Ao planejar a aposentadoria e pensar nas alternativas do mercado financeiro, é comum se perguntar se a previdência privada tem risco. Essa é uma alternativa bastante tradicional para objetivos de longo prazo, principalmente devido aos benefícios que ela pode trazer para o planejamento financeiro do investidor.
Entretanto, antes de fazer um plano de previdência privada, é preciso entender se existem riscos envolvidos e como evitá-los. Dessa maneira, você terá condições de montar uma estratégia mais adequada para conquistar os seus objetivos ao investir.
Para não restarem dúvidas sobre o assunto, preparamos este conteúdo para explicar se existem riscos ao investir em previdência privada e como tomar melhores decisões ao fazer o seu plano. Boa leitura!
Afinal, a previdência privada tem risco?
A previdência privada é um investimento e, por isso, envolve riscos. Isso porque todas as alternativas do mercado financeiro trazem algum nível de risco, embora existam opções mais ou menos arriscadas. Do mesmo modo, as opções podem ter maior ou menor potencial de retorno.
Mesmo alternativas conhecidas por serem mais seguras (e com rentabilidade limitada) — como alguns títulos do Tesouro Direito ou os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) — apresentam riscos. Contudo, é importante entender que existem formas de reduzi-los, trazendo mais proteção para a carteira.
Para isso, primeiro é fundamental entender quais são os riscos existentes. A partir desse mapeamento, será possível delinear estratégias que ajudem a aumentar a segurança da sua estratégia.
Quais são os principais riscos da previdência privada?
Existem diferentes tipos de riscos na previdência privada. Conhecê-los ajudará a entender como analisar as alternativas do mercado financeiro em busca dos investimentos mais adequados para as suas necessidades. Veja quais são eles!
Riscos envolvidos no fundo de previdência
Ao contratar um plano de previdência privada, os seus recursos serão alocados em um fundo de investimentos específico. Nesse caso, o foco da estratégia varia, existindo diversas opções no mercado. Portanto, ao avaliar os riscos da alternativa, é fundamental considerar aqueles existentes no veículo financeiro.
Por exemplo, os fundos de renda fixa tendem a ser considerados mais seguros e previsíveis. Porém, há o risco de crédito dos títulos que compõem o veículo financeiro. Caso o emissor não faça o pagamento ao fundo, pode haver prejuízos.
Já nos fundos de ações, há exposição ao risco de mercado, já que o preço dos ativos varia conforme a lei da oferta e demanda e o ânimo dos investidores. Também existem fundos multimercados, que podem investir em diferentes tipos de ativos. Além do risco de crédito e de mercado, veja outros riscos comuns:
- risco de liquidez: se relaciona a possível dificuldade em converter o investimento em dinheiro;
- risco de concentração: tem relação com a possível concentração dos recursos do fundo em um mesmo ativo, fazendo com que as movimentações dele tenham maiores impactos nos resultados;
- riscos de perdas patrimoniais: resultantes de movimentações do mercado que podem gerar prejuízos;
- risco de mercado externo: presente quando a composição do fundo com ativos internacionais.
A dica, aqui, é pesquisar os documentos do fundo para entender a política de investimentos e os riscos envolvidos. Dessa maneira, você conseguirá avaliar se o nível de exposição é adequado ao seu perfil de investidor.
Escolha do fundo ou do plano inadequado
Escolhas incorretas na hora de contratar o seu plano também são um risco. Aqui, existem dois pontos fundamentais: o fundo de previdência atrelado à alternativa e o plano específico. No primeiro caso, vale destacar que o veículo financeiro pode ser de diferentes tipos e contar com estratégias variadas.
Escolher uma alternativa com riscos em excesso pode gerar preocupações e insegurança, levando até mesmo ao resgate antecipado dos valores. Porém, isso tende a elevar a carga tributária e pode envolver outras taxas, além de potencializar o risco de perdas. Já opções com poucos riscos podem gerar frustrações devido ao menor potencial de retorno.
Já em relação ao plano, especificamente, é preciso saber que existem duas opções: o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). O primeiro tem um benefício tributário de dedução, mas o imposto de renda incidirá sobre todo o valor resgatado.
Nessa situação, é possível deduzir os aportes realizados à previdência privada da base de cálculo do Imposto de Renda. Mas há um limite: a dedução não pode ultrapassar 12% da renda bruta tributável anual.
O segundo não tem essa vantagem de dedução de IR, mas a tributação acontece apenas sobre os rendimentos obtidos com a previdência privada. Escolher o plano incorreto pode fazer com que você perca oportunidades de otimizar o recolhimento de impostos e o potencial de retorno.
Custos altos demais
Outro risco da previdência privada é o pagamento de taxas muito elevadas. Isso porque esses planos podem ter diferentes cobranças, como taxa de administração, de performance e de carregamento. A depender das condições da alternativa escolhida, os custos podem corroer o seu patrimônio, dificultando a conquista de bons resultados.
Isso acontece, especialmente, quando os serviços prestados não trazem um retorno que compense as taxas incidentes. Perceba, então, que a questão não é apenas a cobrança, mas o custo-benefício proporcionado. O risco é fazer pagamentos sem receber benefícios que justifiquem a cobrança.
Má gestão do fundo
A gestão do fundo é a responsável por fazer a alocação dos recursos em busca de melhores resultados aos investidores. Logo, as decisões tomadas e as operações realizadas podem afetar o desempenho obtido. Na prática, as más escolhas feitas pelos gestores também são um risco.
Por exemplo, a depender de como eles decidem compor a carteira, eles podem assumir um excesso de taxas e custos operacionais. Em outros casos, as decisões podem desequilibrar os riscos ou o retorno obtido. No entanto, é preciso ter em mente que o mercado financeiro não traz garantias, já que, como visto, todos os investimentos têm riscos.
Então é preciso ter cuidado para não confundir um desempenho negativo temporário com uma má gestão. Caso tenha dúvidas para fazer essa análise, vale procurar suporte de profissionais de mercado para esclarecê-las.
Ter baixa rentabilidade
Outro risco existente é ter baixa rentabilidade. Os lucros obtidos ao alocar seus recursos em um plano de previdência variam conforme o fundo. Contudo, existe o risco de que os ganhos não acompanhem a chamada taxa livre de risco — a Selic.
No mercado financeiro, um indicador que fica muito próximo dela e utilizado como benchmark em investimentos é o Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Quando um fundo fica com desempenho abaixo dessa taxa, provavelmente ele não estará compensando os riscos envolvidos.
Não receber os pagamentos
Também há o risco de inadimplência, que envolve o não pagamento dos resgates ou da renda combinada ao investidor. Nesse caso, também não há cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) — entidade que protege investidores de CBDs, por exemplo. Em caso de falência do emissor, ela paga aos investidores, observando os limites da cobertura.
Entretanto, vale destacar que o risco de inadimplência é bastante difícil de se concretizar devido às regulamentações existentes no mercado de previdência. A Superintendência de Seguros Privados (Susep) traz diversas regras para o funcionamento dessas modalidades de investimento.
Isso acarreta mais segurança aos investidores, reduzindo as chances de não receber o pagamento. Ainda, quando as instituições vinculadas são mais robustas e consolidadas, os riscos se tornam ainda mais baixos.
Como minimizar os riscos da previdência privada?
Você já sabe que a previdência privada tem riscos. Agora, é importante saber de que forma é possível minimizar essa exposição, buscando uma estratégia mais segura e com maior potencial de retorno.
Isso porque a existência de riscos não deve ser um impeditivo para o seu investimento. Na verdade, é preciso considerar a alocação de todo o seu patrimônio, de modo a garantir um nível de risco suportável e com a adoção de estratégias que reduzam os seus impactos.
A seguir, confira quais práticas adotar para garantir escolhas mais acertadas e diminuir os riscos ao investir em um plano de previdência privada!
Defina seus objetivos
O primeiro passo para minimizar riscos da previdência privada é entender os seus objetivos com a contratação. Essa alternativa é mais adequada para metas de longo prazo, já que isso permite buscar benefícios tributários e ajuda a reduzir os riscos de mercado.
O motivo é que os períodos maiores ajudam a diminuir os impactos das oscilações de curto prazo nos resultados. Além disso, resgatar os valores antes dos prazos propostos pode gerar custos adicionais, corroendo os resultados obtidos pelo investidor.
Portanto, avalie o que você deseja alcançar e verifique se, de fato, a previdência privada pode auxiliar na conquista. Em geral, ela é usada para complementar a aposentadoria e outros planos de longo prazo, como pagar a faculdade dos filhos, conquistar a independência financeira etc.
Busque uma gestora qualificada
Outra dica fundamental é buscar uma gestora qualificada e de confiança. Isso ajudará a trazer mais segurança ao alocar os seus recursos. Para tanto, pesquise se a empresa é autorizada pela Susep e avalie sua reputação no mercado.
Esse cuidado permitirá mitigar os riscos envolvidos com a escolha de uma má gestão. Além disso, pesquise a estratégia específica do fundo para entender quais são os ativos e operações usadas pelos profissionais.
Analise quem são os gestores especialistas
Além de conhecer a gestora, considerando o seu posicionamento como empresa, veja quais são os profissionais que participam do fundo. Então vale consultar o site da gestora e os documentos da alternativa para conhecer a equipe responsável pelo plano de previdência.
Dessa maneira, você pode consultar certificações, experiências e outras informações relevantes. A medida ajudará a ter mais segurança na escolha, reduzindo os riscos envolvidos nessa alternativa.
Avalie as taxas cobradas
Outro cuidado importante é avaliar todas as taxas cobradas. A mais comum é a de administração, que remunera toda a estrutura do fundo. Entretanto, o valor varia conforme cada alternativa do mercado. Como ela é cobrada sobre o patrimônio do fundo, ela pode ter mais impactos nos resultados. Então é essencial considerar o custo-benefício.
Observe ainda se existem outras taxas. Por exemplo, a de performance é cobrada sobre o desempenho que superar o benchmark do fundo. Também há a taxa de carregamento, que pode ser cobrada sobre valores alocados, resgatados ou na portabilidade. Na prática, o ideal é priorizar fundos que dispensem essas cobranças para evitar que elas prejudiquem os seus resultados.
Confira o histórico do fundo de previdência
Também é interessante conferir o histórico do fundo de previdência. Isso permitirá considerar os resultados obtidos até então e avaliar o comportamento da alternativa diante de diferentes cenários do mercado. Porém, ao fazer essa avaliação, lembre-se de que os resultados passados não garantem retorno futuro.
Considere a estratégia aplicada
Por fim, analise em detalhes a estratégia aplicada pelo fundo, considerando nível de risco, ativos que compõem a carteira e medidas para ampliar a segurança e a rentabilidade da alternativa.
Por exemplo, uma forma de reduzir riscos comuns, como o de mercado, de crédito e outros, é montar uma carteira diversificada. Ao contar com diversos ativos que se expõem a riscos e condições diferentes, é possível ter mais equilíbrio no portfólio.
Assim, o desempenho ruim de um investimento pode ser compensado pelos resultados de outros. Ainda, é possível aproveitar o maior potencial de retorno, já que você terá exposição a diversas condições do mercado. Logo, considere avaliar as alocações realizadas pelo fundo de previdência do seu plano.
Se você está em busca de um fundo com uma boa estratégia, pode contar com o plano de previdência ARCA. Ele conta com gestão da Grão e segue uma metodologia focada na diversificação, trazendo segurança e rentabilidade para o investimento no longo prazo.
Como você aprendeu, a previdência privada tem risco. Afinal, essa é uma alternativa do mercado financeiro que se expõe à volatilidade e aos movimentos da economia. Porém, seguindo as nossas dicas, é possível minimizar os riscos na contratação do seu plano, garantindo melhores decisões na hora de compor a sua carteira de investimentos.
Quer começar a investir no seu futuro? Aproveite a oportunidade e conheça o plano de previdência ARCA!