A previdência social é um tema de grande relevância no Brasil, e a preocupação com o rombo da previdência tem ganhado destaque nos últimos anos. Segundo estimativas do governo, o déficit previdenciário brasileiro deve dobrar até 2060, o que traz à tona a necessidade de uma nova reforma no futuro para evitar um colapso no sistema de aposentadoria dos cidadãos.
Neste artigo, vamos explorar o problema do rombo previdenciário, discutir as projeções para as próximas décadas e analisar como a falta de perspectiva da previdência social ascende a necessidade de investir para o longo prazo. Além disso, vamos abordar como uma previdência privada pode ser uma alternativa para enfrentar esse cenário desafiador.
1 – O problema do rombo da previdência no Brasil
O rombo previdenciário ocorre quando as despesas com benefícios previdenciários superam as receitas provenientes das contribuições dos trabalhadores. Falando de forma mais simples, é quando há pouca arrecadação de dinheiro vindo da população ativa no mercado de trabalho comparado a necessidade de orçamento para pagar as pessoas já aposentadas.
No Brasil, o envelhecimento da população e a baixa taxa de natalidade são fatores que contribuem para o aumento desse déficit de forma consistente ao longo dos últimos.
A expectativa de vida da população tem aumentado, o que significa que as pessoas estão se aposentando mais cedo e vivendo por mais tempo, demandando benefícios por um período maior.
2 – Projeções para as próximas décadas
As projeções não são nada animadoras. Segundo estimativas da Secretaria do Regime Geral de Previdência Social do Ministério da Previdência Social, o déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sistema público que atende aos trabalhadores do setor privado, deve mais do que dobrar até 2060 e quadruplicar até 2100.
Em termos financeiros, o rombo previdenciário previsto para esse ano de 2023 é de R$276,9 bilhões, o equivalente a 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB).
Para o futuro, porém, a projeção é assustadora. Segundo o governo, o resultado negativo avançará em 2060 para R$3,3 trilhões ou 5,9% do PIB e, em 2100, para R$25,22 trilhões (10,4% do PIB).
As estimativas constam na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024, enviada pela área econômica ao Congresso Nacional em abril, e escancaram a necessidade de uma reforma da previdência o mais rápido possível.
Afinal, isso se deve, em parte, ao aumento da expectativa de vida e à diminuição da taxa de natalidade. Com menos pessoas contribuindo para o sistema e mais pessoas se aposentando, o desequilíbrio entre receitas e despesas previdenciárias se acentua, gerando uma pressão fiscal significativa.
Com isso, é impossível a conta fechar sem uma reforma da previdência. Porém, levando em conta a mentalidade correta do investidor, isso é muito pouco. Não dá para apenas esperar passivamente uma atitude do governo.
Além disso, mesmo reformas sucessivas da previdência podem não ser o suficiente para resolver esse problema.
É aí que surge a necessidade de se preparar para esse cenário por conta própria. E a melhor maneira de fazer isso é por meio dos investimentos.
3 – A falta de perspectiva da previdência social e a necessidade de investir para o longo prazo
A falta de perspectiva da previdência social no Brasil desperta a necessidade de investir para o longo prazo.
É importante que os indivíduos tenham consciência de que depender exclusivamente da previdência social pode não ser suficiente para garantir uma aposentadoria tranquila. O sistema previdenciário enfrenta desafios crescentes e incertezas, o que torna crucial buscar alternativas para complementar a renda futura.
Por isso, é necessário se precaver desde agora.
Portanto, o cidadão consciente deve começar desde já a poupar parte de sua renda visando a aposentadoria. Afinal, em virtude desse cenário, é possível se preparar de forma mais robusta para o momento em que não se tem mais forças e condições para trabalhar para geração de renda.
Assim, os investimentos e dinheiro acumulado ao longo da vida podem suprir os recursos na terceira idade, proporcionando um envelhecimento tranquilo e sem preocupações financeiras.
4 – A previdência privada como alternativa para o rombo da previdência
Uma das alternativas para enfrentar o cenário desafiador do rombo previdenciário é adotar a previdência privada. Diferente da previdência social, a previdência privada é uma modalidade de investimento em que o próprio indivíduo faz contribuições ao longo de sua vida profissional, formando uma reserva para a aposentadoria. Essa reserva é administrada por uma instituição financeira, que investe os recursos em diferentes ativos para obter um retorno financeiro.
A previdência privada oferece diversas vantagens, como maior flexibilidade de contribuição, possibilidade de escolha dos tipos de investimentos e benefícios fiscais.
Flexibilidade de contribuição
Ao investir em uma previdência privada, o indivíduo está direcionando seus recursos para um plano de longo prazo, visando garantir uma renda complementar no momento da aposentadoria. Essa abordagem pode ser especialmente relevante diante das incertezas e do déficit previdenciário enfrentado pelo sistema público.
Ao optar por uma previdência privada, o indivíduo tem a oportunidade de planejar seu futuro financeiro de forma mais eficiente. Através da escolha de um plano adequado às suas necessidades e objetivos, é possível ter maior controle sobre os investimentos realizados e buscar rentabilidades mais atrativas.
Além disso, a previdência privada oferece a possibilidade de contribuições adicionais, permitindo que o indivíduo aumente seu patrimônio ao longo do tempo.
Essas contribuições extras podem ser realizadas de acordo com a disponibilidade financeira do investidor, possibilitando que ele aproveite momentos de maior estabilidade econômica para ampliar sua reserva e apenas mantenha o patrimônio investido em momentos em que dispõe de menos capital, não sendo obrigado a contribuir de forma constante — apesar de ser recomendada a disciplina nos aportes. .
Com isso, é possível ter uma maior flexibilidade para construir o patrimônio ao longo do tempo e garantir uma aposentadoria tranquila do ponto de vista financeiro.
Possibilidade de escolha dos tipos de investimentos
Outro ponto importante a ser considerado é a diversificação dos investimentos. Ao escolher uma previdência privada, o investidor tem acesso a diferentes opções de investimento, que podem incluir renda fixa, renda variável e até mesmo investimentos no exterior.
Essa diversificação é fundamental para reduzir riscos e buscar retornos mais consistentes ao longo do tempo.
Portanto, é possível encontrar previdências privadas que investem em ativos de todos os tipos, dos mais conservadores aos mais arriscados.
Com isso, você pode selecionar o investimento que mais se assemelha ao seu perfil de investidor.
Benefícios fiscais
É importante destacar também que a previdência privada oferece diversos benefícios fiscais, como a possibilidade de dedução das contribuições realizadas no Imposto de Renda no modelo PGBL. Essa vantagem pode ser uma ótima oportunidade para otimizar a carga tributária e direcionar recursos adicionais para o investimento previdenciário.
Além disso, existem outras vantagens tributárias, como a ausência do come-cotas (imposto cobrado por antecipação em fundos de investimentos convencionais), menor tributação para o planejamento sucessório e menor carga tributária no resgate do investimento ou até mesmo isenção dependendo da modalidade de contratação.
Portanto, investir em uma previdência privada também proporciona maior autonomia ao indivíduo, que passa a ter mais controle sobre suas finanças e planejamento futuro. Dessa forma, é possível adaptar o plano de investimento de acordo com as necessidades pessoais, ajustando-o conforme mudanças nas circunstâncias financeiras e objetivos de vida.
Conclusão
Diante das projeções preocupantes do rombo previdenciário no Brasil e da falta de perspectiva da previdência social, é fundamental que os indivíduos considerem alternativas de investimento para garantir um futuro financeiramente estável. A previdência privada surge como uma opção promissora, permitindo que as pessoas assumam o controle de suas finanças e direcionem recursos para um plano de longo prazo.
Investir em uma previdência privada oferece vantagens como maior flexibilidade de contribuição, diversificação dos investimentos, benefícios fiscais e autonomia financeira. Essa modalidade de investimento complementar pode ser uma estratégia eficaz para lidar com o desafio do rombo previdenciário e garantir uma aposentadoria tranquila.
No entanto, é importante ressaltar que cada indivíduo deve analisar suas necessidades e objetivos pessoais antes de tomar qualquer decisão de investimento. Consultar um profissional financeiro qualificado pode ajudar a identificar as melhores opções de previdência privada e construir um plano personalizado, alinhado com as metas de longo prazo.
Por isso, caso queira selecionar a previdência que mais se encaixe com o seu perfil de investidor, entre em contato com os especialistas em previdência da Grão. Assim, você poderá ser orientado e começar a investir com o melhor plano para o seu futuro sem depender da previdência social.
Referências:
- “Governo estima que rombo previdenciário deve dobrar até 2060; analistas veem necessidade de nova reforma no futuro” – G1 Globo. Disponível em: [link da matéria].