Além disso, a maioria viabiliza a manutenção de saldo em moedas estrangeiras — tudo em um lugar só.

Com o planejamento e a conta pronta, escolha o tipo de investimento que melhor se encaixa em seus objetivos e perfil de risco. Na  dúvida, contar com profissionais de confiança para fazer essa seleção pode ser uma alternativa inteligente.

Como investir em carteiras recomendadas?

Para investir em carteiras recomendadas, é necessário abrir conta em uma corretora de valores que ofereça esse tipo de serviço. Dessa forma, você poderá explorar as opções disponíveis e analisar informações relevantes para a decisão, como a composição do portfólio, o grau de risco envolvido e o histórico de rentabilidade.

Importante ressaltar: esse tipo de investimento se trata unicamente de um conjunto de sugestões de ativos, e não é garantia de lucros futuros.

Como investir em educação financeira?

Desde que a educação financeira se tornou um assunto mais popular e acessível, não são poucas as opções de cursos disponíveis para quem deseja aprender como investir de maneira mais inteligente, ou compreender as nuances do mercado financeiro e de capitais. 

Para escolher a melhor alternativa para si mesmo, considere o seu grau de conhecimento atual e aonde deseja chegar. Pensa em lucrar com ações? Necessita de ajuda para se planejar financeiramente? Gostaria de compreender como os Fundos de Investimento funcionam? As possibilidades são inúmeras e o mais importante é que a jornada de aprendizado seja relevante para a sua realidade. Afinal, esse é um investimento pessoal.

Onde não é uma boa ideia investir 5 mil reais?

Embora realizar um investimento seja sempre uma alternativa melhor do que simplesmente deixar o dinheiro parado na sua conta corrente, algumas opções de aplicações não são vantajosas, mesmo considerando o patrimônio inicial de 5 mil reais. As razões são simples: ou são arriscadas demais, ou oferecem rendimentos muito inferiores em comparação com outros títulos da mesma classe.

 Para que você compreende exatamente quais são essas aplicações menos vantajosas, listamos as principais aqui:

Poupança

A poupança ainda é, infelizmente, um dos métodos de economia de recursos mais utilizados pelos brasileiros, principalmente devido à segurança e à conveniência de manter os recursos na mesma instituição onde possuem conta corrente. No entanto, a estratégia é completamente ineficaz se o seu objetivo é fazer o patrimônio render, e nós explicamos o porquê:

1 – É a menor rentabilidade do mercado

Isso mesmo: até mesmo os títulos com menor pagamento de juros do Tesouro Direto, por exemplo, são mais vantajosos do que a poupança — e, ainda por cima, são tão seguros quanto. 

Atualmente, o rendimento da caderneta está atrelado à taxa básica de juros da economia, a Selic, e acompanha a seguinte dinâmica:

  • O rendimento da poupança é de 0,5% ao mês (6% ao ano) caso a Selic esteja acima de 8,5%;
  • Caso a Selic esteja abaixo desse valor, então a caderneta vai render cerca de 70% da taxa.

2 – Você pode perder dinheiro para a inflação

Muitas vezes, a poupança tem rentabilidade negativa, ou bastante próxima de zero, quando comparada aos índices de inflação. Quando a supera, é por muito pouco — como aconteceu em 2023, quando o rendimento da caderneta foi de 6,17%, enquanto a inflação esteve em 4,85%.

Em 2021, pelo contrário, o rendimento real da poupança foi de -7,46%. Na prática, isso indica que, com o desconto da inflação, o investidor acabou saindo no prejuízo, em vez de lucrar.

3 – Opera sob a dinâmica de “aniversário de rendimento”

Essa é uma regra que determina o pagamento da rentabilidade da poupança somente na data de aniversário mensal do aporte. Por isso, caso você retire o dinheiro antes disso, vai perder o dinheiro que a quantia renderia no período. 

Além dessas três razões, vale reforçar que, especialmente hoje em dia, a poupança não é mais segura, nem mais prática do que outros investimentos de renda fixa. 

Primeiramente, porque o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é um dos mecanismos que garante a proteção dessa classe de ativo, reembolsando o investidor em até R$250.000,00 caso a empresa emissora quebre ou não pague o que foi combinado — algo bastante raro de acontecer.

Em termos de praticidade, cada vez mais bancos facilitam o investimento em diferentes ativos diretamente em suas plataformas. Isso significa que o cliente, que já tem uma conta corrente, pode gerenciar seus cartões de crédito e salário, além de investir em diversos papéis sem sair da mesma instituição.

Moedas internacionais

Antes de mais nada, vale apontar que a simples compra de uma moeda internacional, como o dólar, não é considerado um investimento no sentido tradicional do termo. Afinal, a operação não gera retornos financeiros diretos, nem rendimentos periódicos.

Nesse tipo de transação, você estará apenas trocando uma moeda por outra. Consequentemente, o dinheiro gasto para obter os dólares ou euros não vai se valorizar ao longo do tempo. Além disso:

  • Não contribui para o crescimento do capital a longo prazo, pois não há geração de valor intrínseco;
  • Pode ser afetado por eventos geopolíticos e econômicos globais, o tornando volátil e imprevisível;
  • Não oferece proteção contra a inflação, isto é, o valor do dólar ou do euro pode diminuir ao longo do tempo;
  • Limita as oportunidades de diversificação, já que os investimentos do tipo geralmente não se beneficiam do crescimento de setores específicos da economia.

Caso você pretenda separar uma parte dos seus 5 mil reais para investir em moedas estrangeiras, o mais recomendado é que aplique em ativos internacionais, como você aprendeu alguns parágrafos atrás.

Títulos de capitalização

Embora os bancos sejam os protagonistas na divulgação e na distribuição dos títulos de capitalização, essa modalidade de investimento é, na verdade, classificada como um seguro, e regularizada pela Susep.

A dinâmica é a seguinte: um título de capitalização funciona como uma forma de poupança programada. Isto é, mensalmente (ou conforme o intervalo estabelecido), parte do seu dinheiro é direcionada para a compra do título. Durante o período de vigência, você participa de sorteios que oferecem prêmios atrativos, como carros e eletrodomésticos. Ao final do prazo, você resgata o valor total que foi investido.

Entendido o conceito, aqui estão os motivos pelos quais investir os seus 5 mil reais dessa forma não é uma boa ideia:

  • No que diz respeito aos prêmios sorteados, por mais que eles sejam atrativos, o investidor depende unicamente da sorte para recebê-los. Ou seja, nada é garantido, assim como acontece com um bilhete comum de loteria;
  • O rendimento dos títulos é baixíssimo, ainda menor que o da poupança. Por estar atrelado à Taxa Referencial, que frequentemente permanece próxima a zero, pode ser que o investidor receba, no final do prazo combinado, exatamente a mesma quantia nominal que depositou inicialmente;
  • Muitas vezes, os títulos de capitalização têm taxas de administração e custos associados que reduzem ainda mais os retornos potenciais para o investidor, por serem consideravelmente elevados;
  • Esses ativos também não são líquidos. Em outras palavras, caso você precise do dinheiro depositado antes da data de resgate, pode sair no prejuízo ao fazer a retirada.

Qual é o melhor investimento para 5 mil reais?

Com 5 mil reais destinados para investir, a melhor alternativa é a distribuição da quantia em diferentes classes de ativos, a fim de começar um portfólio mais equilibrado e com menor grau de risco financeiro. A decisão sobre quais papéis devem ser escolhidos depende unicamente do seu perfil de investidor, objetivos e expectativas para a aplicação. 

Caso você seja um investidor conservador, pode começar aportando o dinheiro em títulos variados de renda fixa, enquanto aprende gradativamente as nuances do mercado de capitais.

Por outro lado, se já for mais experiente, recomendamos estratégias um pouco mais arrojadas, como explorar Fundos de Investimentos Múltiplos e adquirir ações (mesmo que sejam de companhias mais sólidas e menos oscilantes).

Independentemente de qual caminho opte seguir, lembre-se de acompanhar continuamente as movimentações do mercado financeiro e econômico, continuar estudando sobre o tema e ficar de olho na performance dos seus títulos. Dessa forma, não somente você se tornará um investidor mais inteligente com o passar do tempo, multiplicando os seus 5 mil reais iniciais, como também desenvolverá discernimento suficiente para recalcular a rota e reequilibrar o portfólio sempre que necessário.

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