Imagine ter hoje um estilo de vida equilibrado, com um bom salário e de repente perder o emprego sem ter nenhuma economia na conta para te amparar nos próximos meses. Ou pior: estar no aperto e ter que arcar com alguma grande despesa repentina e urgente, como fazer um tratamento de saúde ou repor um eletrodoméstico essencial.
O futuro é assim mesmo: impossível de antecipar o que está por vir. Por esse motivo, a única forma de garantir a tranquilidade financeira é construindo uma reserva de emergência substancial.
Com ela, os imprevistos que surgirem pelo caminho não vão causar grandes impactos nas suas finanças. Além disso, contar com essa segurança ajuda você a se concentrar melhor em sonhos maiores, como comprar uma casa, formar uma família ou fazer uma viagem.
Ainda não tem uma reserva ou não consegue realizar aportes com disciplina para deixá-la maior? Então, esse conteúdo é exatamente para você. Olha só o que vai encontrar por aqui:
- O que é a reserva de emergência?
- Para que ela serve;
- Quem deve ter uma;
- Quanto dinheiro a sua deve ter e como fazer esse cálculo;
- Passo a passo para começar a economizar;
- Dicas práticas para guardar dinheiro sem ficar no aperto;
- Melhores investimentos para fazer a sua reserva aumentar.
Interessado? Então, siga conosco! Até o final do artigo, temos certeza de que você sairá daqui pronto para escolher o primeiro investimento para dar mais segurança às suas economias.
O que é reserva de emergência?
A reserva de emergência é um montante de dinheiro reservado especificamente para lidar com possíveis imprevistos financeiros, como despesas médicas inesperadas, perda de emprego ou reparos urgentes.
Com essa precaução, é possível superar adversidades e crises com mais tranquilidade, sem causar danos significativos no seu padrão e estilo de vida atual, e também poder investir em ativos para o longo prazo sem precisar resgatar os investimentos antes da hora, evitando perdas nas aplicações.
Essa quantia é um dos primeiros passos de quem deseja se organizar financeiramente, especialmente por evitar o endividamento excessivo, proteger o equilíbrio financeiro pessoal e familiar e devolver ao indivíduo o controle sobre o próprio dinheiro.
Para que serve a reserva de emergência?
Via de regra, a reserva de emergência serve para que você consiga arcar com gastos inesperados sem recorrer a empréstimos, contrair novas dívidas ou afetar a sua qualidade de vida.
Dessa maneira, se algo acontecer, o problema pode ser resolvido com calma e eficácia, sem causar um efeito de “bola de neve” na situação.
Como o montante tem o papel de garantir a tranquilidade e a saúde financeira de um indivíduo ou família, ela também serve para que essas pessoas tenham a oportunidade de realizar sonhos ou investimentos de longo prazo sem maiores preocupações, como financiar os estudos, planejar uma viagem, ter um filho ou comprar uma casa.
Quem deve fazer uma reserva de emergência?
Idealmente, todas as pessoas deveriam ter uma reserva de emergência. Do perfil de investidor corservador até o agressivo, é fato que esse recurso de segurança é fundamental para que qualquer um previna-se contra o endividamento e consiga realizar aplicações financeiras mais voltadas a outros objetivos — principalmente os de longo prazo, como garantir a qualidade de vida na aposentadoria.
Outro ponto de atenção é que esse montante não é importante somente para Pessoas Físicas, mas para Pessoas Jurídicas também. Da mesma forma que acontece com um indivíduo, uma empresa necessita de estabilidade e recursos de emergência para arcar com as despesas inesperadas que surgem pelo caminho.
Sem esse mecanismo de proteção, as operações de um negócio ficariam altamente vulneráveis às oscilações do mercado, por exemplo, e correriam o risco de sofrer prejuízos irreparáveis.
Quanto tem que ter em uma reserva de emergência?
A quantidade exata de dinheiro que deve compor uma reserva de emergência é variável, uma vez que depende do padrão de vida que você leva, dos rendimentos mensais que recebe e dos gastos fixos.
Idealmente, recomenda-se que essas economias sejam suficientes para cobrir de três a seis meses de despesas básicas, como moradia, alimentação, transporte e outras contas essenciais. Por isso, inclusive, é tão importante que você coloque na ponta do lápis todas essas informações antes de começar a construir a sua.
Para empresários e profissionais autônomos, a sugestão é outra: a reserva deve ser grande o suficiente para arcar com 12 meses de custos fixos em caso de imprevisto.
Está sentindo dificuldade para visualizar o tamanho ideal das suas economias? Siga a leitura para descobrir como encontrar a quantia ideal de dinheiro.
Como calcular o valor da reserva de emergência?
É possível calcular a reserva de emergência de diferentes formas, dependendo dos seus objetivos e condições financeiras atuais. Logo, a conta pode ser feita com base nesses aspectos:
- Salário;
- Gastos fixos;
- Grau de estabilidade financeira.
Para que entenda a dinâmica específica de cada um, explicamos melhor a seguir!
Cálculo a partir do salário
Esse método considera a multiplicação do salário pelo número de meses que a reserva de emergência deverá contemplar. Na prática, isso significa que se você recebe, por exemplo, R$5.000,00 mensais e deseja economizar o suficiente para assegurar 6 meses de tranquilidade, o montante deverá ser de R$30.000,00.
Na hora de montar esse planejamento, leve em conta a empregabilidade da sua profissão (facilidade com que você conseguiria se recolocar no mercado em caso de demissão) e na média de entradas não-fixas de dinheiro (comuns para prestadores de serviços, autônomos e ocupações cuja previsibilidade de ganhos não é exata).
Cálculo a partir dos gastos
Nesse caso, você deve mapear todas as suas despesas mensais contínuas, como moradia, eletricidade, água e alimentação. Assim, a reserva deverá ser proporcional à quantidade de meses que almeja custear os seus gastos fixos.
Por exemplo: se as suas contas geralmente somam R$3.000,00, então R$18.000,00 seria o valor necessário para te amparar durante meio ano.
Dica: a fim de assegurar que as economias serão suficientes, você pode guardar um pouco a mais do que o dinheiro exato que gasta mensalmente, para ter uma margem de segurança ainda maior.
Grau de estabilidade financeira
Há quem trabalhe como CLT e quem preste serviços como MEI ou a partir de um negócio próprio. Também há os que ocupam cargos públicos e, consequentemente, desfrutam de maior estabilidade. Dito de modo mais simples, nem todas as pessoas terão a mesma previsibilidade de rendimentos mensais.
Por essa razão, o montante precisa estar baseado nessas variáveis. Se você não recebe o mesmo salário todos os meses, estabeleça uma média conquistada nos últimos 12 meses. Da mesma maneira, se a sua profissão não for de fácil recolocação no mercado, busque construir uma reserva maior, capaz de te proteger financeiramente por um ano, no mínimo.
Antes de seguirmos adiante, vale reforçar que você não precisa juntar todo esse dinheiro do dia para a noite. Adapte a jornada de acordo com as suas condições financeiras e com a percentagem dos ganhos que pode separar todos os meses — mas tudo isso é assunto para o nosso próximo tópico.
Como montar uma reserva de emergência?
Juntar dinheiro suficiente para assegurar o seu estilo de vida e custear as suas despesas por vários meses em caso de imprevisto não é uma tarefa exatamente fácil, nem rápida. Por isso, a melhor estratégia é dividir a construção da reserva de emergência em etapas.
Vamos lá?
1 – Coloque todos os gastos e rendimentos fixos na ponta do lápis
Esse é o primeiro passo para organizar a sua vida financeira. Ao visualizar essas informações em uma planilha, por exemplo, é mais fácil perceber para onde está indo o seu dinheiro e se algum hábito de consumo deve ser melhorado, ou se um gasto desnecessário pode ser cortado.
2 – Quite as suas dívidas
Ou renegocie os prazos de pagamento com os credores. Enquanto você estiver endividado, os seus salários nunca serão realmente seus — mas daqueles a quem deve. Essa etapa pode levar tempo, mas é muito importante que tente evitar contrair novas despesas, se possível.
3 – Defina uma parcela do seu salário para reservar todos os meses
Essa meta de economia deve ser realista. Muito embora o recomendado seja separar uma fatia de 20% do salário, não há nenhum problema em ajustar a percentagem de acordo com as suas condições financeiras.
A título de informação, a distribuição ideal da sua renda seria assim:
- 50% para as despesas fixas e essenciais, como aluguel e alimentação;
- 30% para atividades que aumentam a sua qualidade de vida, como acesso à cultura e viagens;
- 20% para a reserva de emergência.
Outro ponto extremamente importante é que você deve reservar a quantia assim que os ganhos caírem na conta, como uma forma de exercitar a sua disciplina na jornada.
4 – Aprenda a respeitar a finalidade da reserva de emergência
Parece uma dica óbvia, mas muitas pessoas caem no erro de gastar o dinheiro que supostamente deveria ser economizado. Como o próprio nome indica, a reserva de emergência é um recurso para ser utilizado em situações atípicas e de real necessidade. Logo, se esse não for o caso, é preciso se controlar e não recorrer a ele em qualquer situação.
5 – Invista o dinheiro da reserva de emergência
Dessa maneira, o dinheiro não fica simplesmente parado: ele pode render com o passar do tempo. Na hora de realizar essas aplicações, é preciso ter o cuidado de optar por ativos que sejam seguros e com alta liquidez — ou seja, que permitam o resgate antecipado do patrimônio caso a necessidade surja, sem que você saia no prejuízo por isso.
Para saber quais as melhores indicações, siga conosco!
Qual é o melhor investimento para reserva de emergência em 2024?
As melhores opções de investimento para reserva de emergência devem contemplar as seguintes características:
- Liquidez para garantir que você possa resgatar o dinheiro quando precisar;
- Segurança, uma vez que a finalidade da reserva é justamente proteger a sua saúde financeira;
- Estabilidade, a fim de evitar que oscilações econômicas te deixem no prejuízo;
- Custo-benefício, para evitar gastos extras com taxas de administração.
Assim, as sugestões mais indicadas são:
Tesouro Selic
Esse é um título emitido pelo Governo Federal, atrelado à taxa Selic vigente no período da aquisição. O dinheiro captado por meio das aplicações dos investidores é destinado ao desenvolvimento de setores públicos específicos, como saúde e educação. Em troca, o governo devolve o valor com o acréscimo de juros combinado inicialmente.
Como esse ativo apresenta liquidez diária, é possível resgatar a sua reserva de emergência a qualquer momento, sem causar nenhum prejuízo. Além disso, aplicações de até R$10.000,00 estão isentas da taxa de custódia da B3.
Fundos de Investimento de renda fixa
Os Fundos de Investimento funcionam como modalidades coletivas de aplicação. Na prática, um gestor profissional reúne o patrimônio de todos os investidores (chamados de cotistas) e o distribui em uma cesta de ativos pertinentes à estratégia listada em contrato.
No caso dos Fundos de renda fixa, como o próprio nome sugere, essa distribuição se vale de títulos mais seguros e com rentabilidade previsível. Na maioria dos casos, os FIs desta categoria oferecem liquidez diária, ou possibilidade de resgate no dia subsequente à aplicação.
Porém, vale o aviso: nem todos os fundos de renda fixa possuem alta liquidez e baixa volatilidade. Afinal, existem diferentes ativos de renda fixa no mercado com prazos e características diferentes. Sendo assim, muitos fundos desta categoria não servem para a reserva de emergência. Avalie com cuidado antes de escolher.
CDB
Aqui, temos os Certificados de Depósitos Bancários. Ao investir em um, você está basicamente “emprestando” dinheiro ao banco emissor do título, que o devolverá com o acréscimo de juros. Ativos do tipo são atrelados à taxa CDI (rendendo em 100% ou mais) e há muitas opções disponíveis para quem busca por liquidez.
Portanto, lembre-se de escolher CDBs com liquidez diária para esse fim. Afinal, existem CDBs com prazos mais longos, que farão com que você perca dinheiro caso queira resgatar de imediato.
Fundos DI
Esse Fundo de Investimento, por sua vez, trabalha com cartelas atreladas à taxa CDI — Certificado de Depósito Interbancário.
Caso essa seja a sua escolha, alguns pontos devem ser levados em consideração. Primeiramente, os FIs não têm proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) — ao contrário dos CDBs e dos títulos do Tesouro Direto.
Além disso, alguns Fundos trabalham com a cobrança de taxas extras, como as de administração e performance. Logo, antes de tomar uma decisão, certifique-se de ter lido o contrato da aplicação e compreendido todos os seus pormenores.
Qual é o melhor banco para reserva de emergência?
Se você optar por investir em CDBs para construir a sua reserva de emergência, saiba que alguns bancos específicos oferecem esses títulos com atributos atrativos para a finalidade. Veja só algumas opções no momento de publicação do artigo:
- C6 Bank: possui liquidez diária e rende 102% do CDI;
- Banco Inter: o rendimento é de 100% do CDI, também com liquidez diária;
- Sofisa Direto: rende 115% do CDI e é possível resgatar o seu dinheiro todos os dias;
- PagBank: também tem bom grau de liquidez, assim como os demais, e rende 200% do CDI.
Também é importante lembrar que, no que diz respeito à dinâmica dos CDBs, os títulos emitidos por bancos menores sempre apresentam rendimentos mais atrativos. Isso acontece por conta da relação entre risco e retorno do mercado de capitais: quanto mais arriscado for um ativo, maiores serão os seus lucros — embora sejam, obviamente, menos seguros.
Com isso em mente, reforçamos que os CDBs contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito. Na prática, isso significa que se uma instituição quebrar e não puder devolver o dinheiro aos seus investidores, o FGC realiza o reembolso — limitado até R$250.000,00.
Porém, antes de sair investindo em CDBs de bancos menores, é sempre importante avisar: por mais que os ativos tenham a proteção do FGC, reaver o dinheiro pode ser um processo burocrático e, além disso, em caso de falência da instituição, o seu dinheiro pode ficar meses para ser devolvido (e sem render nada nesse período).
Sendo assim, mesmo que tenha um rendimento menor, busque sempre por segurança em sua reserva de emergência. Aqui o foco não deve ser rentabilidade. Afinal, trata-se de um dinheiro que você terá que utilizar em urgências.
Portanto, evite investir a sua reserva de emergência em instituições desconhecidas. Se busca maior rentabilidade, use a sua carteira de investimentos de longo prazo para assumir maiores riscos com ativos com maior potencial de retorno.
5 dicas sobre como fazer uma reserva de emergência sem passar aperto
Por mais que o passo a passo para fazer uma reserva de emergência pareça simples à primeira vista, é verdade que nem todas as pessoas dispõem de grandes salários, a ponto de conduzir essa jornada com tranquilidade.
Por isso, nós trouxemos algumas dicas práticas para evitar passar por apertos.
1 – Automatize as economias
Algumas funções dos seus aplicativos de bancos podem ser configuradas para o modo automático. Assim, quando o salário cair na conta, é possível pagar imediatamente despesas importantes ou enviar a parcela destinada para a reserva de emergência. Dessa maneira, diminui a tentação de gastar o dinheiro antes de cumprir com as suas obrigações mensais.
2 – Mapeie gastos desnecessários
Quando os custos fixos estiverem anotados, com certeza você identificará alguns gargalos financeiros, como serviços de streaming que não são utilizados e gastos supérfluos e realmente desnecessários. Cortá-los de vez exige bastante disciplina, mas com certeza representará uma economia significativa nas suas finanças.
3 – Verifique a possibilidade de obter uma renda extra
A depender da sua ocupação profissional, encontrar novos caminhos para obter uma renda extra pode ser uma boa ideia — como oferecer serviços de freelancing. Mesmo que os lucros com essa estratégia não sejam tão altos ou permanentes, certamente ajudarão você a dar o giro no mês.
4 – Aproveite programas de fidelidade e descontos
A maioria dos estabelecimentos oferecem esse tipo de vantagem e aproveitá-las exige pouco esforço. A princípio, as economias podem parecer pequenas. Porém, quando colocadas no papel, representam cortes de gastos significativos no orçamento.
5 – Respeite as suas condições financeiras
Se os seus ganhos não são altos e as despesas básicas custam caro, não tem problema começar a construir a sua reserva de emergência da forma que for possível. Lembre-se que uma reserva de emergência não se constrói do dia para a noite e é natural que leve algum tempo para que ela tome forma. Nesse momento, o mais importante é iniciar esse projeto e manter a constância.
Quando usar a reserva de emergência?
O valor acumulado na reserva deve ser restrito para uso em situações de urgência. Em outras palavras, você deve evitar recorrer a essas economias para necessidades superficiais e gastos com cartões de crédito, por exemplo.
Na dúvida, veja algumas das situações onde o montante pode ser utilizado:
- Falecimento ou caso de doenças de familiares ou pets;
- Compra de um novo utensílio essencial que quebrou, como uma geladeira;
- Viagem de última hora, caso esta não seja para fins de turismo e lazer;
- Consertos no lar, especialmente os que forem de grande importância;
- Reparos no carro ou na moto;
- Quitação de uma grande dívida, quando essa antecipação valer a pena.
Sempre que utilizar esses fundos, programe-se para continuar na jornada de “engordar” a reserva — ou devolver a quantia que foi retirada para a emergência. É fundamental que esse esforço seja contínuo, afinal, imprevistos acontecem e não é possível prever quando você precisará de um dinheiro extra para resolver um grande problema.
Pensando em investir dinheiro para construir uma reserva de emergência?
Então, você não poderia estar em um lugar melhor. Na Grão, nós oferecemos o serviço de planejadores financeiros, que vão te guiar não só para construir a sua reserva de emergência, mas em todo o seu orçamento pessoal.Acesse o nosso site para saber mais e agende uma reunião gratuita com um de nossos planejadores.