O investidor que deseja diversificar o portfólio, mas sente que não tem nem o tempo nem o conhecimento necessário para isso, tem uma boa solução à disposição: os fundos de investimento.
Os fundos funcionam como veículos coletivos de investimento, nos quais os recursos de diversos investidores são reunidos e aplicados em uma carteira diversificada de ativos.
Naturalmente, essa é apenas uma visão introdutória sobre os fundos de investimento, que se dividem em diversas categorias, com estratégias e graus de risco distintos — desde alternativas conservadoras até fundos mais sofisticados. Neste conteúdo, vamos aprofundar no funcionamento dos fundos de crédito privado, uma classe que combina renda fixa com risco corporativo, exigindo atenção redobrada na análise de crédito e na composição da carteira.
Estamos falando de uma modalidade de renda fixa, mas com características que podem se afastar bastante do perfil conservador. Justamente por isso, os fundos de crédito privado exigem uma análise mais criteriosa dos riscos e da composição da carteira. Parece complexo? Te garantimos que não é — siga conosco na leitura para entender:
- O que são fundos de crédito privado;
- Como funcionam os fundos de crédito privado;
- Cuidados ao investir em fundos de crédito privado;
- 10 vantagens de investir em fundos de crédito privado;
- Como investir em fundos de crédito privado.
No fim, reservamos uma dica de onde buscar ajuda para tomar melhores decisões na hora de investir e montar seu portfólio. Bora?
O que são fundos de crédito privado?
Fundos de crédito privado são veículos de investimento coletivo que alocam a maior parte de seus recursos em títulos de dívida emitidos por empresas do setor privado. Entre os principais instrumentos utilizados, destacam-se debêntures, notas promissórias, CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio).
Embora façam parte da classe da renda fixa, os fundos de crédito privado não são necessariamente conservadores. Isso porque carregam o chamado risco de crédito, ou seja, a possibilidade de que as empresas emissoras dos títulos — que são, de fato, as responsáveis pelo pagamento dos juros — não honrem suas obrigações.
Esse risco varia conforme a qualidade de crédito da própria empresa e pode ser elevado em determinadas situações.
Como funcionam os fundos de crédito privado?
Fundos de crédito privado operam como carteiras coletivas de investimento, nas quais os recursos dos cotistas são aplicados predominantemente em títulos de dívida emitidos por empresas, como debêntures, CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio).
Esses títulos representam, na prática, empréstimos concedidos às empresas emissoras. Em troca, as companhias se comprometem a pagar juros ao fundo, que compõem a rentabilidade distribuída aos investidores.
Como se trata de crédito privado, os fundos estão expostos a riscos de inadimplência (caso a empresa não honre os pagamentos) e a níveis variáveis de liquidez, já que o resgate pode levar mais tempo. Em contrapartida, essa exposição a risco pode ser compensada por potenciais retornos superiores aos de investimentos mais conservadores, como títulos públicos ou CDBs de grandes bancos.
No que diz respeito à gestão do fundo, esta é feita por uma equipe especializada, que seleciona os ativos e monitora os riscos, para diluí-los e potencializar retornos.
Características dos fundos de crédito privado
A principal marca dos fundos de crédito privado é a alocação majoritária em títulos de dívida corporativa — ou seja, papéis emitidos por empresas para captar recursos no mercado.
Embora façam parte da classe da renda fixa, esses fundos não são necessariamente conservadores. Pelo contrário: o risco de crédito é um fator relevante e pode ser elevado, a depender da qualidade dos emissores. Por isso, são mais indicados para investidores com perfil moderado a arrojado, que toleram oscilações em busca de rentabilidades superiores.
Dá uma olhada nas principais características dos fundos de crédito privado:
- Investem em títulos de dívida emitidos por empresas (debêntures, CRIs, CRAs etc.);
- Apresentam maior risco de crédito em comparação ao Tesouro Direto e CDBs de grandes bancos;
- Tendem a oferecer rentabilidade superior à de ativos públicos;
- Têm liquidez variável e o resgate pode não ser imediato. Prazos como D+15 ou D+30 são comuns e devem ser observados antes do aporte;
- São geridos, em tese, por especialistas em análise de crédito, o que permite maior sofisticação na seleção dos papéis;
- Seguem a tabela regressiva do Imposto de Renda, como outros fundos de renda fixa, com incidência de come-cotas semestral;
- Exigem atenção ao risco de concentração em poucos emissores ou setores.
Rentabilidade dos fundos de crédito privado
A rentabilidade dos fundos de crédito privado costuma ser superior à dos fundos de renda fixa tradicionais, que investem majoritariamente em títulos públicos. Isso acontece porque esses fundos assumem um risco de crédito maior ao investir em títulos emitidos por empresas privadas — que, para atrair investidores, oferecem remunerações mais elevadas como prêmio pelo risco.
Essa rentabilidade varia conforme a qualidade de crédito dos emissores. Aqui, a gestão do fundo, o cenário econômico e a taxa de juros vigente também alteram os retornos que você pode ter com esse investimento.
Para você ter uma ideia mais clara, saiba que muitos fundos buscam superar o CDI (índice de referência) e, em períodos de estabilidade ou queda dos juros, podem se destacar por entregar ganhos mais atrativos.
Importante: tenha em mente que, embora os retornos potenciais sejam mais altos que outras alternativas de renda fixa, os fundos de crédito privado representam riscos maiores, principalmente em caso de inadimplência das empresas emissoras, ou desvalorização dos papéis do portfólio.
Cuidados ao investir em fundos de crédito privado
Antes de levar um fundo de crédito privado para o seu portfólio, é importante tomar algumas precauções. Olha só:
- Avaliar o grau de risco do fundo;
- Conhecer o seu perfil de investidor;
- Entender taxas e custos;
- Acompanhar o desempenho da aplicação.
Vamos juntos entender o que fazer em cada um desses cuidados e porque eles são importantes.
Avaliar o grau de risco do fundo
Cada título integrante de um fundo de crédito privado vai ter um risco associado, por isso, antes de investir, é preciso que você avalie a qualidade das empresas da carteira.
Lembre-se: títulos de crédito privado pertencem à classe da renda fixa, mas não se tratam de aplicações conservadoras. Inclusive, analisar a saúde financeira de uma empresa pode ser uma tarefa bastante complexa, até mesmo para investidores experientes. Na dúvida, nossa recomendação é que busque a ajuda de um profissional de finanças para te ajudar a avaliar esses títulos com mais profundidade e embasamento.
Conhecer o seu perfil de investidor
O perfil de investidor serve de guia para você entender o seu apetite ao risco na hora de investir. No caso dos fundos de crédito privado, temos uma aplicação mais arrojada e agressiva, uma vez que os títulos dessas carteiras tendem a apresentar um grau de risco e instabilidade maior do que outros de renda fixa.
Caso seu perfil seja conservador, recomendamos que prefira investimentos mais estáveis e seguros — como CDBs de bancos sólidos ou títulos do Tesouro Direto.
Entender taxas e custos
Primeiramente, saiba que os fundos de crédito privado têm incidência do Imposto de Renda, seguindo as alíquotas desta tabela regressiva:
Período do investimento | Alíquota de IR |
Até 180 dias | 22,50% |
De 181 a 360 dias | 20% |
De 361 a 720 dias | 17,50% |
Acima de 720 dias | 15% |
Além disso, há a cobrança do come-cotas sobre os rendimentos, que é uma antecipação do imposto devido, realizada duas vezes ao ano pela Receita Federal.
Caso você faça um resgate do dinheiro antes de a aplicação completar 30 dias, ainda há a incidência do IOF, que começa em 96% no primeiro dia e termina em 0%, no trigésimo dia. Depois desse período, esse imposto já não é mais aplicado.
Outros custos que podem impactar seus rendimentos nestes fundos são a taxa de administração e a taxa de performance. A primeira é cobrada em todos eles e diz respeito ao serviço de manutenção do fundo e do seu patrimônio. A segunda não necessariamente será encontrada em todos, e é cobrada quando o fundo apresenta um desempenho superior a um benchmark estabelecido como referência.
Dada a complexidade do investimento, estas taxas tendem a ser altas. Por isso, aconselhamos que avalie se os custos estão dentro das suas expectativas e se os valores praticados estão de acordo com as médias do mercado.
Acompanhar o desempenho da aplicação
Depois de investir em um fundo de crédito privado, é importante que você acompanhe as decisões da gestora e o desempenho dos ativos.
Não precisa se preocupar: periodicamente você vai receber informes e relatórios que detalham todas as movimentações feitas nos títulos dentro de determinado período, bem como análises sob condições do mercado.
A ideia não é tomar nenhuma decisão impulsiva, mas sim estar a par do seu investimento e, se necessário, fazer escolhas embasadas e inteligentes sobre o seu dinheiro. Na dúvida, novamente recomendamos que conte com um profissional de finanças para te ajudar nos processos de tomada de decisão.
10 Vantagens de investir em fundos de crédito privado
Investindo em fundos de crédito privada, essas são algumas vantagens que você pode aproveitar:
- Diversificação;
- Potencial de retorno atrativo;
- Acesso a empresas privadas;
- Liquidez;
- Gestão profissional;
- Baixa correlação;
- Vencimentos diversificados;
- Acessibilidade;
- Recursos para empresas;
- Potencial de benefício tributário.
Siga na leitura para entender cada um desses pontos.
Diversificação
Primeiramente, temos o fato de que um fundo de crédito privado traz diversificação instantânea ao seu portfólio, já que o seu dinheiro é direcionado a um conjunto de títulos. Ou seja, em vez de ter acesso ao desempenho de uma empresa só, você vincula seu patrimônio a várias.
Na prática, isso também dilui os riscos de cada operação. Assim, um caso de inadimplência de uma empresa, por exemplo, pode ter um impacto menor no conjunto de títulos — embora ainda assim seja recomendado que você tenha cautela ao investir nesse tipo de fundo.
Potencial de retorno atrativo
Títulos de crédito privado tendem a oferecer maior potencial de retorno quando comparados a investimentos conservadores, como CDBs de grandes bancos ou títulos públicos — especialmente em cenários de estabilidade econômica.
A justificativa disso está no maior risco associado às empresas privadas e, é claro, na maior tendência à valorização que elas apresentam — embora isso não se trate de uma garantia. Lembre que estamos falando de expectativas e projeções.
Acesso a empresas privadas
Investindo em fundos do tipo, você pode ter acesso a empresas que não estão listadas na bolsa de valores. Ou seja, estamos falando de oportunidades de investimento que não são tão acessíveis assim. Consequentemente, há a chance de expor o patrimônio a setores e companhias que, embora arriscadas, podem oferecer retornos significativos.
Liquidez
A liquidez é a capacidade de transformar um ativo em dinheiro rapidamente — ou seja, de resgatar o seu dinheiro com facilidade, se assim precisar ou desejar. Em geral, fundos de crédito privado oferecem várias opções de resgate, o que é um benefício para quem tem planos de acessar o capital antes do vencimento.
Lembre-se, porém, que os prazos de resgate podem ser de D+15, D+30 e por aí vai. A sigla “D+” indica o número de dias que se passam a partir da data de solicitação de resgate, até que o dinheiro de fato caia na sua conta. Por isso, recomendamos que esteja ciente de todas as condições do fundo antes de fazer um aporte.
Gestão profissional
Assim como em fundos tradicionais, os fundos de crédito privado são geridos por especialistas — nesse caso, falamos de gestoras com experiência em análise de crédito e seleção de ativos.
Com essa facilidade, a qualidade das decisões de investimento aumenta, ao passo que os riscos são melhor diluídos no portfólio. Afinal, analisar títulos emitidos por empresas privadas é uma tarefa complexa, o que torna a ajuda profissional algo muito bem-vindo.
Baixa correlação
Embora títulos de empresas privadas apresentem riscos próprios, há a vantagem de apresentarem baixa correlação com outros ativos — ações e títulos públicos, por exemplo.
Na prática, essa baixa correlação é vantajosa porque contribui para a diversificação da carteira. Funciona assim: quando os ativos não se comportam da mesma forma diante das variações do mercado, as oscilações negativas de uns podem ser compensadas pela estabilidade ou desempenho positivo de outros.
Então, a volatilidade do portfólio é reduzida como um todo.
Vencimentos diversificados
Um fundo de crédito privado é composto por vários títulos — disso você já sabe. Dessa maneira, naturalmente cada aplicação vai ter um vencimento distinto das demais. Na prática, isso ajuda na gestão do fluxo de caixa, já que permite que os investidores tenham recursos disponíveis para reinvestir ou utilizar conforme desejarem.
Acessibilidade
Qualquer investidor pode participar de um fundo de crédito privado, afinal, essa é uma modalidade de investimento acessível. Em geral, os valores mínimos para aportes são modestos, embora a quantia exata varie de um lugar para o outro. Na Grão, por exemplo, o mínimo é de R$ 1.000,00.
Dica: os retornos de um investimento são mais substanciais quando as quantias aportadas também são significativas. Embora começar com pouco seja bem melhor do que deixar o dinheiro parado, não se esqueça de aumentar as injeções de capital sempre que possível, não somente em fundos de crédito privado, mas em outras aplicações também.
Recursos para empresas
Investir em fundos de crédito privado é positivo do ponto de vista econômico também, em termos gerais.
Aplicando seu dinheiro dessa forma, você estará fornecendo recursos para que empresas consigam financiar suas operações e projetos de crescimento. Consequentemente, contribui para o desenvolvimento econômico do país.
Potencial de benefício tributário
CRIs, CRAs e debêntures incentivadas, por exemplo, são isentas de Imposto de Renda. Assim, se um fundo investir exclusivamente em títulos isentos, o IR não vai incidir sobre os seus rendimentos.
Note, porém, que nem todos os fundos de crédito privado apresentam essa vantagem. Por isso, recomendamos que leia com cuidado os documentos das alternativas em questão para se certificar da isenção.
Como investir em fundos de crédito privado?
Para investir em fundos de crédito privado, o passo a passo é simples:
- Abra conta em uma corretora de valores que distribui essa aplicação, ou diretamente na plataforma da administradora do fundo;
- Transfira dinheiro de uma conta-corrente para a conta-recém aberta, na plataforma da corretora ou da administradora;
- Explore as opções disponíveis de fundos de crédito privado, caso haja mais de uma;
- Indique a quantia que deseja aportar no fundo;
- Finalize a compra e acompanhe o seu investimento.
Assim que começar a investir em fundos de crédito privado, você vai receber periodicamente relatórios sobre o desempenho da aplicação. É importante que se mantenha a par destes documentos, para estar sempre ciente de como o seu investimento está performando.
Buscando uma alternativa de fundo de crédito privado para investir?
Se você chegou até aqui e acredita que os fundos de crédito privado vão somar no seu portfólio, temos um para te apresentar: o fundo Grão Renda Fixa CP.
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