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A minha previdência privada pode quebrar? Quais os riscos?

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A previdência privada é uma das melhores opções de investimentos para quem possui objetivos de longo prazo, como a aposentadoria. No entanto, como acontece em qualquer investimento, surge uma preocupação comum entre os investidores no momento da decisão de contratar: “A minha previdência privada pode quebrar?”

Neste artigo, abordaremos essa questão e discutiremos os riscos associados a esse tipo de investimento. Além disso, forneceremos informações sobre as instituições envolvidas em uma previdência privada, como garantir a segurança em caso de falência e dicas para fazer uma previdência de maneira segura.

A previdência privada pode quebrar?

Sim, apesar de ser raro, as empresas envolvidas em um plano de previdência privada podem sim quebrar. 

No entanto, é importante ressaltar que todo o sistema de criação de uma previdência privada protege o investidor em caso de falência.

A seguir vamos te mostrar todas as principais instituições envolvidas em um plano de previdência e quais os mecanismos que te protegem no caso de problemas com cada uma delas.

Quais as instituições envolvidas em uma previdência e como me proteger no caso de problemas com elas?

1 – Susep

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) é a instituição central do mercado de previdência e seguros no Brasil. Ela é para esse setor como se fosse a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que fiscaliza e normatiza o mercado financeiro.

Além de fiscalizar os planos, a Susep atua e influencia as instituições seguradoras por meio de atuação em suas constituições, organizações e funcionamento, sempre zelando por defender o interesse dos consumidores. Portanto, as previdências de modo geral têm os mesmos critérios de segurança e formulação, que são fiscalizados com frequência.

Sendo assim, a Susep é o primeiro mecanismo de proteção das previdências, fiscalizando o mercado e evitando que as instituições envolvidas nos planos de previdência descumpram o que foi determinado. 

2 – Custodiante

É a instituição responsável pela guarda dos ativos presentes no fundo de previdência, ou seja, os produtos que ela investe.  Ela tem a função de garantir a segurança e integridade dos investimentos realizados, evitando desvios e fraudes. Nas previdências da Grão, essa instituição é a B3, a bolsa de valores brasileira. 

Caso, em um cenário hipotético, o custodiante vá à falência ou não esteja cumprindo com as suas obrigações, será convocada uma assembleia entre as outras instituições envolvidas no plano para realizar uma troca. Nesse processo, nada acontece com o patrimônio do investidor.

3 – Administrador

O administrador representa o cotista no plano de previdência para garantir que custodiante, gestora e seguradora cumpram suas obrigações. Nas previdências ARCA Grão, essa instituição é o Santander. 

Caso em um cenário hipotético o administrador vá a falência ou não esteja cumprindo com as suas obrigações, também será convocada uma assembleia entre as outras instituições envolvidas no plano para realizar uma troca. Nesse processo, igualmente nada acontece com o patrimônio do investidor.

4 – Corretora

A corretora de seguros é a instituição por meio da qual o investidor faz a contratação do plano de previdência privada e começa a fazer aportes nele.

Como a corretora é somente o intermediador do seu investimento, o valor investido na sua previdência não fica com essa instituição. Sendo assim, caso haja algum problema com a sua corretora, basta solicitar a troca de instituição e seguir com o plano. 

5 – Seguradora

A seguradora é a instituição que faz a administração dos recursos da previdência. É ela que seguirá com você até a aposentadoria e será responsável por sua renda ou resgate do dinheiro. 

Para quem investe na previdência ARCA Multimercado pela Grão, Inter, Modal, Genial, Warren, Órama ou Modal, essa instituição é a Icatu. Ela também é a responsável pelos cotistas que investem na ARCA Renda Fixa pela Grão e pelo Inter.

Além dela, a XP Seguros é a responsável pelos planos ARCA Multimercado distribuídos na XP e na Rico, e a seguradora do BTG Pactual os contratados via BTG ou Empiricus.

Para quem ainda está na fase de acúmulo da previdência, a falência da seguradora não seria um grande problema. Afinal, a seguradora é obrigada a separar o patrimônio da empresa do dos clientes. Sendo assim, se ela falir, o seu dinheiro será enviado para outra instituição e o plano seguirá valendo. 

Já para quem está na fase de usufruto, os riscos são outros. Por isso, é fundamental escolher uma instituição com histórico e nome no mercado para evitar problemas futuros. De qualquer maneira, existem alguns mecanismos de proteção:

1º. Reservas Técnicas: a Susep possui a resolução CNSP 316/201, que determina que todas as seguradoras devem possuir um valor mínimo de reservas para terem a autorização de funcionamento no Brasil. 

Falando em palavras mais fáceis, todas as seguradoras são obrigadas a possuir um grande patrimônio investido em ativos com alta liquidez. Ou seja, elas têm muito mais caixa do que dívidas, o que torna muito improvável uma falência. 

2º. As seguradoras não são submetidas à Lei de Falências: isso significa que, diferente de uma empresa normal, que fica livre das obrigações imediatas em caso de falência, as seguradoras são obrigadas a apresentar alternativas de recuperação para os clientes. Isso é uma garantia de que o investidor poderá reaver o seu dinheiro. 

6 – Gestora

É a instituição responsável por fazer a gestão da carteira do fundo e escolher quais ativos serão selecionados para o portfólio. Ela faz a alocação dos investimentos de acordo com o perfil do investidor e as regras estabelecidas no plano de previdência.

Nas previdências ARCA somos nós, a Grão, que realizamos essa atividade dentro do seu plano. 

Caso a gestora vá à falência, o seu patrimônio está protegido. Isso porque, por regulação do mercado, o patrimônio do fundo é separado do da gestora. Ou seja, o fundo possui um CNPJ próprio.

Com isso, caso a gestora entre em falência ou tenha outros problemas financeiros, o dinheiro do investidor não pode ser usado para quitar nenhum tipo de dívida, inclusive as trabalhistas.

O único desdobramento seria a convocação de uma assembleia entre as outras instituições envolvidas para escolher uma nova gestora para o fundo. Com a seleção feita, o seu investimento segue valendo normalmente, agora com outra instituição na gestão. 

Como prevenir o risco com a minha previdência?

Embora seja improvável, é importante estar preparado caso a instituição responsável pela previdência privada enfrente problemas financeiros, e a melhor forma de se preparar é se prevenindo! 

Aqui estão algumas medidas que podem ajudar a garantir a segurança dos seus investimentos:

1. Diversificação na carteira: o grande risco de um investimento em previdência está nos ativos presentes no fundo. Ou seja, o seu maior risco é que a sua carteira de investimentos performe mal por você ter escolhido um fundo com alocação ruim e altas taxas. Sendo assim, busque sempre por previdências com um portfólio diversificado. 

2. Diversificação de previdências: uma outra proteção está em não só escolher uma previdência com carteira diversificada, mas também ter mais de uma previdência diferente. Assim, você dilui o risco caso tenha problemas com uma. 

3. Acompanhamento regular: Esteja atento ao desempenho da instituição financeira e da gestora de investimentos. Monitore os relatórios, avalie a solidez financeira e verifique a reputação das instituições antes de investir. Mantenha-se informado sobre as notícias e eventos que possam afetar o setor financeiro e as instituições envolvidas.

4. Análise de qualidade: Verifique a solidez e histórico das instituições envolvidas em seu plano. Ou seja, escolha previdências que possuem gestoras, seguradoras e administradores com boa reputação e bagagem no mercado, além de contar com outras instituições consolidadas apoiando esse plano. 

5. Atenção aos contratos e regulamentações: Antes de adquirir um plano de previdência privada, leia atentamente o contrato e entenda os direitos e obrigações envolvidos. Verifique se a instituição está devidamente regulamentada pelos órgãos competentes e se cumpre as normas e regulamentações do setor.

Como Fazer uma Previdência de Maneira Segura?

Além de considerar medidas de segurança em caso de falência, é essencial adotar práticas que tornem sua previdência privada mais segura desde o início. Aqui estão algumas dicas importantes:

1. Pesquisa e comparação: antes de escolher uma instituição financeira, realize uma pesquisa detalhada e compare as opções disponíveis. Avalie a reputação, experiência, variedade de planos e histórico de desempenho da instituição. Busque por avaliações de outros clientes e consulte profissionais especializados para obter orientações.

2. Avalie o perfil de investimento: entenda seu perfil de investimento e escolha um plano de previdência que esteja alinhado com seus objetivos e tolerância ao risco. Consulte um especialista financeiro para ajudá-lo a tomar essa decisão. Uma alocação adequada de ativos pode ajudar a reduzir os riscos e aumentar os retornos ao longo do tempo.

3. Acompanhe seu investimento: fique atento ao desempenho de sua previdência privada. Monitore regularmente os relatórios de desempenho, avalie a evolução dos investimentos e faça ajustes quando necessário. Seja proativo em relação ao seu plano de previdência e faça perguntas à instituição financeira sempre que tiver dúvidas ou preocupações.

4. Revisão periódica: faça uma revisão periódica de seu plano de previdência. À medida que sua situação financeira e objetivos mudam ao longo do tempo, é importante garantir que seu plano esteja alinhado com suas necessidades atuais. Realize uma revisão anual ou sempre que ocorrerem mudanças significativas em sua vida, como casamento, nascimento de filhos, mudança de emprego, entre outros.

5. Educação financeira: invista tempo em educar-se financeiramente. Quanto mais conhecimento você tiver sobre investimentos, previdência e gestão financeira, melhor será sua capacidade de tomar decisões informadas e seguras. Busque cursos, livros e conteúdos especializados que ajudem a expandir seu conhecimento nessa área.

6. Aconselhamento profissional: considere buscar a orientação de um profissional financeiro qualificado. Um planejador financeiro ou consultor pode ajudar a criar uma estratégia personalizada de previdência, levando em consideração seus objetivos, situação financeira e perfil de investimento. Eles podem oferecer orientações valiosas para auxiliá-lo a tomar decisões informadas e seguras.

Com informação, é possível investir em previdência privada sem medo!

Embora seja possível que uma previdência privada quebre, é importante ressaltar que os casos são raros. No entanto, é fundamental estar ciente dos riscos envolvidos e tomar medidas para garantir a segurança de seus investimentos. Diversificar, acompanhar o desempenho, verificar a reputação das instituições, considerar o FGC e estar atualizado sobre as regulamentações são passos essenciais para proteger seus recursos.

Além disso, adotar práticas que tornem sua previdência privada mais segura desde o início, como pesquisar, avaliar o perfil de investimento, acompanhar regularmente seu investimento e buscar aconselhamento profissional, contribuem para uma maior tranquilidade financeira.

Lembre-se de que a previdência privada é um instrumento valioso para construir uma aposentadoria sólida, mas requer cuidado e atenção. Esteja sempre atento aos riscos envolvidos e tome medidas proativas para garantir a segurança e o crescimento de seus investimentos. Com uma abordagem diligente e informada, você poderá desfrutar dos benefícios da previdência privada com mais confiança e segurança ao planejar o seu futuro financeiro.

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